ESR

12010- Educação e Sociedade em Rede



Trabalho final - Artigo


Universidade Aberta | Portugal
Mestrado em Pedagogia do Elearning, 7ª Edição


UC 12010 – Educação e Sociedade em Rede



Trabalho Final - Artigo
A globalização e a cibercultura: dois conceitos que se cruzam no mundo virtual.


Docente Responsável: Professor Doutor António Teixeira

Aluno: Nelson Gonçalves Miguel Soares



23 de março 2014
A globalização e a cibercultura: dois conceitos que se cruzam no mundo virtual.
Nelson gonçalves miguel soares
Universidade Aberta, Lisboa, Portugal, Mestrando em Pedagogia do Elearning, 7ª Edição.
ngmsoares@gmail.com


Resumo: Este artigo descreve dois conceitos que se cruzam no mundo virtual, designadamente a globalização e a cibercultura. A globalização está presente em todos os domínios do saber. Esta tem contribuído para desenvolver o trabalho docente, dado que as tecnologias permitem, por exemplo, partilhar o conhecimento na sociedade em rede. Por sua vez, a cibercultura é uma nova forma de comunicar na atualidade. Ambos os conceitos de globalização e de cibercultura relacionam-se nos tempos modernos, ao utilizarem recursos idênticos e partilhados. No ensino à distância emergem novos desafios associados à utilização destes conceitos. É fundamental termos consciência das possibilidades que existem na sua combinação. Explorar, recriar, reutilizar na sociedade da informação, do conhecimento em rede, apresenta-se como uma solução apontada por muitos autores. O futuro das aprendizagens consegue interrelacionar-se tanto com a globalização como a cibercultura.


Palavras-chave: globalização, cibercultura e tecnologia.


ABSTRACT: This article describes two concepts that intersect in the virtual world, as globalization and cyber culture. Globalization is present in all areas of knowledge. This has contributed to develop the teaching work, as technologies enable, for example, sharing knowledge in the network society. In one hand, cyber culture is a new way of communicating today. Both concepts of globalization and cyberculture are related in modern times, when using identical and shared resources. In distance learning emerging new challenges associated with the use of these concepts. It is crucial to be aware of the possibilities that exist in their combination. To explore, to recreate, to reuse the information society, the knowledge network presents itself as a solution pointed out by many authors. The future of learning can be both interrelated with globalization and cyberculture.


Keywords: globalization, technology and cyberculture.

1. Introdução

A globalização e a cibercultura são dois conceitos que se cruzam no mundo virtual, no que concerne à educação à distância.

O artigo expõe as definições e o seu enquadramento na educação à distância, para uma aplicação coerente e efetiva no processo ensino-aprendizagem.

São muitas as investigações realizadas tanto sobre a globalização, como da cibercultura. Este artigo elabora uma relação de ambos os conceitos, que se assumem muito diferenciados entre si, mas que se podem complementar ao nível do contexto educativo.

No nosso quotidiano, o ensino à distância compreende a utilização de muitos recursos, que usam a tecnologia numa ótica ajustada às necessidades do aluno, para que este possa adquirir conhecimento e, por conseguinte, competências. A tecnologia permite que os alunos possam colaborar entre si. Podemos falar de uma partilha de conhecimento na sociedade em rede.

Pierre Lévy (1999,p.170) considerou que “as tecnologias do ciberespaço podem, verdadeiramente, ajudar a criar a circulação do saber, circulação esta que forma o que ele chama de inteligência coletiva”.

Podemos mencionar que o aluno de hoje tem no mundo virtual, um conjunto de saberes, resultado da sua experiência, das suas vivências em grupo, resultado de uma cultura em que todos participam.

Lemos (2004,p.135) mencionou a importância da utilização das diversas tecnologias para a educação à distância, no que diz respeito à cibercultura e ao próprio ciberespaço.

Por sua vez, Silvana Monteiro (2004) considera que o virtual é o principal atributo do ciberespaço e aquele que melhor o descreve. Para Deleuze & Guattari (1995) referido por Monteiro (2004), o virtual dispõe de conhecimento e de informação num espaço, permitindo a interatividade e organização do conhecimento. Este tem importância na compreensão da maneira de ser dos objetos.

Poder-se-á dizer que são muitos os autores que têm estudado sobre a globalização, a cibercultura e a tecnologia. São conceitos que do ponto de vista educacional, ao longo dos anos, têm sortido um conjunto de discussões, quer positivas, quer negativas, que passam para além das fronteiras físicas.

Este artigo pretende discutir mais uma vez estas questões, que se apresentam como inquietações da sociedade contemporânea, embora seja uma problemática difícil. Com base nesta ordem de ideias, os temas tratados a seguir compreendem a globalização e a cibercultura.

2. A Globalização

Do ponto de vista de Moreira & Kramer (2007,p.1039) “a globalização tem afetado o modo de estruturar a educação escolar e de desenvolver o trabalho docente”. Considerando Bauman (1999a), “a globalização carateriza-se por uma polissemia e por se mostrar cada vez mais opaca à medida que é empregada para explicar uma multiplicidade de experiências.” A globalização interage em diversos domínios do saber. Moreira & Kramer (2007,p.1039) designam diversas áreas: a economia, a produção, o consumo, o comércio, os fluxos de capitais e interdependência monetária. A introdução das novas tecnologias de informação e comunicação possibilitou “novos significados atribuídos ao mundo, à vida, à sociedade, à natureza” (Moreira & Kramer, 2007,p.1039). Sousa Santos (1997) entende que a globalização seja utilizada de forma “plural” e que, deste modo, “acentue a diversidade dos processos vigentes”, sublinhado por Moreira & Kramer (2007,p.1040). Sousa Santos (2002) entende que a globalização seja “um fenómeno multifacetado, com dimensões económicas, sociais, políticas, culturais, religiosas e jurídicas interligadas de forma complexa”. Também a educação se adaptou à era digital, com a diversidade de conceitos, cultura e conhecimento em rede. Para Moreira & Kramer (2007,p.1039) é fundamental reinventar a escola. Esta inquietação é observada com atenção, dado que estes mesmos autores estão preocupados com o sucesso, a eficiência, a eficácia, a produtividade, a competitividade e a qualidade na educação.

Moreira & Kramer (2007,p.1041), considerando (Burbules & Torres, 2000) sublinham a necessidade de privilegiar as políticas de educação, através de uma “versão neoliberal da globalização”(…), “em organizações internacionais, bilaterais e multilaterais”.

Na era da globalização, a escola, as instituições educacionais devem-se adaptar às mudanças já referidas. O pensamento deve ser esse. Se estas políticas forem ajustadas à educação, consegue-se ter uma maior diversidade.

As reformas na educação têm de continuar a ser efetuadas, para que possamos utilizar mais recursos, com a tecnologia existente. A cibercultura poderá ser um meio para conseguir esta inter-relação, na medida em que se consegue oferecer a muitos públicos, recursos, que de outra forma não eram possíveis de facultar. Moreira & Kramer (2007,p.1041) sugerem precisamente em reformular as escolas. Este deve ser um objetivo a curto prazo, que deve ser efetivado pelos políticos.

Considerando o exposto, Pinar (2003), apresentado por Moreira & Kramer (2007,p1041) reporta que muitos saberes e temas da sociedade são colocados em segundo plano, em termos de agenda educacional internacional.

Como o autor foca, devemos proporcionar uma “homogeneização cultural” (Moreira & Kramer, 2007,p.1041). Trata-se de todos puderem explorar o mesmo tipo de recursos. São evidentes os atritos e conflitos existentes em torno desta matéria, por parte de muitos países mais desenvolvidos. O que é mais frequente acontecer é o facto de cada um desses países praticarem reformas educacionais próprias, o que pode provocar algumas tensões.

Barreto (2004) acrescenta o facto das tecnologias de informação e comunicação, possibilitarem alterar mudanças no discurso pedagógico. No ensino são atribuídos múltiplos sentidos à presença das TIC no ensino (Moreira & Kramer, 2007,p.1042).

O professor de hoje tem à sua disposição mais recursos tecnológicos. Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) permitem que sejam ultrapassados muitos inconvenientes ocorridos noutros tempos.

Maria Almeida (2003) aponta que “os avanços e a disseminação do uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) descortinam novas perspetivas para a educação à distância com suportes digitais de aprendizagem acessados via Internet” (p.327). Por sua vez, é através de uma combinação e simbiose entre a tecnologia, a globalização e a própria cibercultura, que unimos distâncias e aproveitamos recursos.

São muitas as discussões efetuadas em torno desta matéria. Para Almeida (2003,p.327) “o advento das tecnologias de informação (TIC) reavivou as práticas de EaD, devido à flexibilidade do tempo, quebra de barreiras espaciais, emissão e recebimento instantâneo de materiais, o que permite realizar tanto as tradicionais formas mecanicistas de transmitir conteúdos, agora digitalizados e hipermediáticos”.

            Contudo, existem riscos na formulação da definição de sociedade do conhecimento, porque nem todos os países têm a mesma conceção. Este facto verifica-se, pela existência de várias etnias e culturas. Cada nação tem caraterísticas próprias, em termos cognitivos e culturais (Garcia Canclini, 2004), mencionado por Moreira & Kramer (2007,p.1042). Este último autor acrescenta que se torna “difícil padronizar os processos educativos”. São distintas as interpretações locais, porque os valores não são hegemónicos. Deste modo, um pouco por todo o mundo existem manifestações sociais de professores, como forma de luta por uma igualdade na educação, por um acesso à educação.

            A globalização tem vindo a apresentar-se de forma diversificada. É um conceito bastante complexo e, por vezes, contraditório. Verifica-se então, neste sentido, a possibilidade de haver espaço para distintas práticas pedagógicas, que devem advir de grupos sociais muito variados. Assim, podemos ter uma educação mais multidisciplinar, mais ajustada a todos, e que através da globalização, tenha uma só voz.

            Para Roger Dale (2001,p.136) deve haver uma cultura universal de educação. A globalização refere-se à presença de um conjunto supranacional de ideias, normas e valores. Contudo, o problema apresentado pelos países é o que é estudado. A educação tem feito parte do debate político por sucessivas gerações, em todos os continentes.

            Charlot (2007,p.129) evidenciou a necessidade de continuar a ser utilizada a palavra globalização nos discursos sobre a educação. Vivemos “na época da globalização”. Convém por isso destacar quatro fenómenos, do ponto de vista de Bernard Charlot (2007,p.129), que contribuíram para a globalização: a educação tem vindo a ser pensada numa lógica económica, entre as décadas de 60 e 70, na época do Estado Desenvolvimentista; as novas lógicas socioeconómicas, em 80, deram lugar a uma crise, provocando uma alteração estrutural do capitalismo mundial, provocando uma integração económica internacional, designada como globalização; a própria globalização, mediante a integração entre as economias, e, deste modo, entre as sociedades de vários países; e por último, o movimento que aceita a abertura mundial para a solidarização da espécie humana.

