Atividade 3 - Artigo
Jogos digitais: a sua aplicação prática no ensino-aprendizagem.
…………………………………………………………………....
Nelson Gonçalves Miguel Soares1
RESUMO
A sociedade do conhecimento em rede, na atualidade, tem vindo a desenvolver-se a um ritmo muito acelerado, possibilitado pelas novas tecnologias de informação e comunicação. A aprendizagem online é hoje uma realidade. A crescente investigação e desenvolvimento das empresas ligadas aos jogos digitais, contribuiu para uma franca expansão neste setor. O jogo e a simulação pretendem desenvolver competências técnicas e científicas.
Este artigo foca a problemática da utilização dos jogos para as aprendizagens e a sua aplicação em contexto educacional.
Palavras-chave:
jogos digitais, educação, gamification, aprendizagem baseada em jogos, sociedade do conhecimento em rede, web 2.0 e web 3.0.
ABSTRACT
The knowledge society networking, in nowadays, has been developing at a very fast pace, enabled by new information technologies and communication. Today, online learning is a reality. The growing research and development related to digital game companies has contributed to this booming sector. Gaming and simulation intend to develop technical and scientific expertise.
This article addresses the issues of using games for learning and practical application in the educational context.
Keywords:
digital games, education, gamification, game-based learning, knowledge society networking, web 2.0 and web 3.0.
___________________________
1 – Mestrando em Pedagogia do Elearning, Universidade Aberta, Portugal, UC MED (12092), Nº1104429; Professor na Escola Profissional Associação Agostinho Roseta, Polo de Albufeira, ngmsoares@gmail.com. 2
1. INTRODUÇÃO
Este artigo foi proposto na Unidade Curricular 12092 - Modelos de Educação à Distância do 1º Ano do Mestrado em Pedagogia do Elearning, promovido pela Universidade Aberta. A temática escolhida para investigação foi a aprendizagem baseada em jogos, porque esta facilita o ensino-aprendizagem e torna-se um tema muito interessante.
O artigo expõe a aplicação prática dos jogos digitais, através da contextualização do projeto GREAT – "Game-based learning in education and training", já implementado, com uma aula de Economia, em EaD, realizada, justificada pelo facto dos alunos estarem mais atentos à utilização das novas tecnologias e ficam mais recetivos aos conceitos da disciplina.
2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Os jogos têm feito parte da própria evolução da humanidade. Do ponto de vista de Vygotsky (1989), os jogos digitais são importantes para a obtenção e desenvolvimento das aprendizagens. Na atualidade, os jogos digitais assumem-se como uma estratégia pedagógica relevante para as aprendizagens autónomas e ativas. Os jogos contribuem para organizar e estruturar o pensamento, em termos cognitivos.
O jogo pretende alcançar um compromisso, proveniente de um conjunto de objetivos que são estabelecidos entre todos os intervenientes deste processo de ensino-aprendizagem. Para além do aspeto lúdico, o jogo pretende desenvolver no aluno um conjunto de estímulos, que se traduzem numa melhoria das suas habilidades e no desenvolvimento das competências.
Muitos autores têm defendido a exploração prática de uma aprendizagem baseada em jogos no que diz respeito ao contexto educativo. Alguns estudos têm incentivado esta prática. Do ponto de vista de Gros (2013), os jogos digitais podem ser utilizados pelas mais variadas áreas do saber. Por sua vez, Garris et al. (2002), consideram muitos os fatores que têm contribuído para fomentar os jogos digitais, nomeadamente, o desafio, a fantasia, os estímulos sensoriais, a curiosidade e as aprendizagens envolvidas.
Almeida (2012,p.64) menciona que "gamification é um termo de difícil tradução, mas que quer significar para além do jogo e aprender numa base experimental, passível de facilitar a transferência de conhecimento (…)". Os jogos digitais constituem-se como um novo desafio 3
para a comunidade educativa, considerando as ideias de Greenfield (1996). Tanto na web 2.0 como na web 3.0 estes conceitos tecnológicos marcam presença forte.
O projeto GREAT, explicado por Almeida & Costa (2012, pp.29-64), inscreve-se no "Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida", que pretende contextualizar a aprendizagem baseada em jogos. Inspirou-se na frase de Redecker et al. (2010) "novas maneiras de aprender novas habilidades para trabalhos futuros". Este serve o modelo de aprendizagem baseada no jogo GBL, isto é, "Game-Based Learning" (Garris, Ahlers & Driskell, 2002; Pivec & Dziabenko, 2004).
A aprendizagem baseada em jogos tem vindo a ser implementada e é uma área procurada pelas empresas, que reúnem esforços de adaptação dos jogos a um conjunto de fatores, como sejam culturais, temporais e em contextos de trabalho. Neste sentido referem Almeida & Costa (2012) que "os jogos precisam de ser culturalmente adaptáveis (…)" (p.33).
O projeto GREAT pretende, para além de muitos objetivos, que os alunos, formandos e formadores, possam, mediante o jogo, experimentar, fazer, e contextualizar situações profissionais, com múltiplos jogadores.
3. METODOLOGIA USADA NOS ESTUDOS
Tal como aconteceu no projeto GREAT foi realizada uma reunião presencial, para informar os alunos do objetivo do desafio: "a aplicação prática dos jogos digitais no ensino-aprendizagem".
Ao longo do estudo, que durou duas semanas, foi solicitado a duas turmas do ensino profissional secundário, na escola profissional Associação Agostinho Roseta, Polo de Albufeira, que realizassem uma atividade, a partir de casa, de forma colaborativa.
Incentivou-se os alunos a utilizarem um jogo online muito conhecido por estes, com vista a possibilitar o trabalho colaborativo e permitir desenvolver competências na área de comercialização de recursos, no âmbito da disciplina de Economia, módulo "A Moeda e a Atividade Económica".
Estas turmas têm alunos com idades compreendidas entre os quinze e os dezassete anos. A turma 1, constituída por vinte e cinco alunos e a turma 2 por vinte e sete, participaram positivamente. Foi solicitado aos alunos que trabalhassem com o jogo "Travian", considerado 4
também no âmbito do projeto GREAT. Trata-se de um jogo online na área da estratégia, que possibilita aos alunos desenvolverem competências, como sejam as técnicas de negociação e comercialização de produtos, através de uma ferramenta do jogo denominada "recursos". Todos os elementos das turmas tiveram de se registar, para criar e explorar um terreno de jogo.