            Ao falar-se tanto em globalização, poder-se-á agora traçar e clarificar, segundo Charlot (2007,p.132) a sua definição, como sendo “a crescente integração das economias e das sociedades no mundo, devido aos fluxos maiores de bens, de serviços, de capital, de tecnologia e de ideias” (David Dollar, Diretor das Políticas de Desenvolvimento no Banco Mundial, n.d.). São muitas as áreas consideradas. Múltiplas interrogações, para além do ramo educacional.

Para a Organização Mundial do Comércio (OMC), “a globalização é definida em primeiro lugar pela abertura das fronteiras, onde um país pode propor diminuir ou até suprimir as suas taxas de importação se os demais consintam iguais esforços ou ofereçam compensações em outro domínio” Charlot (2007,p.132).

Todavia, Roger Dale (2006) defende que as questões em torno da educação deverão considerar quatro níveis: práticas educativas; políticas educacionais; políticas de educação; e os resultados esperados.

São etapas fundamentais, que podem ajudar a compreender melhor o que se espera de uma educação online à escala global. A quem é ensinado e, se o nível de conhecimentos obtidos está compreendido nos objetivos previamente estipulados.

Em termos de globalização, ao nível educacional, estas questões podiam ser consideradas idênticas ou semelhantes para todos os países, no entanto, esta situação não acontece. Ilustra-se esta intenção através da seguinte figura:


I – QUESTÕES DA EDUCAÇÃO:






Figura 1. Comparação entre categorias onde a educação ocorre. (Dale,2006)


O estudo apresentado por Dale (2006) compreende uma análise à escola realizada no Brasil. Esta poderá, portanto, se estender por mais países, passando de um projeto nacional para internacional. Logo, falamos numa globalização de saberes e culturas.

3. A Cibercultura

Desde os primórdios que “o homem das primeiras comunidades já contava com recursos que possibilitavam a reunião e preservação de saberes, experiências e ideias que formavam a sua cultura, ou seja, a sua forma de identificação com o ambiente e com as outras pessoas” (Cury, L., Capobianco, L. & Cypriano,2009,p.2).

Tendo em consideração o parágrafo supracitado, e no que concerne à cibercultura, André Lemos (2005) refere que este conceito está relacionado com a «re-mixagem, conjunto de práticas sociais e comunicacionais de combinações, colagens, cut-up de informações a partir das tecnologias digitais. A tecnologia veio revolucionar a forma de comunicar. A globalização veio ajudar. Para Manovich (2001) “o processo de re-mixagem começa com o pós-modernismo”, conseguindo produzir novos efeitos com a própria globalização. Segundo Lemos (2005) é fundamental analisarmos a cibercultura, mediante alguns dos “seus fenómenos atuais: os blogs, os podcasts, os sistemas peer to peer, os softwares de fonte aberta, e a arte eletrónica”.

A crescente combinação destes recursos possibilita trocar, partilhar, interagir entre todos numa sociedade onde todos interagem. Fátima Ferreira (n.d.) aponta que a cultura tem entrado “em todas as áreas do conhecimento humano”, porém, tal como esta autora refere, “é na área da comunicação social que a cibercultura se consagra como objeto de estudo” (Trivinho, 2001), citado por Ferreira (n.d.). Este autor acrescenta a ideia de Trivinho, tal como é verificado na globalização de culturas, na sociedade contemporânea, através da cibercultura, este menciona as formas de socialização que são impostas às instituições, mediante o planeamento de políticas de “ciberalfabetização”. Trivinho (2001) aponta para o facto da cibercultura não se basear apenas no ciberespaço. São muitas as visões. Por sua vez, tanto Lemos como Lévy (2010) sublinham as diversificadas potencialidades de sociabilidade que a Internet provoca. Ambos os autores supracitados indicam que a cibercultura permite uma inclusão de oportunidades.

A cibercultura assenta numa sociedade que utiliza a tecnologia, como já foi referido, através da prática social da Internet, evidenciado por Fátima Ferreira (n.d.). Castells (2003, p.100) acrescenta que “é uma extensão da vida como ela é, em todas as suas dimensões e sob todas as suas modalidades”.

Castells (2003) afirma a importância da cibercultura, na atualidade, como sendo uma cultura do nosso tempo. Refere ainda as “inovações tecnológicas extraordinárias”.

Lemos (2004,p.15) sugere que a cibercultura é a cultura contemporânea. Esta está “associada às tecnologias digitais (ciberespaço, simulação, tempo real, processos de virtualização, etc.), vai criar uma nova relação entre a técnica e a vida social”.

Se a cibercultura se forma como o resultado da convergência do social com o tecnológico, é através desta que adquire contornos mais nítidos, segundo Lemos (2004,p.15).

“O conceito de cibercultura diz respeito à simbiose homem e tecnologia digital em rede enquanto processo de interprodução ou de coprodução cultural” (Edméa Santos,2010,p.37).

Porém, os espaços culturais têm vindo a multiplicar-se e enriqueceram-se. Lemos (2004,p.11) indica que “aprenderemos as regras sempre móveis da colaboração criativa e da inteligência coletiva em um universo onde se misturam fontes de sentido sempre mais heterogêneas”.

Lévy (1999,p.157) defendeu três importantes pilares a serem considerados na relação com o saber na sociedade contemporânea, designadamente: “a velocidade de surgimento e renovação dos saberes; a quantidade de conhecimentos sempre crescente; e existência de tecnologias que amplificam, exteriorizam e modificam muitas funções cognitivas”

Através da cibercultura, muitas são as possibilidades de aprendizagens colaborativas à distância. Conforme Lévy (1999,p.165) existem modelos mentais dos seres humanos, que são exteriorizados em suportes digitais.

A educação online é vista, na atualidade, como um fenómeno da cibercultura. Edméa Santos (2010) destaca novas possibilidades de socialização e aprendizagem, mediante o mundo virtual. “É a cultura contemporânea estruturada pelas tecnologias digitais. Não é uma utopia, é o presente; vivemos a cibercultura, seja como autores e atores incluídos no acesso e uso criativo das tecnologias de informação e comunicação” (p.29).

Assim sendo, com as novas tecnologias, são produzidas novas ferramentas. Estas são utilizadas por muitos dos alunos de EaD.

Santos (2010) menciona Possari et al. (2009,p.57) sobre os ambientes digitais de aprendizagem, dado que estes são utilizados de diferentes formas. Existem alunos que podem utilizá-los offline e outros online. Existem novas possibilidades de comunicação online. Muitas são as plataformas. As novas tecnologias móveis, como smartphones e tablets, começam a integrar as tecnologias convencionais. Facilitam desta feita, a alunos e professores, aprender e a ensinar de qualquer lugar e a qualquer hora. O EaD, no contexto da cibercultura, “potencializa os fundamentos teóricos metodológicos abordados quanto à comunicação” (Possari et al.,2009,p.57).

André Lemos (2005,p.3) aponta três leis que estão na base da “ciber-cultura-remix”: “a liberação da emissão, o princípio em rede e a reconfiguração são consequências do potencial das tecnologias digitais para recombinar. A novidade não é a recombinação em si, mas o seu alcance.”

Durante a segunda metade do século XX que os conceitos de  recombinação e a re-mixagem têm dominado a cultura ocidental (Lemos,2005,p3). Lemos (2005,p.3) cita Gibson que apresenta conceitos como o remix como sendo “a verdadeira natureza do digital”. Este autor menciona:

“Our culture no longer bothers to use words like appropriation or

borrowing to describe those very activities. Today's audience isn't

listening at all - it's participating. Indeed, audience is as antique a term

as record, the one archaically passive, the other archaically physical.

The record, not the remix, is the anomaly today. The remix is the very

nature of the digital. Today, an endless, recombinant, and fundamentally social process generates countless hours of creative product (another antique term?). To say that this poses a threat to the record industry is simply comic. The record industry, though it may not know it yet, has gone the way of the record. Instead, the recombinant (the bootleg, the remix, the mash-up) has become the characteristic pivot at the turn of our two centuries.”

Lemos (2005,pp.3-7) considera que a cibercultura pode ser a arte eletrónica, o podcast, os blogs, as redes P2P ou os softwares livres. São muitos os exemplos, que cruzam fronteiras físicas e são apresentadas no ciberespaço, com recursos disponíveis para todos. Hoje rapidamente tudo se sabe, e é com base nesta visão, que falamos e trocamos experiências.

            Podemos utilizar, por exemplo, recursos educacionais abertos (REA) que pode ser uma medida desenvolvida e utilizada na escola. Esta poderá vivenciar a cibercultura. Poderá “criar novas formas de educar e aprender com as tecnologias digitais em rede” (Santos,E.; Weber, A.; Santos,R. & Rossini, T.(2012).

Segundo a UNESCO (2012) os “Recursos Educacionais Abertos - REA, (em inglês: Open Educational Resources, OER) consistem em diversos tipos de materiais de ensino, aprendizagem e pesquisa sob domínio público ou licenciados de maneira aberta, o que dá direito legal aos usuários de usar, copiar e redistribuir gratuitamente”. Estes recursos são vistos como “uma oportunidade estratégica de melhorar a qualidade da educação, bem como facilitar o diálogo político, o compartilhamento de conhecimento e a capacitação” (UNESCO,2012).

Alguns foram os fóruns de discussão mundial, promovidos por diversas instituições e organizações internacionais, com destaque para a UNESCO. Desde o ano 2005 que a UNESCO criou, com o apoio da Fundação Hewlett, um wiki comunitário sobre REA. Possibilita que se possam partilhar e trocar informações, através da rede. Desta feita, podem vir a ser ultrapassadas algumas interrogações no que diz respeito ao contexto educativo internacional.

“A UNESCO está desenvolvendo uma nova plataforma inovadora de recursos educacionais abertos, que incluirá uma seleção de publicações da Organização de livre acesso e permitirá às comunidades - incluindo professores, alunos e profissionais da educação – que as utilizem, copiem, adaptem e partilhem livremente” (UNESCO,2012).

II – MAPA CONCEITUAL RECURSO EDUCACIONAL ABERTO:





Figura 2. Mapa das novas direções de pesquisa sobre REA na docência online (Santos,E.; Weber, A.; Santos,R. & Rossini, T.,2012).

Para Santos, E. et al. (2012) consideram que a partir da possibilidade de criação de um REA de forma colaborativa, no contexto da docência na cibercultura, consegue-se propiciar uma proposta metodológica a ser investigada em futuras pesquisas a partir da instituição de novos modos de educar mediados pelo digital em rede.

Conforme Pierre Lévy (1999) aponta “a cibercultura inventa uma outra forma de fazer advir a presença virtual do humano frente a si mesmo que não pela imposição da unidade de sentido” (p.248).

“A cibercultura mantem uma universalidade, ao mesmo tempo em que dissolve uma totalidade” Pierre Lévy (1999,p.249). Segundo este mesmo autor, a globalização económica tende a constituir uma única comunidade mundial, desigual e conflituante (…). As comunidades virtuais constroem e dissolvem constantemente suas micrototalidades dinâmicas” (…) (p.249).

Lemos (2003) considera que a cibercultura é “a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base microeletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 70” (p.12) Poder-se-á enunciar que a cibercultura compreende um fenómeno da educação à distância.

A cibercultura agrega uma mistura de conceitos, como vimos ao longo deste ponto do artigo, interrelacionando-se com a própria globalização da educação.

4. Considerações finais

A sociedade em rede, da informação, do conhecimento trouxe-nos muitos conceitos que começámos a utilizar, associados à globalização, às novas tecnologias e à cibercultura.

A globalização considera, para além de outros, diferentes pilares: económico, cultural, educacional, político, tecnológico e demográfico.

No campo educacional, o surgimento da tecnologia, contribuiu para pudermos utilizá-la e conseguirmos rapidamente obter um conhecimento sobre as coisas, muito mais rápido e acessível do que anteriormente.

Antigamente, antes da Internet, como sabemos, o conhecimento em determinadas áreas demorava muito mais em ser possível de ser alcançado ou simplesmente, em ser acedido.

A rapidez com que hoje temos acesso à informação é notória, por vezes até alarmante. É na educação que a partilha colaborativa das aprendizagens à distância tem proporcionado resultados significativos. A mistura de conceitos como a globalização, a cultura, a tecnologia, a educação e a cibercultura tem vindo a ser uma crescente realidade. Muitos alunos, professores, investigadores quando não sabem determinadas matérias, questionam na rede. Em poucos segundos, minutos, horas dispõem da informação solicitada, por vivenciarmos uma experiência única na era digital, a partilha online do conhecimento.

A cibercultura compreende a comunicação contemporânea. Na modernidade, são muitas as opções, na web 2.0 e web 3.0, que garantem a sua efetivação.

Vivenciamos num mundo de comunidades virtuais, de trocas possibilitadas pela Internet. Todos culturalmente estão mais ricos. Todos nós nos cruzamos num mundo virtualmente que tende a ser considerado de todos, em que todos devem ter as mesmas oportunidades e desafios no contexto educativo.

Como foi exposto ao longo deste artigo, e indo ao encontro da temática proposta, a globalização e a cibercultura cruzam-se cada vez mais no mundo digital. As fronteiras entre o real e o irreal são possibilitadas neste contexto, que se encarrega de cumprir as suas funções, nomeadamente no campo educacional.

Muitas são as discussões em torno destas matérias, porque muitos são os países que conseguem em congressos internacionais estabelecer normais que devem ser implementadas nos seus países, no entanto, cada país acaba por defender uma leitura própria, que ajusta à sua realidade e nem sempre compreende o que foi estabelecido internacionalmente.

Os próprios professores, gestores, políticos, enfim, toda a comunidade com formação científica e cultural manifesta-se em diferentes espaços. É imprescindível que se consiga fortalecer a compreensão da realidade e da prática pedagógica (Kramer,2005).

Para Kramer (2005) o nosso mundo está consciente de mudanças profundas em todos os domínios do saber, e é deste modo importante fazer a promoção do desenvolvimento individual, da solidariedade e da cooperação entre todos. A tecnologia ajuda e promove esse mesmo desenvolvimento e interação.

Do ponto de vista prático, deverão ser feitas imensas reformas curriculares nas escolas, para que sejam introduzidas novas experiências, cada vez mais globais, numa cultura que se aproxima ou se tende a aproximar entre todos.

Porém, são inúmeros os obstáculos que se podem colocar, com a utilização de tecnologia. Os professores por um lado, muitos devem receber formação para as conseguirem usar na sala de aula presencial. Se falarmos num contexto educacional à distância, o e-professor deverá compreender a multiplicidade de valores, conhecimentos e culturas que os seus alunos têm, porque estes provêm de zonas geográficas muito distantes entre si, como por exemplo, de países diferentes.

Por outro lado, com a proliferação de conteúdos através da Internet, podemos recriar, reusar, redistribuir, remixar. É a lógica da cibercultura que permite a exploração de recursos educacionais abertos.

A lógica é de valorizarmos mais esta política educacional global num horizonte a médio longo prazo. Muita reorganização por parte das instituições públicas, universidades, escolas deve ser implementada, tendo em conta os projetos educativos estabelecidos pelo poder político.

Nesta ordem de ideias, Charlot (2007,p.136) refere que “a sociedade globalizada trata o saber como um recurso económico, mas requer homens globalizados instruídos, responsáveis e criativos”.

A evolução tecnológica dos meios de comunicação e a sua ligação com a cibercultura provoca muitas transformações sociais.

Ao longo deste artigo, a ideia central foi de se conseguir estabelecer a ponte entre a globalização e a cibercultura num mundo virtual que se pode cruzar, na obtenção do conhecimento.

A cibercultura apresenta um espaço de fluxos, denominado como ciberespaço, que é um grandioso instrumento de comunicação e inteligência coletiva.

Através da cibercultura, os alunos conseguem rapidamente explorar novos recursos ou adaptar os existentes. Este é um excelente instrumento à escala global.

Novos desafios são colocados às instituições, universidades, escolas, empresas. A globalização e a cibercultura são dois temas que não se esgotam com este artigo, pelo que é fundamental termos a consciência de que muito ainda existe por explorar. Este estudo contribuiu para despertar o interesse sobre o mesmo, pela necessidade constante de ser implementada uma investigação e análise científica, com o despertar para novos focos e domínios do saber.

A emergência de novos estudos é uma possibilidade permanente que nunca esgota a contribuição de todos, de forma colaborativa, neste processo de ensino-aprendizagem no contexto da educação à distância.

5. Referências bibliográficas

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Capítulos de livros:

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Artigos em revistas:

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Atividade 7 -





A ABERTURA E A PARTILHA




DO CONHECIMENTO - Fórum (auto-moderado)


Atividade 6 - A REDE COMO INTERFACE EDUCATIVO (II) - Fórum


 Atividade 5 - A REDE COMO INTERFACE EDUCATIVO (I) - equipa Eta [E] - análise crítica dos vídeos de Mike Wesch sobre a Rede:

Vídeo 1
Vídeo 2
Vídeo 3
Vídeo 4



















Video 1
(1) The technologies are developing at a great speed and the time of people is changing too (time to eat, time to see tv, time to read, time to work, time to see the email, time to listen music, time to see the facebook, time in the school, time in the phone, etc). We must think about this. The students have a short time for all activities and the teaching must to adapt at this changing. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
(2) Currently, the students have new learning experiences through the Internet, there are new several experiences. It is expected that all person can collaborate and take the better of internet to them. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
(3) Free and universal access to education is the only way to reduce the consumption of resources in a society increasingly determined by the choices of the past.Small gestures can sometimes have a big impact and make a difference. Quoting Neil Armstrong: "That's one small step for [a] man, one giant leap for mankind." ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
Video 2
(1) Some students have no money for their needs in the school. A lot of them need to work. The school have to help them and technology can help the school, in teaching learning. Why don't the school uses the technology to help their students? ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
(2) Although many students have no money, the governments must help them. All the student should be supported in the public school and to have acess to education. The new educational resources may be the really pedagogical context to the teaching and learning. For example the open educational resources (OER). ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
(3) Time is a critical factor in a society submerged by constant technological advances. With a simple phone number or an email we can locate anyone on the web. Through applications like Twitter, Vibe, Whatsapp, or social networks like Facebook or Myspace we are able to get in touch or follow someone. They may not be able to see us, but they can’t hide. Despite being connected and visible, do we really know each other and really have perception of what surrounds us? ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
Video 3
(1)The society is changing and the tecnology are developing. Now we have a lot of varieties of techonological tools and the people are looking themself. “Youtube” can help us. With this tool we can show all we are feeling. We can say everything to all people. Everything in our private space to public. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
(2)The technological tools are changing. We must follow the pace of new network society. With Youtube we can share films, stories, testimonies, video lessons, songs , and so on. A lot of several options that we can teaching and learning . ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
(3)Human curiosity is innate in us. Youtube came to take advantage of it allowing us to share our myself and endless junk, however as curiosity is innate, the need for trust is too. As in real life we should have a careful attitude and not accept everything as true and credible just because it's online. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
(4) Cooperative learning is an important approach to enrich the learning of students, it helps them became more actives and learn skills for resolving conflicts. However, the internet allows a virtual interaction between them and the construction of interpersonal relationships and the academic knowledge. So, a new virtual space, cyberculture, that the internet allowed, and where all the students can use it for acess to knowledge. This new virtual space can to provide the motivation and ties between them. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

(5) The technologies is giving us new opportunities to learn more flexibility. We can learn in different spaces and differents times. We can organize our private lives and our studies. Nonetheless, the many high schools are not using the new technologies and they don't give new opportunities to students to learning in other way. Nevertheless, we are seeing that we have economic and social asymmetries between the countries. The less developed countries have more resistance to using the technologies and it's don't give new opportunities to develop. The countries have to change their policies. They have to invest and promote the technology in education. We need to grow up our economies and the new opportunities to learn. The technologies is more inclusive and flexible. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
Video 4
(1) With the hipertext we can acess in other virtual space more easily. It can help us in the school because we don't spend much time to looking for the information. For example, if we use only the books we spend much time than the hipertext. The hipertext is more easy and amusing. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
(2) The virtual context is a new reality. The messages appearing in all the digital context. It's all linked each other. In the e-learning, the students have many options to learn. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)
(3) The internet has come to play an important role in our socialization although we have not noticed. ( by Ana V.; Carlos S.; Nelson S. & Sérgio S. - - students of e-learning master - Open University)

Estes comentários foram publicados no site [www.mediatedcultures.net], seguindo as orientações do professor António.




Recensão crítica aos vídeos do Dr. Michael Wesch







Autoria: Ana Vasconcelos, Carlos Santos, Nelson Soares, Sérgio Silva
(Mestrandos da 7ª edição do Mestrado em Pedagogia do Elearning - Universidade Aberta, Lisboa | Portugal )

Michael Wesch

Michael Wesch é Antropólogo e Professor da Universidade do Kansas. Recebeu um PhD em Antropologia, na Universidade de Virgilia. É investigador na área da cultura antropóloga, especificamente na área das redes sociais. Investigou as implicações da escrita na floresta tropical de Papua-Nova Guiné e esteve envolvido na investigação dos efeitos dos mídias e tecnologia na sociedade global. Ao longo do seu trabalho ganhou prémios, nomeadamente: “Rave Award Wired Magazine” e “John Culkin para Outstanding Praxis”, em ecologia de mídia. Foi nomeado em “ Emerging Explorer National Geographic” e também ganhou prémios em relação ao ensino, tal como “CASE / Carnegie Professor 2008 EUA”, para o doutoramento. Disponibiliza os seus vídeos no “YouTube”.