4. RESULTADOS OBTIDOS NOS ESTUDOS
Este jogo possibilitou que cada aluno pudesse ser desafiado a competir com os seus colegas. Existiu interajuda entre os mesmos colegas da turma. Os alunos puderam entender a relevância das trocas de mercadorias que poderão ser exploradas, através deste jogo digital.
O professor da disciplina de economia pode apurar ao final de quinze dias de experiência, que os alunos ao trabalharam, maioritariamente, a partir de casa, fora das aulas presenciais, conseguiram envolver-se e construir algo de forma cooperativa, ao longo desta atividade.
5. CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em linha de conta os estudos abordados neste artigo, concluiu-se o enorme envolvimento dos alunos do ensino profissional na utilização dos jogos, para potencializar o ensino-aprendizagem.
Estes alunos quando são expostos à competição, numa primeira fase, colaboram para atingirem os resultados propostos, e, numa fase posterior, competem, de forma saudável, o que possibilita o desenvolvimento de novas competências. Os jogos permitem uma motivação e desenvolvimento dessas mesmas aprendizagens. As tecnologias estão cada vez mais próximas do aluno, permitindo uma maior flexibilidade na sua utilização. Para que seja utilizada a aprendizagem baseada em jogos é necessário que formadores e formandos recebam formação, para que seja possível saberem todos, em conjunto, os benefícios da sua utilização.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ana & COSTA, Etelberto (2012). Jogos na Educação e na Formação: O Projeto GREAT. In CARVALHO, Ana. Aprender na Era Digital, Jogos e Mobile-Learning, (II, pp.29-64). Santo Tirso: De Facto Editores.
ANDRADE, António (2012). Recursos a Simuladores na Aprendizagem de Fatores de Segurança na Exploração de Tecnologias da Informação. In CARVALHO, Ana. Aprender na Era Digital, Jogos e Mobile-Learning, (III, pp.65-82). Santo Tirso: De Facto Editores.
ALMEIDA, Ana (2012). Blending Learning e Jogos Digitais. In MONTEIRO, A., MOREIRA, J., ALMEIDA, A. & LENCASTRE, J., Aprender na Era Digital, Jogos e Mobile-Learning, (III, pp.59-80). Santo Tirso: De Facto Editores.
UNIVERSIDADE
ABERTA | PORTUGAL
MPEL
7 – Mestrado em Pedagogia do Elearning | UC 12092 - MED – Modelos de Educação à
Distância
Mestrando:
Nelson Gonçalves Miguel Soares | Nº 1104429
28
de janeiro 2014
Resumo:
A
sociedade do conhecimento em rede, na atualidade, tem vindo a desenvolver-se a
um ritmo muito acelerado, possibilitado pelas novas tecnologias de informação e
comunicação. A aprendizagem online é
hoje uma realidade. A crescente investigação e desenvolvimento das empresas
ligadas aos jogos digitais, contribuiu para uma franca expansão neste setor. O
jogo e a simulação pretendem desenvolver competências técnicas e científicas.
O
conceito de gamification surgiu,
aplicado não somente às atividades lúdicas, mas também com o intuito de
responder às novas solicitudes do mercado, como sejam na área da educacional.
Hoje em dia, este pretende focar-se em diferentes faixas etárias, com o
objetivo de promover uma aprendizagem mais dinâmica e interativa.
Este
artigo foca também a problemática da utilização dos jogos para as
aprendizagens. A aprendizagem baseada em jogos pretende facilitar a
aprendizagem e ultrapassar eventuais limitações apresentadas pelos alunos.
Estes jogos possibilitam ao aluno uma maior evolução da sua parte e contribuem
para uma aprendizagem com maior eficácia.
A
tecnologia web 2.0 incide na
construção de objetos de aprendizagem e materiais que permitem atingir
objetivos específicos para a aprendizagem
online e possibilita um maior número de benefícios.
O
potencial da aprendizagem será muito elevado. O aluno terá maior autonomia. A gamification é uma estratégia ganha.
Esta é vista como um patamar fundamental no sucesso das aprendizagens da
sociedade em geral.
Palavras-chave:
jogos digitais, educação, gamification,
aprendizagem baseada em jogos, sociedade do conhecimento em rede, web 2.0, web 3.0.
Referências bibliográficas:
Carvalho,
Ana (2012). Aprender na Era Digital. Santo
Tirso: De Facto Editores.
Moreira,
J. & Monteiro, A. (2012). Ensinar e
Aprender Online com Tecnologias Digitais. Abordagens Teóricas e Metodológicas.
Porto: Porto Editora.
Sites consultados:
Gamification
Wiki (2010). Disponível em: http://gamification.org/wiki/Gamification_Books.
Acesso 28 de janeiro 2014.
Quatro
Coisas que Todo o Professor Deve Saber Sobre o Conceito de Gamification
(2013). Disponível em: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2013/05/29/1026728/4-coisas-todo-professor-deve-saber-conceito-gamification.html.
Acesso 28 de janeiro 2014.
UNIVERSIDADE
ABERTA
UC
12092 – Modelos de Educação à Distância
Atividade
2 – 1ª Fase
Produto
digital:
Terry
Anderson e a Teoria EAD
Docente Responsável: Professora Doutora Lina Morgado
Grupo: Ana
Freire, Diana Morais, Herculano Rebordão, Mário Lopes, Nelson Soares
6
de janeiro 2014
Índice
Introdução ………………………………………………………………………..…
3
Biografia de Terry Anderson
………………………………………………………. 4
Síntese da conferência de Terry Anderson
………………………………………... 5
Definir Modelos pedagógicos do ensino à
distância ……………………………...… 8
Modelo pedagógico do ensino online
segundo Terry Anderson …………………... 9
Teoria EaD.
……………………………………………………………………...….. 10
Diferenciar as gerações de ensino à
distância ………………………………….…… 17
Gerações de EaD
……………………………………………………………….…… 18
Conclusão ……………………………………………………………………...……
23
Referências bibliográficas
……………………………………………………….…. 24
Introdução
Esta atividade compreendeu duas fases.
Num primeiro momento, o grupo produziu um produto digital, em que investigou
sobre Terry Anderson e a teoria de ead. Neste sentido, nesta clarificou os
modelos pedagógicos do ensino à distância, diferenciou as gerações de ensino à
distância.