Introdução

As novas tecnologias de comunicação têm vindo a promover alterações na sociedade contemporânea. Nesta mudança, verificam-se novos hábitos, costumes, espaços e novas formas de se relacionar uns com os outros. Atualmente, os alunos vivenciam estas alterações. No atual contexto educativo, para se obter sucesso nas aprendizagens dos alunos, a escola e o sistema educativo deverão ser repensados.

Do ponto de vista de Konstantinidis (2010, pp. 90-95), o ambiente de aprendizagem de hoje é hídrido, tridimensional e colaborativo. A era digital trouxe-nos novas realidades e os reajustes são essenciais no processo educativo, logo, por comparação deste autor, Konstantinidis (2010), com Wesh (2012), ambos têm vindo a investigar os efeitos dos mídias e a tecnologia na sociedade global, entre muitos outros estudos pertinentes e relacionados com a educação. A cibercultura é cada vez mais uma realidade da sociedade contemporânea, possibilitada pela partilha na rede, que utiliza um conjunto de recursos tecnológicos.

A realidade educativa com utilização dos mídias é apresentada, por Wesh, na atualidade num conjunto de vídeos partilhados através do “Youtube”. Quatro desses vídeos são agora recuperados para análise, designadamente: “A Vision os Students Today”, “Students Helping Students”, “The Machine is (Changing) Us: YouTube and the Politics of Authenticity” e “The Machine is Us/ing Us (Final Version)”.


“A Vision of Students Today” e “Students Helping Students”

De acordo com as alterações que as tecnologias instigam na sociedade, o tempo dos alunos sofre essa alteração pelo que novas formas de ensinar devem ser refletidas ou alteradas. Na apresentação do vídeo no “YouTube”, por Michael Wesh (2007a), com o tema “A Vision of Students Today”, podemos analisar que o tempo ao longo do dia nas diversas atividades (horas de sono, de refeições, a ver televisão, na utilização do telemóvel, no “facebook”, a trabalhar, entre outras), é extremamente escasso. Ainda assim verificamos as várias necessidades, sejam financeiras ou sociais. No entanto, também, verificamos, no vídeo, que os alunos pautam-se pela interajuda que lhes permite ultrapassar algumas barreiras. Os sentimentos dos jovens face ao acesso à aprendizagem são vistos nas suas faces e nas suas mensagens escritas. Sentem-se como “MultiTaskers”, um sentimento de pertença de problemas em que não foram os instigadores e sentem-se desmotivados. Para terem o acesso à aprendizagem, muitos dos jovens apresentam dificuldades financeiras. Um exemplo pode ser analisado no vídeo de Michael Wesh (2010), com o tema “A Vision of Students Today”. Atesta-se, também, neste vídeo, que os alunos se ajudam e se apoiam mutuamente para ultrapassar algumas dificuldades, tal como nas refeições, livros didáticos, entre outros aspetos. Esta forma de se ajudar é verificada pelo programa chamado “k-state”, na universidade de Kansas. Também, os alunos, no âmbito do programa, realizam formas de angariar dinheiro, para ajudar outras situações, tal como o caso de ajuda a uma jovem que sobreviveu à doença de cancro.

Os jovens são elementos ativos na sociedade. Estes vídeos demonstram a forma como se sentem e as estratégias para ultrapassar as dificuldades. Cita-se o caso de que se deve repensar na reorganização da educação. As tecnologias, tal como são referenciadas no primeiro vídeo, por Michael Wesh (2007a), devem ser elementos integradores e facilitadores. Verificamos que as mudanças da sociedade não são acompanhadas e de igual forma articulada com educação, no que concerne às tecnologias. No entanto, o acesso também é um fator de dificuldade devido à questão económica, uma vez que a aquisição da tecnologia acarreta custos, por parte dos alunos. Pois, também, refere no video que: “Today's child is bewildered when he enters the 19th century environment that still characterizes the educational establishment where information is scarce but ordered and structured by fragmented, classified patterns subjects, and schedules.” (Wesh, 2007a). Portanto, é importante que a utilização das tecnologias no ensino sejam integradoras e facilitadoras, tal como refere no vídeo: “Some have suggested the technology can save us....Some have suggested that technology alone can save us...” (Wesh, 2007a). E, é neste sentido que no final do vídeo se conclui: "The inventor of the system deserves to be ranked among the best contributors to learning and science, if not the greatest benefactors of mankind - Joseah F. Bumstead 1841".

“The Machine is (Changing) Us: YouTube and the Politics of Authenticity” e “The Machine is Us/ing Us (Final Version)”

No entanto, a visão sobre as mudanças da sociedade é analisada sobre diversos autores. Segundo o vídeo apresentado por Wesh (2009), o autor iniciou a visão dada por Orwellian, Huxleian e até mesmo de Marshal MacLuan numa perspetiva de análise da sociedade de à 25 anos antes. A influência de uma procura de identidade do ser humano em que o conceito de narcisismo emerge. Ao longo do seu discurso refere uma comparação entre o fenómeno “American Idol” com o ensino presencial. Uma situação em “massa”. Ainda assim refere a “Geração MTV” (quando a televisão por cabo surgiu), em que ele próprio desenhava no nome dele com o logo da MTV, e outras expressões também modificaram na altura, como por exemplo a palavra “wathever” (que significava a falta de interesse – “não me importa”). Atualmente, após esses 25 anos, como refere o autor, as tecnologias de comunicação têm vindo a ter evoluções significativas que alteram fortemente a sociedade. Uma nova forma de procura de identidade emerge. Um exemplo analisado, no vídeo, é os “Ídolos”. Trata-se de um programa onde as pessoas cantam, mesmo sem terem qualquer tipo de vocação musical. Os mídia influenciam o desenvolvimento dos indivíduos e o fenômeno de narcisismo é evidenciado. Ainda assim, o autor refere que as invenções tecnológicas foram realizadas para nós e para nos sentirmos mais confiantes. E, mais uma vez, o conceito de narcisismo permanece. No entanto, este conceito de narcisismo pode ser confundido com a verdadeira procura de identidade e reconhecimento na sociedade. E, as tecnologias, podem ajudar os jovens à sua maneira, de forma mais flexível, seja por repetição de frases, gestos, expressões, entre outras. O “YouTube” permite a formação de interesses individuais que se cria para as redes, e não para as massas. Permite fornecer à sociedade a capacidade de se conhecer pelas relações interpessoais e, deste modo, ao próprio individuo. Um meio impessoal e forma de divertimento onde o espaço privado se torna público. Deste modo, verificamos que as crianças e jovens de hoje têm à sua disposição um conjunto de informações muito diversificadas, que podem ser utilizadas, da melhor forma, para alcançar o conhecimento. Até ao século XIX a informação era realmente mais escassa relativamente às formas que temos atualmente.

Assim, esta mudança na sociedade trás novos alunos à escola e, segundo o vídeo de Michael Wesh (2007b), podemos constatar uma visão dos alunos de hoje e a possibilidade de se utilizar as diversas ferramentas para a sua aprendizagem. A sociedade evoluiu e os alunos têm à sua disposição inúmeros recursos pedagógicos. Através da rede, podemos obter respostas para muitos problemas que podem surgir, sendo muitos os autores que o defendem.

Os processo de ensino e aprendizagem utilizam vários recursos, tais como “DVD, CD-ROM multimédia, software educativo, sítios web educativos, bibliotecas e museus online, ferramentas de interação síncrona ou assíncrona para estabelecer dúvidas e fornecer debates online, tecnologias da web 2.0 (blogs, wikis, fóruns, redes sociais, ferramentas de partilha de conteúdos multimédia como o “YouTube” ou o “Flickr” e ferramentas colaborativas como o Google Docs, entre outras)” (Gonçalves, 2012, p.123).

Segundo Gonçalves (2010, p.123) “as plataformas eletrónicas de aprendizagem constituem um instrumento indispensável”, tanto pode ser através do ensino, exclusivamente, à distância e-Learning e o regime misto, com educação presencial e à distância, blended Learning (b-Learning).

Desde Vygotsky (1984) até Wesh (2007b), o papel das ferramentas cognitivas na mediatização do processo de ensino é fundamental. De acordo com Vygotsky (1984), na sua teoria de desenvolvimento sociocultural, o crescimento dos indivíduos é possível mediante as interações que se estabelecem com os outros.

No nosso quotidiano, começamos a referenciar em diversos artigos de investigação sobre a web 3.0, através de uma colaboração em tempo real, privilegiando a integração e interoperalidade do conteúdo, reportado por Gary Hayes (2006). As mudanças na Internet são muitas e temos de estar preparados.

Mais recentemente, outros autores partilham ideias que se cruzam com as de Wesh (2007b), tais como as apresentadas por Vitor Gonçalves (2012), os objetos de aprendizagem para a web semântica são diversificados. Existe uma constante proliferação de conteúdos. Neste sentido, nos vídeos de Wesh supracitados podemos analisar esta diversidade com os exemplos disponibilizados. Estes meios audiovisuais trilham o caminho para um conjunto de reflexões sobre a importância e facilidade de utilizar a máquina. Para Gonçalves (2012), podemos realizar uma relação de hoje com a mitologia, “o deus Apolo resolveu construir um templo que servisse de oráculo para os homens (...)”. Este oráculo denominado de Delfos “respondia a todo o tipo de perguntas dos humanos, como se de um extraordinário motor de busca inteligente se tratasse, proporcionando a resposta correta à pergunta formulada” (García, 2002, pp. 83-100). A sociedade de hoje já não pode mais voltar as costas à era digital.

Conclusão

Do ponto de vista de Wesch (2007b), teremos de repensar nas diversas situações para as quais a sociedade nos remete com a utilização da tecnologia, desde os direitos de autor, identidade, ética, retórica, privacidade, comércio, família, governo e até nós próprios. O mundo está em mudança. A nossa adaptação à máquina é essencial. Não podemos mais deixar de a utilizar. Os quatro vídeos são unânimes para o pensamento tecnológico, onde a aprendizagem colaborativa é utilizada e desenvolvida como recurso nas distintas ferramentas da Internet. Dependemos e vivemos numa sociedade em rede e é a esta que nos questionamos quando não sabemos.

Muitas são as mensagens de Michael Wesh nos vídeos apresentados e que analisamos. A tecnologia evolui de tal forma que nos questionamos sobre o futuro. Temos de repensar nos contextos educativos, para que a escola seja mais adaptável, flexível, inclusiva e ajustada a estas novas realidades, com um acesso mais global. O professor-tutor deverá acompanhar estas transformações da sociedade e adaptar-se a elas. Os jovens são elementos ativos na sociedade, com grande capacidade de adaptação e com o recurso às ferramentas tecnológicas.