Num segundo momento, que será
desenvolvido à posteriori, o grupo
irá debater, conjuntamente com os restantes grupos, bem como com convidados
externos, de forma assíncrona, sobre as considerações apresentadas no decorrer
deste estudo, em torno de todos os teóricos.
Terry Anderson foi um dos pioneiros da
educação à distância. Facto extraordinário e que nos remete para uma leitura
atenta dos aspetos seguintes por nós apresentados. Estes serão fundamentais
para que se possa discutir sobre o seu pensamento e a teoria da ead.
Biografia de Terry Anderson
Extraído: http://www.athabascau.ca/content/aboutau/media/photolibrary/crc-Terry_Anderson.jpg, acesso
04 de janeiro 2014.
Terry Anderson é
professor em educação à distância na Universidade de Athabasca, Canadá. Foi
ex-presidente de pesquisa do Canadá. Paralelamente, esteve envolvido numa
variedade de atividades de pesquisa, ensino e serviço.
Em termos de pesquisa, a sua intervenção foi desenvolvida no departamento de tecnologia avançada do Instituto de Pesquisa de Aprendizagem da Universidade de Athabasca e no Instituto Canadense de Educação à Distância de Pesquisa.
No que concerne ao ensino, tem vindo a ser professor universitário no ensino do elearning.
Em termos de pesquisa, a sua intervenção foi desenvolvida no departamento de tecnologia avançada do Instituto de Pesquisa de Aprendizagem da Universidade de Athabasca e no Instituto Canadense de Educação à Distância de Pesquisa.
No que concerne ao ensino, tem vindo a ser professor universitário no ensino do elearning.
Anderson tem
vindo a prestar serviços em diversos meios de comunicação social, com diversas
funções. Destacam-se:
- Editor da
Revista Internacional de Pesquisa em Educação Aberta e à Distância. Conselheiro
editorial dos seguintes jornais:
- Jornal de Educação
à Distância;
- Jornal americano de Educação à Distância;
- Internet no Ensino Superior;
- Canadian Journal de Comunicação Educacional;
- Jornal americano de Educação à Distância;
- Internet no Ensino Superior;
- Canadian Journal de Comunicação Educacional;
- Journal of
Interactive Media na Educação;
- The Journal of e-Learning e Sociedade do Conhecimento.
- The Journal of e-Learning e Sociedade do Conhecimento.
Síntese da conferência de Terry
Anderson
Durante a reunião internacional eL@IES,
que decorreu em Lisboa a 17 dezembro 2013, Terry Anderson, Professor, Athabasca
University Canadá, apresentou uma
preleção (transmitida em linha como videoconferência HD quando eram 5 horas da
manhã no local da emissão) com o título: “Open
Educational Resources and Open Access: Promise or Peril for Higher Education ”.
No final da apresentação disponibilizou os 70 diapositivos utilizados indicando
o URL respetivo:
As ideias-chaves que pudémos selecionar são: O Académico
Aberto (Open Scholar); A definição de
Acesso Aberto (Open Access-OA); Os Obstáculos à implementação do OA; A
problemática económico-financeira; A citação dos trabalhos científicos; O tipo
de licenças no OA; Predatory AO
Journals; Repositórios Institucionais de
OA; MOOC; Juramento (pledge) para se
aderir ao OA. No último diapositivo acentua a importância da ética no mundo do
Ensino, numa época, acrescentamos nós, em que os valores são tão descartados em
nome de projetos pessoais ou de grupo assentes nos sucessos profissional e
económico-financeiro.
O Académico Aberto (Open Scholar) – Quem torna digitalmente
visível os seus projetos e publicações intelectuais e, simultaneamente,
encoraja o criticismo continuado do seu trabalho bem como a sua reutilização,
parcial ou total.
Definição de Acesso Aberto (Open Access – OA) de acordo com a Open Budapest Open Access Initiative (2001) –
Disponibilização sem encargos na internet pública; permite ler, descarregar,
copiar, distribuir, imprimir, procurar ou ligar aos textos completos dos
respetivos artigos; Arrastar para bases de indexação e incluí-los em software como dados; usá-los para
qualquer outro proposito legal sem restrições financeiras, legais ou técnicas
com exceção aquelas associadas ao acesso à rede da internet.
Obstáculos à implementação do OA – Poucos incentivos; os editores tradicionais estão contra;
preocupações com a qualidade; falta de uma cultura e prática abertas; “Not invented here” syndrome
Not invented here (NIH) is the
philosophy of social, corporate, or institutional cultures that avoid using or buying already existing
products, research, standards, or knowledge because of their external origins and costs. Wikipedia, Acesso
a 04 janeiro 2014. http://en.wikipedia.org/wiki/Not_invented_here
__________________________________________________________________
Problemática económico-financeira – Nos EUA os custo dos tratados em papel aumentaram 82% entre 2002 e
2012; a utilização de OA reduziria estes custos em 80%; segundo o presidente da
Athabasca Press “50% of Canada’s
Scholarly Publications wil be out of bussiness within two years due to AO”.
Citação dos trabalhos científicos – as publicações OA não tem uma redução na citação dos seus artigos.
Tipo de licenças no OA – das opções
aquela a defender é: “Non-Comercial / No Derivatives”
Predatory OA Journals – quem explora o
modelo autor-paga o OA para obter lucro pessoal.
Repositórios Institucionais de OA – em Portugal temos o RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (http://www.rcaap.pt/), apoida pela FCCN, onde devemos publicar as nossas publicações. É curioso realçar que
Terry Anderson na sua conferência promoveu este sítio (que era desconhecido de
um catedrático recentemente jubilado da Universidade de Lisboa e que esteve
sempre interessado nestas problemáticas).
MOOC – “The Course
may be free (for now), the content (usualy) is NOT!”
Juramento (pledge) para se aderir ao OA – “I pledge to
devote most of my reviewing and editing efforts to manuscripts destined for
open access…”
Em conclusão podemos dizer que Terry Anderson
defendeu de forma convincente o Open Access e o Open Scholar subscrevendo as
ideias de Gideon Burton apresentadas no seu blog Academic Evolution (http://www.academicevolution.com/).
É interessante que Terry Anderson abre e
conclui a sua apresentação com citações de Gideon Burton. A última afirma:
“Open Access is more than a new
model for scholarly publishing, it is the only ethical move available to
scholars who take theirs own work seriously enough to believe its value lies in
how well engages many publics and not just a few peers – Gideon Burton,
Academic Evolution Blog” (NB – sem data)
Por fim não podemos esquecer que o
movimento do OA depende de cada um de nós como é tão bem demonstrado no diapositivo
#65 que se apresenta:
Ao apresentar o
conferencista o moderador – Vasco Trigo - citou Bob Dylan que em 1963 escreveu (e musicou) The Times They Are A-Changin'
… Come writers and critics
Who prophesize with your pen…
The chance won’t come again…
For the loser now will be later to
win
For the times they are a-changin’
Cinquenta anos
depois esta mensagem é ainda muito atual na Universidade, e na vida em geral.
Devemos ter a coragem e a dinâmica para acompanhar a onda da mudança que tão
lentamente têm passado pela Academia, como continuamos a poder testemunhar
vivendo pessoalmente estes excitantes tempos. Deixamos um link com uma canção
que retrata este cenário:
canção.
O poema é apresentado neste outro sítio: poema.
Definir Modelos pedagógicos do
ensino à distância
Modelos Pedagógicos
– trata-se de um referencial teórico e metodológico com o objetivo de orientar
ações na área educacional. Ele será apresentado com um sistema esquemático que
terá como base as teorias de aprendizagem.
Todo modelo
pedagógico deve conter:
1.
fundamentos pedagógicos
2.
teorias de aprendizagem
3.
estrutura curricular, metodologia de
ensino, avaliação
Na realidade, um
modelo pedagógico pode ser suportado em uma ou mais teorias de aprendizagem. Um
modelo pedagógico será um sistema esquemático, baseado em teorias de
aprendizagem, que:
"... representa, explica e orienta a
forma como se aborda o currículo e que se concretiza nas práticas pedagógicas e
nas interacções professor-aluno-objecto" (Behar, P., 2007).
Figura 1:
Construção de Modelos Pedagógicos (Behar, P., 2007)
Modelo pedagógico do ensino online
segundo Terry Anderson
O Modelo
Pedagógico idealizado por Terry Anderson advém do proposto por M. Moore e
baseia-se na aprendizagem independente, na aprendizagem colaborativa, em que a
interação assume um papel fundamental.
Sendo que a interação é o ponto chave, às interações identificadas por Michael Moore (aluno-aluno, professor-aluno, conteúdo-aluno), Terry Anderson identificou ainda mais três interações (professor-professor, professor-conteúdo, conteúdo-conteúdo).

Figura 2: Modos de Interação em EaD (Anderson, 2003)
Terry Anderson por considerar que estas interações estão presentes no ensino online, definiu o modelo onde claramente se podem visualizar claramente a forma como o professor, o aluno e o conteúdo interagem.
Figura 3: Um
Modelo de Elearning usando os tipos de Interacção, (Anderson, 2004)
Teoria EaD
Modelo Community Of Inquiry
Com a rápida
expansão da Internet, a sociedade digital tem vindo a trazer alterações
profundas na sociedade. Estas mudanças têm se refletido nas mais variadas
áreas, embora seja na economia e no mercado do trabalho que estas têm sido mais
significativas, como refere Babin (1993).
Hoje em dia,
existe uma motivação crescente por utilizarmos a tecnologia como um dos
principais recursos para ser obtido o saber. Assim, em termos pedagógicos, o
professor de hoje deve saber utilizar o conhecimento proveniente da rede. Há
quem diga que quando não se sabe perguntamos à rede!
Muitas são as
teses de defesa nas Universidades que já apontam para uma necessidade emergente
de reestruturar o ensino superior. Cada vez mais as plataformas digitais
proporcionam o estudo por parte dos alunos, ao ritmo que conseguem.
"Num
ambiente de aprendizagem, quer seja virtual ou presencial, os conteúdos e os
documentos que o mediatizam são apenas um dos elementos a ter em
consideração", segundo Moreira (2012, p.29).
Os ambientes de
aprendizagem construtivistas e abertos proporcionam um pensamento crítico.
Muitas são as perspetivas a considerar, considerando Bates (2000). Este autor
defende que devemos ter em linha de conta os aspetos cognitivos relacionados
com a modelação e o mapeamento cognitivo, por outro lado, os aspetos afetivos,
considerando a motivação, a criatividade ou a própria satisfação.
O processo de
criação do conhecimento ao longo da vida, consideram o indivíduo e as
comunidades virtuais onde estes pertencem. Para Moreira (2012, p.30)
"estas comunidades são uma importante alternativa à aprendizagem e aos
contextos organizacionais tradicionais".
A partilha e a
colaboração devem ser elementos fundamentais das comunidades de aprendizagem.
Anderson et al. (2000) dinamizam a
aprendizagem baseando-se no modelo de "Community
of Inquiry". Trata-se de "um modelo que assenta em três dimensões
de base: a dimensão cognitiva, a social e a docente".
Figura 4: “Community of Inquiry” (Garrison, Anderson
& Archer, 2000)
Moreira (2012, p.
32) menciona Anderson e Garrison (2005) para explicar as dimensões
supracitadas, assim sendo, "a presença cognitiva corresponde ao que os
estudantes podem construir e cujo significado podem confirmar a partir de uma
reflexão sustentada e do discurso crítico. A presença social corresponde à
capacidade dos membros de uma comunidade se projetarem socialmente e
emocionalmente através do meio de comunicação em uso. E a presença do ensino é
definida (...) como sendo a direção, o design, a facilitação da presença
cognitiva e da presença social no sentido da realização dos resultados de
aprendizagem significativos".
Este modelo
apresentado assenta numa perspetiva construtivista da aprendizagem e a
construção do conhecimento individual deve-se ao ambiente social. Este
ambiente, tendo em consideração Moreira (2012, p. 33), "favorece uma
diversidade de perspetivas que suportam a investigação, a crítica e a
criatividade". Neste sentido, a presença cognitiva compreende o pensamento
crítico, a presença social possibilita as relações afetivas entre todos os
participantes e a presença docente envolve as tarefas a realizar por toda a
comunidade, sendo um elemento de base neste processo apresentado por Moreira
(2012).