A sociedade tem mudado. A educação e a tecnologia convivem, ainda nem sempre num mesmo patamar. No entanto tendem a convergir os interesses. Consideramos que deverá haver a possibilidade de todos terem acesso à aprendizagem, mesmo aqueles onde o acesso à Internet ainda é realizado em condições precárias, como em alguns países menos desenvolvidos. O e-Learning tem vindo a contribuir para que sejam alcançados os bons resultados mas ainda existe muito o caminho a percorrer neste espaço onde as tecnologias ganham espaço.

Referências bibliográficas:

Dr. Michael Wesch (2013). Mediated Cultures. Acedido a 15 de janeiro de 2014 em:
http://mediatedcultures.net/about-us/

Dr. Michael Wesh (2007a). YouTube. A Vision of Students Today. Acedido a 15 de janeiro de 2014 em:
http://www.youtube.com/watch?v=dGCJ46vyR9o

Dr. Michael Wesh (2007b). YouTube.The Machine is Us/ing Us (Final Version).Acedido a 15 de janeiro de 2014 em: http://www.youtube.com/watch?v=NLlGopyXT_g

Dr. Michael Wesh (2009). YouTube. The Machine is (Changing) Us: YouTube and the Politics of Authenticity. Acedido a 15 de janeiro de 2014 em:
http://www.youtube.com/watch?v=09gR6VPVrpw


Dr. Michael Wesh (2010). YouTube. Students Helping Students. Acedido a 15 de janeiro de 2014 em:
http://www.youtube.com/watch?v=_npqbMKzHl8

Dr. Michael Wesh (2012). Anthropology Program at Kansas State University. Acedido a 15 de janeiro de 2014 em: http://ksuanth.weebly.com/wesch.html

García, R.I.C. (2002). Búsqueda de información en internet. In Educar en red - Internet como recurso para la educación. Ediciones ALJIBE, SL, pp. 83-100.

Gonçalves, Vitor (2012). Ensinar e Aprender em ambientes virtuais tridimensionais. In Moreira, J. A. & Monteiro, A. (Orgs.), Ensinar e Aprender Online com Tecnologias Digitais: Abordagens Teóricas e Metodológicas. Porto: Porto Editora, cap. VII, pp. 123-137.

Hayes, Gary (2006). Virtual Worlds, Web 3.0 and Portable Profiles. Acedido a 19 de janeiro de 2014 em: http://www.personalizemedia.com/?s=virtual+worlds%2C+web+3.0+and+portable+profiles&searchsubmit=

Konstantinidis, A. (2010). Collaborative Learning in OpenSim by Utilizing SLoodle, 2010 Sixth Avanced International Conference on Telecommunications [1-4244-6748-9], pp. 90-95.

Vygotsky, L. S. (1984). A formação social da mente, São Paulo: Martins Fontes







Atividade 4 - A Virtualização das Relações Sociais






A atividade nº 4 da UC “Educação e Sociedade em Rede” questiona a “Autenticidade e a Transparência na Rede”.

O vídeo sugerido “Chinese Boys” foi um enorme sucesso internacional da rede social “Youtube”. Podemos agora recuperá-lo através do link seguinte:
 Recuperado a 3 de janeiro 2014.


“Autenticidade e a Transparência”

No vídeo apresentado anteriormente, podemos assistir a uma dupla de rapazes de origem chinesa, com grande popularidade, em todo o mundo, a cantarem um tema musical bem conhecido, do qual estes chineses não são autores.


Na Internet, por vezes, não sabemos quem é quem! Penso que devemos querer saber quem somos na rede. É difícil dar um nome a este grupo de chineses. Estes já tiveram desde 2005, data do seu surgimento, segundo pesquisas através da Wikipédia, diversas designações, tais como: “Back Dormitory”, “Two Chinese Boys”, “Asian Backstreet Boys” e “Chinese Backstreet Boys”.
O nome original do grupo, para além das designações anteriores, é “Back Dorm Boys”. Esta dupla já realizou diversas imitações de canções originais, principalmente do grupo “Backstreet Boys” e de outros.
A grande parte dos seus vídeos foram gravados com baixa qualidade, a partir do seu quarto. Foram, posteriormente, publicados na Internet e rapidamente sortiram um “boom” de visualizações em todo o planeta: da China aos EUA, do Paquistão a Angola. Todo o planeta viu, através do “Youtube”.

Mas afinal que autenticidade e transparência existe na rede?

Desde longa data que muitos autores escreveram sobre o comportamento da sociedade. “Tudo o que é sólido desmancha no ar” (Marshall Berman, 1970) foi uma obra que fala sobre a metamorfose da sociedade e as questões éticas. Um ano antes da publicação de Jean-Jacques Rousseau – “La Transparence et L´Obstacle”, Marshall Berman (1970) propunha que fosse a autenticidade, não a transparência, a chave para abrir o pensamento de Rousseau, assim, “no lugar do interesse que move o individualismo burguês, um expressionismo ético determinado pela descoberta de si mesmo”.

Desta feita, podemos verificar que desde há algumas décadas atrás, que a sociedade reflete sobre a autenticidade e a própria transparência. O problema é na rede, como o fazer?

Pois bem, das pesquisas realizadas, a temática da Identidade Digital, é essencial no nosso quotidiano. A atualidade compreende como já dissemos ao longo do estudo nesta UC (Educação e Sociedade em Rede) de uma sociedade em rede.

Diversificadas são as inquietações apresentadas pelo Professor Doutor António Teixeira (2010) defendidas na 1ª Conferência do Mestrado em Pedagogia do Elearning, da Universidade Aberta de Lisboa, Portugal, sobre a Identidade Digital, designadamente:

a) “Persona: Eu sou a (s) minha (s) própria (s) máscara (s)?”;

b) “A verdade da/na rede: o princípio da Identidade Digital”;

c) “Identidade, confiabilidade e autenticidade na partilha de conteúdos gerados pelo utilizador”;

d) “Confiabilidade e transparência na produção de recursos abertos”.

O Professor Doutor António Teixeira (2010) defende: “a minha identidade é autêntica se for transparente”. Na rede tudo pode ser dito, apesar de termos de ter muito cuidado com a forma como expomos os conteúdos. Cada indivíduo pode processar a sua opinião, discutir, partilhar, colaborar, discordar na rede. Contudo, a rede deve ser bem organizada. Muitas vezes, para mim, vejo que há uma evidente desarrumação.

Será que tudo aquilo que é apresentado na rede é fidedigno? Será credível e de confiança?




Muitas são as interrogações que hoje podemos colocar. Respostas ainda são pouco conclusivas, muito trabalho tem ainda de ser feito para consciencializar todos os utilizadores das regras de utilização num espaço que é de todos, a Internet. No entanto, nem sempre assistimos a uma correta utilização.

Para Teixeira (2010) “A «Identidade Digital» é um prolongamento da «Identidade Pessoal». Porém, da falta de verificabilidade física do mundo virtual, implicará uma acrescida importância da intencionalidade humana da avaliação ética do seu comportamento”. Por exemplo, o autor reporta o caso do facebook. Esta rede social poderá manipular ou até mesmo falsificar a identidade. Temos de ter cuidado com as informações que passamos na Internet. Uma das poucas coisas que podemos mentir na rede é a nossa idade, como dizia nestes dias uma amiga minha, socióloga, numa rede social. Mas será que devemos mentir a nossa idade ou simplesmente omitir? Tantas são as questões que podemos colocar à rede. Da rede obtemos muitas respostas.

O Professor António Teixeira (2010) nesta mesma conferência sublinhou que a “Internet potencia a fraude intelectual”. Alegou ainda na sua apresentação que “é impossível alguma entidade vir a controlar a rede”. Contudo, esta temática continua a ser debatida em imensos fóruns nacionais e internacionais.








 






“A Internet, sobretudo as redes sociais, romperam as barreiras entre o público e o privado. «As pessoas revelam no Facebook, no Instagram, coisas da sua vida privada ou secreta que podem ser prejudiciais», afirma Fábio Gomes, doutor em psiquiatria e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil. Segundo o acadêmico, as relações humanas, em especial as afetivas, serão cada vez mais“virtualizadas”, num movimento que ele afirma ser irreversível” (2013).


Deste ponto de vista “a virtualização não é nem boa nem má, nem neutra. Ela se apresenta como o movimento mesmo do devir outro - ou heterogênese- do humano. Antes de temê-la, condená-la ou lançar-se às cegas a ela, proponho que se faça o esforço de apreender, de pensar, de compreender em toda a sua amplitude a virtualização" (LEVY, 1996, p.12).

Num mundo cada vez mais tecnologicamente avançado, a virtualização das relações sociais assume-se como uma trajetória evidente. A sociedade em rede é grandemente composta por laços entre as pessoas. A sua ética e utilização será a alavanca desta Era Digital. No vídeo da dupla musical chinesa a identidade é realmente interrogada.

A vida na internet, para muitos, faz-me recordar o “Second Life”, como uma grande oportunidade para muitos de nós de vivermos um mundo diferente ou simplesmente viver uma realidade distinta da que vivemos. Para o efeito é construída uma identidade digital também ela distinta da real.

Todos nós compreendemos a importância da virtualização das relações sociais. Todavia, a construção do sujeito e o seu papel no mundo virtual é algo que deve ser colocado em evidência e não poderá passar despercebido.

Na Internet devemos ser autênticos e transparentes. Homens e Mulheres devemos conseguir defender as nossas posições e, claramente, os nossos pontos de vista, com caráter, autonomia e idoneidade. A gestão e partilha da informação deverá ser rigorosamente avaliada por cada um de nós e ter muita atenção quanto às fontes referenciadas.

Boas navegações!


Referências bibliográficas:

Berman, Marshall (1970). Tudo o que é sólido desmancha no ar. São Paulo: Schwarcz (1986, 1ª reimpressão).

Castells, M. (2003) A Sociedade em Rede. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura, Vol. 1, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.

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Lévy, Pierre (2000). Cibercultura. Lisboa: Piaget.


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Gomes, Fábio (2013). Virtualização das Relações é Crescente e Irreversível. Disponível em: http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2013/09/03/noticiasjornalcotidiano,3122434/virtualizacao-das-relacoes-e-crescente-e-irreversivel.shtml. Acesso 4 janeiro 2014.

Relações Sociais no século XXI (2013). Disponível em: http://www.brasilescola.com/historiag/relacoes-sociais-no-seculo-xxi.htm. Acesso 4 de janeiro 2014.

Revista Pittacos (2013). Disponível em: http://revistapittacos.orgAcesso 5 de janeiro 2014.