Através deste
modelo, os estudantes ao estarem ao centro do seu próprio processo de aprendizagem,
ajudam-se e colaboram para que todos obtenham sucesso em ambiente virtual. O
conectivismo é proposto como uma teoria mais adequada para a Era digital.
Considerando
Anderson e Dron (2011), em “Three generations of distance
education pedagogy”, ambos discutem três gerações de
pedagogias para EaD: “behaviorismo-cognitivismo, socioconstrutivismo e
conectivismo. Segundo os autores, com o conectivismo a interação em EaD move-se
para além das consultas individuais com o professor (pedagogia
behaviorista-cognitivista) e das interações em grupos e limites dos AVAs
(pedagogia construtivista). As atividades dos alunos são refletidas em suas
contribuições em wikis, Twitter, discussões de texto e voz e outras ferramentas
de rede".
O professor não é
o único responsável pela definição, geração ou atribuição de conteúdo. Por sua
vez, os alunos e os professores colaboram para criar o conteúdo do seu estudo,
e no processo recriam esse conteúdo para uso futuro por outros, com os alunos a
ensinarem aos professores e uns vice-versa.
"Para
Anderson e Don (2011), os modelos behavioristas-cognitivistas seriam teorias de
ensino, enquanto os modelos socioconstrutivistas seriam teorias de
aprendizagem, com ambos ainda se traduzindo adequadamente em métodos e
processos de ensino. Os modelos conectivistas, por sua vez, seriam teorias do
conhecimento, o que torna difícil sua tradução em formas de aprender e, ainda
mais difícil, em formas de ensinar.
Modelos pedagógicos
behavioristas-cognitivistas surgiram em um ambiente tecnológico que restringia
a comunicação para a pré-Web, em modos um-para-um e um-para-muitos; o
socioconstrutivismo floresceu na Web 1.0, no contexto tecnológico
muitos-para-muitos; e o conectivismo é pelo menos em parte um produto de um
mundo Web 2,0, em rede".
Mediante a
utilização da teoria ead temos muitas vantagens. Fátima Goulão (2012,
p.24) menciona que "num sistema online, apesar de não usufruir de alguns
aspetos inerentes à comunicação face a face, também possui vantagens. A
comunicação baseada em textos permite mais tempo para a reflexão, o que leva a
um maior rigor na nossa forma de pensar e comunicar".
Segundo a MOOC, Massive Open Online Courses (2012), a
teoria EaD assenta nos pilares que são apresentados em seguida, centrando-se na
variante de inspiração conectivista, considerada pelo Professor António
Figueiredo (n.d.), cMOOC:
1. Avaliação
- Instrumentos e
estratégias de avaliação que podem ser utilizados em EaD (questões objetivas/fechadas,
dissertativas/abertas, trabalhos escritos, estudos de casos, pesquisas de
campo, projetos ("project-based learning"), atividades práticas,
portfólios, autoavaliação e avaliação por pares - considerado pela Professora
Edméa Santos, 2006);
2. Objetos de aprendizagem
"São
elementos que podem ser utilizados para a aprendizagem, educação e
treinamentos" (Silva, 2011). São no fundo todos os artefatos que podem ser
colocados à disposição do aprendente para que este junte as peças e que deste
processo consiga fazer a sua aprendizagem, desde textos, a imagens, vídeos,
multimedia interativa, wikis, fóruns, quizes, etc. ;
3. Tutoria
O professor-tutor
é um dos elementos mais importantes. Permite responder às dúvidas que são
colocadas pelos seus alunos. A tutoria hoje em dia é interventiva. O sucesso de
acções de formação com recurso a e-learning depende em grande parte da ação do
tutor, que guia o formando/aluno ao longo a ação. São responsabilidade e função
do tutor, em ambiente e-learning, as necessárias para conduzir com sucesso os
estudantes até ao final do curso
(Duggleby, 2002:
125):
●
“Acolher os alunos;
●
Encorajar e motivar;
●
Controlar os progressos obtidos;
●
Assegurar-se que os alunos estão a
trabalhar ao ritmo certo;
●
Fornecer informação, desenvolver, clarificar
e explicar;
●
Fornecer comentários aos trabalhos dos
alunos;
●
Certificar-se que os alunos estão à
altura dos padrões requeridos;
●
Garantir o sucesso das conferências;
●
Tornar-se facilitador de uma comunidade
de aprendizagem;
●
Fornecer conselhos e apoio técnico;
●
Concluir o curso”;
4. Conetivismo - uma nova teoria de
aprendizagem?
Sim. Temos que dar oportunidade a todos e a
nós mesmos de aprender a aprender. É defendido por George Siemens (2008). Este
autor “discute as limitações do behaviorismo, cognitivismo e construtivismo
enquanto teorias de aprendizagem, por não abordarem a aprendizagem que ocorre
fora das pessoas e nas organizações”. Para Siemens (2011), o conectivismo é
proposto como uma teoria mais adequada para a era digital. Aprender não é mais
considerado um processo inteiramente sob o controlo do indivíduo, uma atividade
interna e individualista;
5. Estilos de aprendizagem e as
tecnologias
Segundo MOOC EaD
(2012) “a abordagem dos estilos de aprendizagem pode facilitar novos elementos
para privilegiar a autonomia na aprendizagem dos alunos no modelo de EaD”. Os
modelos de EaD consideram e privilegiam a autonomia do estudante. “Os
conteúdos, plataformas virtuais e recursos nos modelos de EaD são inovadores e
com grandes facilidades e novas descobertas das tecnologias (...). Esse plano
pedagógico pode perfeitamente ser estruturado a partir da teoria dos estilos de
aprendizagem e em especial os estilos de uso do virtual direcionados para
aprendizagem online. A teoria de estilos considera as diversas formas pelas
quais se pode aprender, não privilegiando somente uma, mas verificando a
tendência e desenvolvendo as outras formas, que poderiam ser um potencial para
ampliar o aprendizado” (MOOC, 2012);
6. Virtudes e limitações dos cMOOCs
- Virtudes: exploratórios,
disruptivos, desconstrutivos, incubadores e contextuais;
- Limitações:
ausência de modelo de negócio, acreditação problemática, elevadas taxas de
abandono, escalabilidade reduzida e dificuldade de autenticação dos estudantes;
7. Interatividade
Os cursos à
distância permitem grande interatividade entre os intervenientes do processo de
aprendizagem. “Uma medida do potencial de habilidade de um conteúdo multimedia
permitir que o utilizador exerça influência sobre o mesmo ou a forma da
comunicação utilizada” Jensen (1998).
8. Objetivos de aprendizagem
Estes são comuns
no desenho ou planificação de uma aula. Devem ser claros inicialmente, podendo
utilizar a taxonomia de Bloom (1950). A classificação proposta por Bloom
dividiu as possibilidades de aprendizagem em três grandes domínios:
Figura 5:
“Estrutura da taxonomia - seis classes” (Bloom, 1950)
Figura 6:
“Taxonomia de Bloom Verbos” (Bloom, 1950)
Diferenciar as gerações de ensino à
distância
Não podemos
precisar o início da Educação à Distância, mas apresentaremos as seis gerações
de EaD, com os devidos suportes de informação utilizados pelos envolvidos, ou
seja, os professores, os tutores, os alunos, e a equipe de apoio.
Gerações de EaD
Na primeira
geração, (a partir de 1880), as tecnologias utilizadas eram a imprensa e os
correios. Dentre os métodos pedagógicos podemos citar os guias de estudo, a
autoavaliação e o material entregue via correio. A interatividade se dava via
aluno e material didático escrito.
Na segunda
geração, (a partir de 1921), as tecnologias utilizadas eram o rádio e a TV.
Dentre os métodos
pedagógicos citamos os programas transmitidos pela televisão que eram
acompanhados pelo aluno através do material didático (apostilas, fitas K 7) que
era entregue via correio. A tutoria acontecia via telefone, portanto, a
interatividade era muito pouca.
Na terceira
geração, (a partir de 1970), presenciamos o nascimento das Universidades
Abertas. Os métodos pedagógicos visam a orientação direta, quando ocorriam os
encontros presenciais.
A tutoria oferece
suporte e orientação ao aluno e a interatividade se dá via rádio e TV, áudios
gravados, conferências por telefone, kits para experiências em casa e
biblioteca local.
Na quarta
geração, (a partir de 1980), inicia-se a produção e utilização das
teleconferências por áudio, vídeo e computador. Pela primeira vez
experimentamos uma interação em tempo real com alunos e professores-tutores.
A interatividade
se dá via atendimento síncrono e assíncrono com o professor-tutor e colegas.
Na quinta
geração, (a partir de 2000), o modelo utilizado são as aulas virtuais
utilizando como base o computador e a Internet. O aprendizado é colaborativo
com base nos métodos .
A interatividade
se dá sincronamente ou assincronamente, com o professor-tutor e colegas de
curso.
Atualmente, tendo
em conta a (r)evolução tecnológica e social emerge a sexta geração, que se iniciou em 2003 com a
empresa Linden Research Inc. que disponibilizou o serviço “Second Life”, que
redesenhou o conceito de mundo virtual.
É um ambiente
virtual que permite a criação de personagens denominadas por avatares que
possuem um conjunto de caraterísticas humanas e sobre-humanas e os mundos
virtuais possuem uma infindável versatilidade. Todavia esta nova geração ainda
não pode ser alvo de uma caraterização pormenorizada, pois ainda está numa fase
inicial de exploração.
Em suma, podemos
sintetizar as caraterísticas estruturais das diversas gerações de EaD :
|
1º geração
|
2º geração
|
3º geração
|
4º geração
|
5º geração
|
6º geração
|
Designação
|
Ensino por
correspondência
|
Tele-ensino
|
Multimédia
|
e-learning
|
m-learning
|
Mundos virtuais
|
Comunicação Professor/aluno
|
Muito rara
|
Pouco frequente
|
Frequente
|
Muito frequente
|
Muito frequente
|
Muito frequente
|
Comunicação aluno/aluno
|
Inexistente
|
Inexistente
|
Existente mas
pouco significativa
|
Existente e
significativa
|
Existente e
significativa
|
Existente e
significativa
|
Representacao e mediatização de conteúdos
|
Mono-média
|
Múltiplos média
|
Multimédia
interactivo
|
Multimédia
colaborativa
|
Multimédia
conectivo e contextual
|
Multimédia
imersivo
|
Modalidades de comunicação disponíveis
|
Assíncrona com
elevado tempo de retorno
|
Síncrona,
fortemente desfasada no tempo e transitiva
|
Assincrona com
pequeno desfasamento temporal e síncrona de carácer permanente(com registo
electrónico)
|
Assíncrona
individual ou de grupo, com
desfasamento temporal e síncrona individual ou de grupo e de caráter
permanente, com registo eletrónico
|
Assincrona
individual ou de grupo, com pequeno desfasamento temporal. Sincrona
individual ou de grupo e com registo electrónico
|
Assincrona
individual ou de grupo, com desfasamento temporal. Sincrona individual ou de
grupo e com registo eletrónico e
Interativa com
registo no ambiente virtual
|
Tecnologias (predominantes) de suporte à comunicação
|
Correio postal
|
Telefone
|
Telefone e
correio eletrónico
|
Correio
elecrónico e conferencias pelo computador
|
Correio
electrónico, forums, “chats”, videoconferencias, small Message Systems(SMS),
Instant Messangers (IM), podcasts,…
|
Ambientes
Virtuais na web
|
Tabela 1:
Síntese das principais caraterísticas das diferentes gerações de EaD, adaptado
de (Gomes,M.,2008)
Com o intuito de
frisar a importância da interação entre os atores principais do EaD,
apresenta-se o seguinte gráfico:
Figura 7: Representação gráfica das
diferentes gerações de EaD (Gomes,M.,2008)
A 5ª e a 6ª
gerações estão agrupadas em virtude de atualmente ainda não ser possível aferir
a real dimensão do impacto destas gerações nas vertantes, interação
professor-aluno, interação aluno-aluno e na diversidade de tecnologias de
suporte à representação e distribuição de conteúdos e à comunicação.
Conclusão
Tal como já foi
exposto ao longo deste trabalho de investigação, o acesso às redes digitais
contribuiu para uma mudança generalizada de acesso ao conhecimento. O aluno
está no centro das aprendizagens e este é responsabilizado no ensino à
distância a estudar ao seu ritmo, com a colaboração de todos num compromisso
rigoroso para a obtenção do conhecimento.