Teixeira, António (2010). 1ª Conferência do Mestrado em Pedagogia do Elearning. Universidade Aberta, Lisboa, Portugal. Disponível em: www.slideshare.net/MPeL/my-m-pelantonioteixeira. Acesso 5 de janeiro 2014.

Virtualização em ambientes de redes (2008). Disponível em: http://www.gta.ufrj.br/grad/09_1/versao-final/virtualizacao/virtualizacao%20em%20ambientes%20de%20redes.html. Acesso 4 de janeiro 2014.

Wikipédia (2013). Disponível em: http://fr.wikipedia.org/wiki/Back_Dorm_Boys. Acesso 5 de janeiro 2014.


Trabalho realizado por:

Nelson Gonçalves Miguel Soares

Nº1104429

UC– Educação e Sociedade em Rede

 Tavira, Portugal, 12 de janeiro 2014.



Atividade 3

O FENÓMENO DA CIBERCULTURA (II)


O grupo ETA conclui o seguinte, de acordo com os estudos efetuados e os ponto de vista entre os autores:







Neste trabalho, tendo com consideração os estudos efetuados, que se encontram referenciados abaixo, verificamos que muitas são as questões que nos faz refletir sobre a tecnologia da informação. Consideramos que devemos refletir sobre as mudanças que se vão emergindo, pois verificamos que a utilização da tecnologia depende da orientação que é dada pelo homem, que pode ser construtiva ou destrutiva.
A informação cresce exponencialmente. As mudanças são muito rápidas, o que nos provoca algumas dificuldades. Teremos constrangimentos em dar conta dos seus efeitos e, por conseguinte, das eventuais consequências que estas mudanças possam vir a provocar ao Homem. No entanto, torna-se quase impossível responder de forma linear às perguntas emergentes, em que muitas são as referenciadas ao longo do trabalho. A reflexão toma um caráter peculiar e o debate um elemento fundamental para uma melhor orientação.
O homem é um ser com identidade própria que deverá ser cultivado num caminho de felicidade, construído por ele próprio. Neste caminho, a tecnologia encontra-se junto dele, seja para o bem seja para o mal. No entanto, consideramos que ambos os caminhos nada sejam um sem o outro, e que podem ser unidos numa base construtiva de uma orientação ética, por vezes quase impossível de alcançar.
As questões éticas soam cada vez mais importantes e necessárias à luz da defesa dos direitos de todos em rede. A sua preservação é fundamental. Ambos os autores defendem uma necessidade correta na utilização das novas tecnologias de informação e comunicação. O Homem não pode viver mais sem regras na sociedade da informação em rede.
Referências bibliográficas:
- BASTOS, S. (1985). À sombra das maiorias silenciosas. O fim do social e o surgimento das massas. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985. Acedido em 10 de Dezembro de 2013:
http://www.faroldoconhecimento.com.br/livros/Sociologia/BAUDRILLARD,%20Jean.%20%C3%80%20sombra%20das%20maiorias%20silenciosas.pdf
- BELL, Daniel (1976). The coming of Post-industrial Society: a Venture in Social Forecasting, Nova York: Basic Books, 2ª Edição.
- CASTELLS, Manuel (2011). A Sociedade em Rede. A Era da Informação; Economia, Sociedade e Cultura. Volume 1. Fundação Calouste Gulbenkian. 4ª Edição
- FUTORANSKY, Luisa (1999). Interviwing Paul Virilio Courtesy of the AjoBlanco magazine – February. Acedido a 11 de Dezembro de 2013 em:
http://www.flirt.net.novis.pt/arquivo/f_julho/julho/textos/virilio.htm.
- LÉVY, P. (1999). Cibercultura. (Tradução de Carlos Irineu da Costa) São Paulo: Edição 34 Editora
- LOPES, Natália (2007). A Técnica, Tecnologia e Comunicação em Paul Virilio. Tese de Mestrado em Comunicação em Tecnologias Comunicativas. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
- MATOS, R. (n.d.). Jean Baudrillard. Enigmas e paradoxos da imagem na era do simulacro. Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.Acedido a 10 de Dezembro de 2013 em:
http://www.ppgav.eba.ufrj.br/wp-content/uploads/2012/01/ae15_Rogerio_Medeiros.pdf
Outros referenciais, da internet, utilizados em estudo, acedido a 21 de Dezembro de 2013 em:
-
https://www.youtube.com/user/egsvideo/search?query=Baudrillard
- http://www.egs.edu/faculty/jean-baudrillard/articles/baudrillard-on-the-new-technologies-an-interview-with-claude-thibaut/
- https://www.youtube.com/user/egsvideo/search?query=virilio
- https://cld.pt/dl/download/46b78681-06d5-41e9-a688-28d4274d0046/Equipa%20ETA/TMC_A_inscricao_da_internet_em_Habermas_Baudrillard_McLhuan.pdf






Os alunos da equipa “ETA”: Ana Vasconcelos; Carlos Santos; Nelson Soares; Sérgio Silva
Atividade 2 - O FENÓMENO DA CIBERCULTURA (I)

Cibercultura - Nota introdutória

  No âmbito da Unidade Curricular "Educação e Sociedade em Rede" foi proposto construir o conceito de cibercultura e atribuir três exemplos, a partir da leitura do manual "Cibercultura" de Pierre Lévy.



- Conceito de Cibercultura segundo Pierre Levy e três exemplos

Professor, colegas, restantes leitores,
Começarei este post por informar o meu agrado em relação à leitura efetuada ao livro “Cibercultura” de Pierre Lévy. Aprendi diversos conceitos inerentes ao ciberespaço, que aproveito para partilhar, numa dimensão da cultura contemporânea, designadamente a cibercultura. Segundo o autor, "pensar a cibercultura: esta é a proposta deste livro" (p.11).

 Fig. 1 - Pierre Lévy
Fig. 2 - Manual de Cibercultura

O conceito de cibercultura surgiu na década de 80. Etimologicamente cibercultura provém das palavras cibernéticas e cultura. A cibercultura relaciona a tecnologia, o virtual e a cultura. O conceito agrega ainda todos os fenómenos que estão relacionados com o ciberespaço. Compreende a cultura que surge e surgiu com a utilização da rede de computadores, mediante a comunicação entre os mesmos, e a partilha de mensagens eletrónicas.
Levy (1999) define “ciberespaço como o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores. Essa definição inclui o conjunto dos sistemas de comunicação eletrónicos (…), na medida em que transmitem informações provenientes de fontes digitais ou destinadas à digitalização" (p.92).
Tendo em conta o exposto, do ponto de vista de Pierre Lévy, “a cada minuto que passa, novas pessoas passam a acessar à Internet, novos computadores são interconectados, novas informações são injetadas na rede” (Levy, p.111).
O ciberespaço é muito mais acessível a todos, em qualquer momento e a qualquer hora, o que facilita as pesquisas e a investigação que contribuem em muito para a aprendizagem. O digital hoje, segundo Lévy, afirma-se como um suporte privilegiado de comunicação e possibilita a colaboração de todos. A universalização marca a história da informática.
“A cibercultura dá forma a um novo tipo universal: o universal sem totalidade.” (Lévy, 1999). O ciberespaço evoluiu. Os seus elementos rumam a uma integração, uma interconexão. Estes são cada vez mais interdependentes, universais e “transparentes”. (p.119). O autor menciona que a cibercultura tem origem no ciberespaço. Neste ciberespaço surgem dois conceitos: a universalização (universal) e a totalização (pluralidade). Nem sempre os dois termos estiveram em sintonia, por exemplo, no momento em que surgiu a escrita.
Considerando Levy (1999) «Grande parte das formas culturais derivadas da escrita tem vocação para a universalidade, mas cada uma totaliza sobre um atractor diferente: as religiões universais sobre o sentido, a filosofia (…) sobre a razão, a ciência sobre a exatidão reprodutível (os fatos), as mídias sobre uma captação de um espetáculo siderante, batizado de “comunicação”. Em todos os casos, a totalização ocorre sobre a identidade da significação.» (p.117).

“O ciberespaço dissolve a pragmática da comunicação que, desde a invenção da escrita, havia reunido o universal e a totalidade.” (p.118). A Internet surge como uma nova forma de interconexão, esta é universal. Embora muitos ainda contradigam este universal. "O ciberespaço não engendra uma cultura do universal, porque de fato está em toda parte, e sim porque sua forma ou sua ideia implicam de direito o conjunto dos seres humanos.” (Lévy, 1999, P.119).
Lévy (1999) refere “por meio dos computadores e das redes, as pessoas mais diversas podem entrar em contato, dar as mãos ao redor do mundo” (p.119). Entende por universal a presença (virtual) da humanidade em si mesma. No entanto, por totalidade, define-a como a conjugação estabilizada do sentido de uma pluralidade (discurso, situação, conjunto de acontecimentos, sistema).
Para o autor, “a cibercultura (…) mostra precisamente que existe uma outra forma de instaurar a presença virtual da humanidade. Em si mesma (o universal) que não seja por meio da identidade do sentido (a totalidade)” (p.121). O ciberespaço deve estar em ordem para evidenciar a diversidade da humanidade. A multiplicidade de saberes é encorajada na cibercultura. A partilha na sociedade em rede é necessária. Vivemos num “espaço de encontro, de compartilhamento e de invenção coletiva” (p.126).
Para Lévy (1999), cibercultura envolve três princípios que fundamentam o crescimento inicial do ciberespaço: a interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva.
A interconexão é o primeiro princípio, sendo este essencial. O autor referencia no seu livro, vários exemplos de aparelhos que devem ter uma conexão à internet. “A cibercultura aponta para uma civilização da telepresença generalizada” (p.127), onde todos estão ligados em contato de forma universal.
O segundo principio compreende as comunidades virtuais. Estas agregam o primeiro princípio, dado que o seu desenvolvimento é sustentado pela interconexão. Pierre Lévy (1999) escreve sobre este princípio, consagrando a importância das “afinidades e interesses, de conhecimentos, sobre projetos mútuos, em um processo de cooperação ou de troca, tudo isso independentemente das proximidades geográficas e das filiais institucionais” (p.127) na sua construção. Explica ainda que numa comunidade virtual existem até conflitos, devido às relações interpessoais praticadas na rede. “As comunidades virtuais são os motores, os atores, a vida diversa e surpreendente do universal por contato” (p.130).
O terceiro e último principio, a inteligência coletiva, carateriza a relevância de um grupo de indivíduos apenas se aproximar e constituir uma comunidade virtual para, mais rapidamente, atingirem os resultados. Para além de Lévy (1999), muitos outros autores defenderam a importância da inteligência coletiva para a cibercultura como Tim Lee, John Barlow ou Marc Pesce. “Todos reconhecem que o melhor uso que podemos fazer do ciberespaço é colocar em sinergia os saberes, as imaginações, as energias espirituais daqueles que estão conectados a ele” (Levy, 1999, p.131).
“Interconexão geral, comunidades virtuais e inteligência coletiva são aspectos de um universal que cresce como uma população, que faz crescer aqui e ali seus filamentos, um universal que se expande como a hera (…) não há comunidade virtual sem interconexão, não há inteligência coletiva em grande escala sem virtualização ou desterritorialização das comunidades no ciberespaço. A interconexão condiciona a comunidade virtual, que é uma inteligência coletiva em potencial” (p. 133).
- Três exemplos de cibercultura
São diversos os exemplos de cibercultura. Apesar de ter sentido algumas dificuldades na sua escolha, optei pelos seguintes: educação – comunidades de aprendizagem; ciberarte, música, imagem e som; e
1. Educação – Comunidades de aprendizagem
A cibercultura proporciona uma atualização constante do conhecimento. Considerando Lévy (1999) “pela primeira vez da história da humanidade a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no início do seu percurso profissional estarão obsoletas no fim da sua carreira” (p.157) O ensino aberto à distância (EAD) permite “um novo estilo de pedagogia, que favorece ao mesmo tempo as aprendizagens personalizadas e a aprendizagem coletiva em rede” (p.157). A plataforma "Moodle" é um bom exemplo de uma comunidade de aprendizagem colaborativa.