Terry Anderson é um grande autor contemporâneo, defensor da teoria do ensino à distância (EaD). O Modelo Pedagógico por si idealizado advém do proposto por Michael Moore e baseia-se na aprendizagem independente, numa aprendizagem colaborativa, sendo a interação imprescindível no processo de aprendizagem à distância.
Esta interação
proposta por Moore consiste nas seguintes relações: aluno-aluno, professor-aluno,
conteúdo-aluno. Por sua vez, Terry Anderson identificou ainda mais três
interações (professor-professor, professor-conteúdo, conteúdo-conteúdo).
Assim sendo, podemos hoje sublinhar a importância da teoria do EaD. Vivemos na 6ª geração, designada por mundos virtuais. A comunicação que se estabelece entre a relação professor-aluno é existente e frequente. As relações entre os alunos-alunos são fundamentais.
A diversidade de tecnologias de suporte à representação e distribuição de conteúdos e a comunicação possibilitam, na atualidade, um conjunto de interações. No estudo realizado pelo grupo pudémos investigar a importância destas interações no EaD.
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Disponível em: http://www.slideshare.net/isabepaiva/o-processo-de-ensino-num-contexto-de-aprendizagem-online-terry-anderson. Acesso em 23 de
dezembro 2013.
O processo de ensino num contexto de aprendizagem online.
Disponível em: http://www.slideshare.net/lat730/resumo-oprocessodeensinonumcontextod. Acesso em 23 de
dezembro 2013.
Práticas e modelos pedagógicos do ensino a distância no
Brasil e suas relações com as teorias contemporâneas de aprendizagem.
Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2012/anais/43b.pdf. Acesso em 02 de
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Um modelo pedagógico para o ensino graduado online (e-grad)
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janeiro de 2014.
Apresento o relatório realizado, no âmbito da UC "Modelos de Educacao a Distancia", sobre a 4ª Conferência do Mestrado de Pedagogia em Elearning realizado em Lisboa, Portugal, no passado dia 30 de novembro de 2013.
Relatório:
UNIVERSIDADE ABERTA
MPEL7 – MESTRADO EM
PEDAGOGIA DO ELEARNING
UC 12092 - MODELOS DE
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Atividade 1 – 2ª parte:
Relatório da participação individual na conferência myMPeL.
Docente responsável da UC: Doutora Lina Morgado
Discente: Nelson Gonçalves Miguel Soares | Nº 1104429
02 dezembro 2013
Índice
Introdução
-------------------------------------------------------------------
3
Relatório da participação
individual na conferência myMPeL ----
4
Conclusão
---------------------------------------------------------------------
9
Anexo
1 – Biografia Dr. Tony Bates
----------------------------------- 10
Anexo
2 – Questões -------------------------------------------------------
11
Referências
bibliográficas dos Anexos 1 e 2
----------------------- 14
Introdução
“A
sociedade de hoje está em constante mudança!” São muitos os autores que referem
esta citação, pelo que se assume cada vez mais importante focar-nos na Era
Digital, em que a sociedade em rede é extremamente necessária para se obter e
partilhar um maior e melhor número de conhecimento.
A
questão é podermos perguntar à rede um conjunto de saberes e esta possibilitar
as respostas. Assim sendo, à medida que caminhamos no tempo, os modelos de educação à distância são mais
diversificados. Temos de acompanhar a sociedade contemporânea e saber
aplicá-los devidamente.
Numa
ótica de aprendizagem e no âmbito da unidade curricular de “Modelos de Educação
à Distância”, foi-nos proposto pela docente responsável Doutora Lina Morgado,
realizar um relatório da 4ª Conferência myMPeL.
O
presente relatório compreende uma exposição dos aspetos que considero mais
importantes e que foram vivenciados no Palácio Ceia, em Lisboa, em que tive
oportunidade de estar presente.
Relatório da participação
individual na conferência myMPeL
Foi
realizada na Universidade Aberta, Palácio Ceia, em Lisboa, Portugal, a 4ª Conferência myMPeL2013, a 30 de
novembro de 2013, pelas 9h30m, promovida pelo Departamento
de Educação e Ensino à Distância da UAb (DEED).
Tive oportunidade de estar presente no Palácio, onde pude
compreender melhor a estrutura do Mestrado e saber (identificar) ferramentas úteis
para utilizar ao longo do Mestrado em Pedagogia do E-learning (MPeL7). Foram
diversos os oradores e intervenientes ao longo desta agradável jornada.
A Professora Doutora Lina Morgado, Coordenadora do respetivo
Mestrado, deu início à ordem de trabalhos, onde começou por explicar o objetivo
da Conferência e a estrutura do MPeL. Esta conferência, segundo a responsável Professora
Doutora Lina, consiste num “encontro dos
estudantes para os estudantes”.
A Professora explicou o percurso (início) do mestrado, focando-se
na plataforma Moodle. Considerou
alguns aspetos importantes que devemos ter presente de forma consciente: o trabalho
em equipa, a comunicação assíncrona e síncrona, a socialização (presença
social), a participação – discussão, o “second
life” e diversas ferramentas pessoais de aprendizagem.
Abordou os conceitos de LMS + Web 2.0, numa ótica de grande
mudança ao serviço da aprendizagem (change).
Apresentou e relacionou algumas ferramentas utilizadas na UAb, tais como:
blogue (Moodle), café (facebook), coordenação (twitter) e secretaria (second life).
Referiu ainda que este Mestrado é totalmente online. Tem uma classe virtual e em rede. Alguns momentos poderão
ser síncronos. No decorrer da sua exposição, a Professora sublinhou a
criação/produção de artefactos, personalizados, ao longo do curso, como forma
de construir um e-portfólio, com
apresentação “open” do currículo, com
todos os materiais disponíveis na rede, publicação na rede, com evidente transparência.
Posteriormente, foi solicitada a participação da ex-aluna do
Mestrado Rosalina, hoje Mestre, onde fez a apresentação sumária da sua tese de
Mestrado, fazendo uma radiografia dum curso online.
Teve como base de investigação a pergunta: “Será
que o learning design das atividades de um curso online, espelha as práticas
pedagógicas dos seus professores?”
Os pontos de estudo, em traços gerais, recaíram sobre as
e-atividades, tipo de interação, como/onde apresentar as instruções, que
informação consideram relevantes, como distribuir o tempo, ferramentas/recursos
e como se concretizam as atividades. Como objetivo geral, a Mestre Rosalina
focou-se no conhecimento de práticas do desenho pedagógico das e-atividades.