2. Ciberarte, música, imagem e som
Num mundo cada vez mais global, circulam na internet textos, artigos, documentos meios audiovisuais, todo o tipo de arte, que podemos partilhar, usar, reutilizar, redistribuir. No ciberespaço e onde temos a nossa disposição uma multiplicidade de conhecimentos em rede. A ciberarte é uma nova forma de comunicação. Esta dimensão artística ou estética da cibercultura agrega música, imagem e som.

No campo das artes do virtual, Lévy (1999) aponta que existem "gêneros próprios de cibercultura (...) Uma das características mais constantes da ciberarte é a participação nas obras daqueles que as provam, interpretam, exploram ou lêem" (pp.135-136). A colaboração de todos, possibilitam uma "criação contínua" (p.136).
Um dos recursos que considero uma ferramenta que permite esta partilha da ciberarte é o " Youtube". Este distribui um conjunto de músicas, filmes ou outros recursos audiovisuais. Deixo um exemplo para todos os interessados de um conjunto de pinturas de uma pintora brasileira Tarsila do Amaral (2008):




3. Multi-User Dungeons (MUDs) e Object Oriented (MOO) - Redes digitais

Ao ler o manual de Lévy (1999, p.162) a denominação de MUDs e MOO despertou-me curiosidade. Tendo em linha de conta o autor, "no ciberespaço, o saber não pode mais ser concebido como algo abstrato ou transcendente (...). As páginas da Web não apenas são assinadas, como as páginas de papel, mas frequentemente desembocam em comunicação direta, por correio digital, fórum eletrônico ou outras formas de comunicação por mundos virtuais como os MUDs ou MOOs" (p.162).
Os jogos digitais vieram para ficar e possibilitam grandes vantagens colaborativas, como é o caso da rede social "Second Life". Nesta podemos aprender com as vivências coletivas da comunidade virtual. Como evidencia Levy (1999) "as redes digitais interativas são fatores potentes de personalização ou de encarnação do conhecimento" (p.162).


- Conclusão

Esta obra revela aspetos de enorme valor para a humanidade. Vivemos numa revolução tecnológica, cultural, virtual... numa nova era, a digital. Esta está a trazer-nos muito conhecimento. A cibercultura consegue reunir os conceitos supramencionados. O mundo adapta-se ou tenta adaptar-se a esta nova realidade social, política, económica...

A sociedade em rede possibilita atingir o conhecimento que precisamos. Pierre Lévy deu-nos neste seu livro uma grandiosa exposição em torno do conceito de cibercultura, que penso que devemos utilizar cada vez mais!

Aprendi muito e muito fica por aprender! A Internet atualiza-se a cada momento... Logo, neste preciso instante em que estiver a ler este pensamento reflexivo, muitos sítios da Internet são atualizados... Aquilo que consideramos estar certo num determinado momento, pode ser colocado em causa noutra parte do mundo virtual.

Bibliografia:

Lévy, Pierre (1999). Cibercultura. Tradução: Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Edições 34.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Cibercultura, acedido em 08 de dezembro de 2013.



Trabalho realizado por:

Nelson Gonçalves Miguel Soares
UAb - Universidade Aberta
Mestrando do Mestrado Pedagogia do Elearning, 7ª Edição
UC - Educação e Sociedade em Rede
Nº : 1104429

Tavira, Portugal, 8 de dezembro 2013.


 Atividade 1 - O QUE É SOCIEDADE EM REDE ?
Construção do conceio de sociedade em rede, de forma colaborativa, com recurso a uma wiki disponível neste link, da plataforma moodle: http://elearning.uab.pt/mod/wiki/viewversion.php?pageid=54&versionid=1756

O trabalho pode ser lido em seguida:


 


UC 12010 - Educação e Sociedade em Rede - Atividade 1
Sociedade em Rede
génese, conceito, fundamento e implicações
Mpelianos 7 / 20-11-2013



O Homem e a Sociedade
Desde os primórdios da humanidade que o Homem tem vindo a realizar desenvolvimentos no seu meio social, destacando-se o da linguagem complexa que permitiu a troca de experiências e conhecimentos. Já na Grécia Antiga, Aristóteles, filósofo do século IV a.C., na sua obra Política, defendeu que o homem é um animal social e afirma: “As primeiras uniões entre pessoas, oriundas de uma necessidade natural, são aquelas entre seres incapazes de existir um sem o outro” (Aristóteles, 1998, p. 13). Já no século XVII, Locke (1999) defende que, no momento do seu nascimento, o Homem é uma folha em branco que vai sendo preenchida pelas vivências que a sociedade lhe proporciona. Por outras palavras, o ser humano é uma construção da rede social que o rodeia. Portanto, no percurso evolucionista humano, o homem percebeu que a sociedade lhe proporcionava a sobrevivência e o domínio do mundo animal. Numa perspetiva mais atual, segundo os autores, Castells (2011), Castells & Cardoso (2005), a sociedade é constituída por indivíduos, corporações e Estado, em atuação nas distintas esferas desde a local até à global e que traz no seu íntimo o propósito de respaldar a coexistência dos seus interesses em confluência com os distintos pares na busca e potencialização da melhoria da qualidade de vida, nas suas dimensões social, política e económica.

O Paradigma Tecnológico

A sociedade contemporânea, segundo Castells (1999), fundou-se e fortaleceu-se especialmente pelo paradigma tecnológico emergido a partir dos anos 70, tendo as suas repercussões na sociedade local a partir dos anos 90, com a abertura das fronteiras comerciais e financeiras para o mercado global e, no cenário político, o processo de reestruturação após o fim da guerra fria, com a ascensão do capitalismo, revestido de medidas neoliberais, como redução do estado para menor intervenção na economia. Com isso a iniciativa privada passou a atuar nos setores em que este mesmo estado se mostrava ineficiente. Logo, a avidez das corporações na concentração do seu capital levou à corrida para a inovação de tecnologias como meio para sobreviver à concorrência internacional, em todos os setores.
Castells (1999) refere que a “tecnologia da informação é para esta revolução o que as novas fontes de energia foram para as Revoluções Industriais sucessivas, do motor a vapor à eletricidade, aos combustíveis fósseis e até mesmo à energia nuclear, visto que a geração e distribuição de energia foi o elemento principal na base da sociedade industrial” (p.50). Este autor corrobora para a compreensão desta nova sociedade globalizada e articulada em rede pela relação entre o fluxo das informações existentes e os avanços tecnológicos significativos. A seu ver, resultante da inovação tecnológica no campo informacional, o paradigma tecnológico caracteriza-se pela busca constante de conexões que, cada vez mais intrínsecas, geram um continuum de novos cruzamentos científicos e novos objetos de estudo, tornando-se um pilar ativo na construção de novos conhecimentos. Para exemplificar, a manifestação no campo económico equivaleu ao aumento de produtividade, com redução de custos e otimização de recursos empregues. Daqui surge um novo tipo de organização social - sociedade em rede - que, mediado pela tecnologia, permite a formação de comunidades virtuais, sendo definida como indivíduos agrupados que possuem interesses comuns.

A Tecnologia e a Sociedade

Segundo Castells (1999) "o surgimento da sociedade em rede é resultado da interação de duas forças relativamente autónomas: o desenvolvimento de novas tecnologias e a tentativa da sociedade de reaparelhar-se com o uso do poder da tecnologia para servir a tecnologia do poder" (p.69). Este autor destaca duas caraterísticas importantes da nova economia global e informacional, em que a vertente comercial deixou de ser realizada num determinado espaço geográfico e passou à ação na esfera global, em que uma rede de conexões entre agentes económicos é fulcral para a maximização de lucros. É informacional porque a competitividade e a produtividade são essenciais para a garantia existencial do agente económico, sendo que a “informação e conhecimentos sempre foram elementos cruciais no crescimento da economia, e a evolução da tecnologia determinou em grande parte a capacidade produtiva da sociedade e os padrões de vida, bem como formas sociais de organização económica. (…) A emergência de um novo paradigma tecnológico organizado em torno de novas tecnologias da informação, mais flexíveis e poderosas, possibilita que a própria informação se torne o produto do processo produtivo” (p.87).
Castells identifica alguns aspetos que considera centrais para o estudo da sociedade de informação e compreensão do paradigma da tecnologia da informação: a informação é a sua matéria-prima, logo são as tecnologias a agir sobre a informação; a capacidade de penetração da tecnologia, o que significa que “todos os processos da nossa existência individual e colectiva são directamente moldados (…) pelo novo meio tecnológico”; lógica de redes, que existe “em qualquer sistema ou conjunto de relações, usando essas novas tecnologias” (Castells, 2011, p. 87).
Portanto, a informação passa a ser um produto e, consequentemente, a transformação científica e económica assume uma forte conexão política e social, tendo o Estado papel central na internacionalização da economia. Desencadeou-se um processo cíclico de estímulo à competitividade, com inovação tecnológica e proliferação da informação em todas as esferas. Tais eventos propiciaram a reestruturação da sociedade industrial para uma sociedade do conhecimento e da informação, que se reconstrói continuamente via rede de informações económicas, políticas e culturais, fomentando novas formas de pensar e agir. Nesta rede, que “é um conjunto de nós interligados” (Castells, 2011, p.606), baseada na tecnologia da microeletrónica, com a sua estrutura formal conectando infinito número de computadores por vias digitais e que, por tais pontos (ou nós, referidos por Castells anteriormente), se processam, revigoram e disseminam conhecimentos anteriormente construídos. Este conhecimento convertido em informação pode trazer novo significado ao saber de indivíduos que venham a conectar-se a esta rede.
É importante lembrar que a transformação na sociedade (despontou com a conceção de rede entre computadores), deu-se por um processo sinergético de cooperação científica empreendido desde os anos 1950 e que, em 1969, se configurou como a primeira rede de computadores com 4 nós (pontos), vindo a ser o propósito da internet - locus de encontro dos indivíduos que participam da sociedade em rede - que na década de 1980 passou do domínio de uso de científicos, disseminou-se pelas corporações (redes privadas - intranet) e, nos anos 1990, alastrou-se ao nível de conexão sem fronteiras, sedimentando os pilares da sociedade informacional. O desenvolvimento das redes foi possível pela capacidade de inovação integrada no campo das telecomunicações, da microeletrónica, da optoeletrónica e de sua evolução para a transmissão digital, bem como de softwares, hardwares, microprocessadores, chips de armazenamento de dados, entre outros. Não obstante, a interconexão entre os indivíduos, enquanto portadores do know-how, possibilitou a expansão, dado que os computadores pessoais isoladamente não viabilizariam o fecho do ciclo necessário para a formação da sociedade em rede.
Assevera-se que a sociedade informacional, nos seus diferentes níveis de desenvolvimento, tem como caraterística principal a sua lógica de funcionamento estrutural baseada no conceito de redes que, segundo Castells (1999), agrupa e armazena os conhecimentos por nós (pontos), fluindo com a possibilidade de acesso de todos os indivíduos, cada qual um nó, que pode exercer a parcela de poder que lhe cabe e pode ser entendida como a soma, o conjunto de todos os indivíduos que compartilham propósitos, costumes, um mesmo espaço temporal e físico, e que respeitam algumas normas de convívio em prol de interesses comuns a alcançar. Neste sentido, a constatação de que a natureza da sociedade na era da Informação é complexa, caracterizada pelo entrelaçamento de pessoas e assuntos e que demanda capacidade de adaptação e flexibilidade para absorver novos saberes num ambiente de rápidas transformações, tendo nos adjetivos obsoleto e descartável uma constante derivada do desenvolvimento tecnológico.
Retomando a questão do empoderamento do indivíduo, uma exemplificação contemporânea desse exercício de poder pode ser detetado nos movimentos da Primavera Árabe ocorridos nos países do norte da Africa (entre 2010 e 2012), nos quais as informações propagaram-se rapidamente pela logística on realtime. Cada indivíduo, frente às suas necessidades atendidas de forma insuficiente pelos governos locais, pode fazer uso das Tecnologias da Comunicação e Informação, T.I.C., a fim de participar, coordenar ou apenas ter acesso aos acontecimentos que diziam respeito à realidade que os circundava. Outros movimentos, como os Indignados, oriundo na Espanha no ano 2011, também se alastraram pelo mundo, possibilitados pela virtualidade, agregando indivíduos de outros países para o exercício de proclamar o ideal sobre os direitos que a economia capitalista começou a solapar. Mas, importante lembrar, que ao mesmo tempo teve no modelo informacional, com a evolução das T.I.C. e a consequente melhoria na produtividade, e com a avidez da concentração de capitais por parte das grandes corporações, uma das causas do desemprego estrutural verificado no plano internacional, como o caso do setor bancário-financeiro, com perfil tecnológico altamente informatizado.
Do ponto de vista prático, vivemos numa sociedade cada vez mais globalizante, capitalista, com flexibilidade nos mercados e no emprego. A nova economia desenvolve-se nas redes, via tecnologias informacionais, que podem exercer poder além fronteiras, sendo utilizadas desde o plano político (governos), passando pelo económico (corporações) e chegando ao social (indivíduos), onde emergem novos desafios no campo digital. No entanto, há que ter em atenção, tal como refere Fernand Braudel (1967), que “a tecnologia não determina a sociedade: incorpora-a” (p.6). Esta nova realidade social ultrapassa fronteiras e chega às pessoas, com realidades e diversidades sociais diferentes, decorrentes de uma grande evolução da sociedade.

A Sociedade em Rede

Nesta senda, a sociedade do conhecimento distingue-se da sociedade em rede pois esta tem uma função social. As sociedades do conhecimento aspiram a sociedades pacíficas e sustentáveis tendo em atenção os interesses de todos os participantes, porque o conhecimento implica significado, apropriação e participação por parte das sociedades que o desenvolvem. É essencial relembrar que as sociedades do conhecimento têm como objetivo o desenvolvimento humano e não a inovação tecnológica e os seus impactos. Para que ela possa atingir os seus objetivos é indispensável que existam a liberdade de expressão e de informação, acesso universal a essa informação e conhecimento, educação de qualidade para todos e o respeito pela diversidade linguística e cultural. Aí surgem as sociedades em rede que vão ajudar a desenvolver os processos de formação e aprendizagem, a participação de todos os membros da sociedade balanceando o interesse público com o privado, permitindo a acessibilidade global.
A sociedade em rede está intimamente ligada aos mecanismos que permitem criar teias para a disseminação, partilha, construção e reconstrução do conhecimento. Esta palavra tornou-se o talismã para percebermos as estruturas basilares em que assentam as redes a que cada um se conecta para criar a sua entidade individual e coletiva, numa pluralidade de dimensões, permitindo criar novos espaços de aquisição do conhecimento pela sociedade tendo em conta o bem comum.
O autor Castells & Cardoso (2005) releva preferência pela terminologia sociedade em rede em detrimento de sociedade do conhecimento/informação pela análise da conjugação das mudanças sofridas ao nível tecnológico e social. A ligação do Homem com o conhecimento e com a informação foi desde sempre central, porém, atualmente, na sociedade em rede estes atributos apresentam um formato digital, derivado da inovação eletrónica que sustenta a reconfiguração do processo comunicacional veiculado pela utilização das ferramentas digitais, que a comunicação em rede (Internet) induziu. A experiência virtual e interativa da comunicação em rede, segundo Castells (2001) veiculou modificações na capacidade de armazenar e organizar informação, flexibilizando o processo comunicacional que adotou uma maleabilidade e rapidez, nunca antes conseguidas (Castells,2001 p.15). A interação em rede modificou a forma de nos relacionarmos com o conhecimento e com a informação, permitindo a reconfiguração do processo relacional do indivíduo consigo próprio e com a sociedade, pelo que, a rede assumiu um destaque central, pela capacitação“ de uma velha forma de organização social: as redes” (Castells&Cardoso,2005, p.17) na arquitetura da nova sociedade.
Ressalta-se que o conceito, de sociedade em rede, surgiu da análise decorrente do processo de reorganização social, que despontou do boom tecnológico pela apropriação de novas configurações interativas, comunicacionais e relacionais (Castells &Cardoso, 2005). Este processo de acordo com Castells (2001, p.16), deriva da conjugação de três processos correlativos que perfazem a flexibilização e globalização da economia, a proclamação de direitos de liberdade individual (exercidos por movimentos de contracultura que requerem o direito à difusão informacional) e da revolução tecnológica. A sociedade em rede, configura uma estrutura sistémica, aberta, maleável e em constante transformação onde flui uma enorme capacidade informacional. Definida por um sistema interligado e complexo, permite através das tecnologias de informação e comunicação, conectar múltiplos utilizadores à distância, que através da rede (Internet), partilham diferentes identidades socioculturais encontrando similaridades e apropriando diferenças que redefinem concessões coletivas (Castells,2001,p.228) e reformulam novos moldes de pensamento. Esta característica interativa, assumida na comunicação em rede, veiculou alterações na forma do sujeito ver o mundo, na forma de se relacionar com ele e na perceção de si próprio.
Ainda assim, podemos referir que existe uma forte relação entre a Rede e o self, pois os indivíduos constroem e procuram o seu significado e, com o aparecimento das novas tecnologias, o novo self entra em processo de uma procura e transformação, pois, “a tecnologia está a ajudar a desfazer a visão por ela promovida no passado” (Castells, 2011, p.27). Mas é de referir que, “quando a Rede desliga o self, este, individual ou coletivo, constrói o seu significado sem a referência instrumental global: o processo de desconexão torna-se recíproco, após a recusa por parte dos excluídos da lógica unilateral de dominação e exclusão social” (idem, p. 29). Pois também na exclusão do self na Rede permite ver “o outro como um estranho e, eventualmente, como uma ameaça”. (idem, p.4)
Em suma, como refere Castells (2011) "a sociedade em rede, nas suas várias expressões institucionais é, por enquanto, uma sociedade capitalista" (idem, p.608). Chega-se, portanto, à conclusão de que a sociedade em rede demanda e gera continuamente a interdependência criativa entre as distintas ciências, com a convergência constante entre o capital intelectual (os indivíduos portadores do conhecimento) e a tecnologia (instrumental que materializa a informação fruto do conhecimento), que promove o desenvolvimento pessoal e o crescimento socioeconómico. Esta conceção aplica-se analogamente aos cursos E-learning, que trazem na sua essência a pedagogia da colaboração entre as distintas experiências que partilham o mesmo ambiente de aprendizagem e que objetivam promover e ressignificar saberes entre todos.

Referências Bibliográficas:

- Aristóteles (1998). Política. 1ª edição. Lisboa. Editora Vega.
- Braudel, F. (1967). Civilisation matérielle et capitalisme. XV-XVII siècle, Paris:Armand Colin
- Castells, M. (2011). A Sociedade em Rede. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura, Vol. 1, 4ª Edição. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.
- Castells, M. (2001). La Galaxia de Internet. Barcelona: Plaza Janés.
- Castells, M. (1999). A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. A Sociedade em Rede. Vol.1. 5 Ed. São Paulo:Paz e Terra.
- Castells, M. & Cardoso, G. (2005). A Sociedade em Rede. Do Conhecimento à Acção Política. Conferência promovida pelo Presidente da República 4 e 5 de Março de 2005 | Centro Cultural de Belém.
- Locke, J. (1999). Ensaio sobre o Entendimento Humano. 2 vols. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian.
- Mansell, Robin; Tremblay, Gaëtan (5 February 203). "Renewing the Knowledge Societies Vision: Towards Knowledge Societies for Peace and Sustainable Development"; Report prepared for the WSIS+10 Review for the Communication and Information Sector, UNESCO and for presentation in the “Knowledge Societies, Stakeholder Accountability for Sustainable Development” Panel at the UNESCO WSIS+10 Conference, Paris, 25-27 February 2013



Muito obrigado por acompanharem os meus trabalhos.


Boas considerações.


Nelson Soares

Nº 1104429


Comentários

  1. Tantas são as definições que encontramos na internet para a "sociedade em rede"...


    Muitas são as leituras já efetuadas.


    Brevemente deixarei aqui neste espaço mais considerações, nomeadamente uma noção.


    Cumps,


    NS

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