Realçou o processo pedagógico em e-learning, a metodologia do seu trabalho de
investigação, bem como a inclusão de uma memória descritiva e a matriz de um
plano de curso MAP (Conole, 2008, 2011, 2013).
Nesta matriz a Mestre Rosalina explicou quatro quadrantes, designadamente:
a orientação e suporte; o contexto e experiência; a reflexão e demonstração; e
a comunicação e colaboração.
Para sustentar um conjunto de interpretações, a respetiva
ex-aluna, realizou um guião com dez perguntas e analisou os dados, com base nas
respostas das entrevistas efetuadas aos professores das Unidades Curriculares
deste Mestrado, concluiu, para além de outros aspetos importantes, que os
docentes do MPeL centram as atividades no LMS.
Seguidamente assistimos à intervenção da Professora/Investigadora
Doutora Ana Paula Correia, da Universidade de IOWA State University, sobre o crescimento do e-learning (Growth of e-learning). Considera esta
Professora que as Universidades desenvolvem plataformas de e-learning e
apresentam às empresas. Um interessante produto.
Apresentou que o e-learning compreende pilares
fundamentais, tais como “study and
ethical practice, purpose – faciliting learning, improving performance and
research directions in e-learning”. Deste ponto de vista, a Professora
supracitada menciona quatro linhas de investigação: “computer – supported collaborative learning”; “learning and community
support”; “teacher’s transformation”; e “social responsibility”.
O e-learning é “uma nova
fronteira, muito temos a descobrir” (Ana Paula, 2013). A investigadora refere
que esta indústria mexe milhões de dólares. Considera ainda que a tendência
será de haver um maior número de cursos online,
os denominados “open online courses”,
e mencionou Curt Bonk e Adrian Sannier. Na rede é de onde provém o
conhecimento. Esta é, e continuará a ser, uma vantagem competitiva, onde todos
devemos partilhar, numa vertente ganhar/ganhar (win-win).
Posteriormente à intervenção da Professora Doutora Ana Paula, foi
a vez de escutarmos atentamente o Professor Doutor Marco Silva, proveniente da Faculdade
de Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Trouxe-nos a
temática “Fundamentos da interatividade
na sala de aula presencial e online”. Evidenciou que “o professor de hoje não basta saber, é preciso saber formar com esse
saber” (Marco Silva, 2013). A comunicação interativa deverá ser a base.
Destacou a importância da web 2.0, sendo este último, o aparelho cognitivo e
social.
O professor Marco advertiu para a inquietação da docência e a
mediação online. “O social tem muito a ganhar. Mediar a aprendizagem é a solução.”
Apresentou outras inquietações, respetivamente, os tipos de comunicação
utilizada nas aulas presenciais/virtuais: interação sem articulação; interação
com articulação e colaboração interativa. Focou a comunicação na cibercultura
na web 2.0, instigando Marie Marchand (1985). Contextualizou a cultura e a
educação, do ponto de vista de Loyola (2012), onde mostrou práticas recentes de
manifestação cultural, em diversas cidades por várias pessoas. Esta situação
foi objeto de estudo em termos internacionais.
No seguimento da Conferência, foi possível conhecer mais sobre a “Cibercultura na era da mobilidade ubíque:
práticas de pesquisa e de formação”, considerando a palestrante Professora
Edméa, da Faculdade de Educação da Universidade do Rio de Janeiro.
Por cibercultura, a Professora entende “a cultura contemporânea. A sociedade é sempre estruturada por modos e
meios de produção e construção do conhecimento”. A estrutura da sociedade
baseia-se na tecnologia digital em rede. Hoje os fenómenos são diversos e têm
de ser estudados e questionados na rede. A curadoria é frequente.
Esta docente colocou as seguintes questões muito pertinentes: “Como compreender os fenómenos que estão em
emergência?”; e “Como se apropriar
disso tudo para se inspirar noutras práticas pedagógicas?”. É necessário
levar para a sala de aula a cibercultura. No nosso quotidiano falamos em
cocriar a realidade.
Seguidamente, a Professora mencionada anteriormente, continuou a
sua apresentação num exemplo realizado por ela em parceria com a Universidade
do Minho, em Portugal, sobre a portabilidade, em que mencionou que devemos cada
vez mais partilhar conhecimento na rede ao mesmo tempo, em diversos suportes. Focou-se
ainda na hipermédia, ou seja, o uso intencional de todas as linguagens.
“Tudo o que colocamos
na rede tem vida própria. Isto faz com que a Humanidade expanda a memória” (Edméa, 2013). Referiu André Lemos, ao reportar as práticas
educacionais no ciberespaço e ainda exemplificou que é preciso reinventar as
políticas da cidade, mencionando Santaella (2007). Vive-se hoje em dia o
fenómeno da cultura digital. Existe, portanto, uma cibercultura.
Num segundo momento, a seguir ao almoço, foi possível vivenciar
algumas experiências em dois práticos workshops
e distintos, designadamente, “Prezi
versus Powerpoint” e “Questionários
Online – LimeSurvey”.
Em virtude de já ter alguns conhecimentos de Powerpoint e estar a desenvolver competências e explorar o Prezi, optei pelo segundo workshop indicado, dado que preciso
compreender melhor como são realizados os questionários online, para utilizar no meu trabalho, enquanto professor e também
neste Mestrado. Fique a conhecer como conceber, aplicar o LimeSurvey, as suas
potencialidades e limitações.
A clara, objetiva e fluente exposição ficou a cargo pela
Professora Doutora Mª João Spilker, docente na UAb. A oradora indicou técnicas
de recolha de dados, inquéritos e os questionários online.
Advertiu que os questionários têm de ser claros e precisos,
mencionou o agrupamento e sucessão das questões, alertou para o facto do índice
de resposta depender de alguns fatores, como, o público-alvo, a motivação dos
inquiridos ou a própria qualidade do questionário.
Após este momento, na segunda parte da tarde, começou um momento
especial, denominado por “Pecha Kucha”,
dinamizado pelos mestrandos MPeL6. Destaco alguns: Dr.ª Cristina Neto, cuja
temática abordou o MOOC (Massive Open
Online Course), Dr.ª Rute Antunes, incidiu na sua apresentação uma nova
ideologia, onde mostrou como funciona o nosso cérebro e como este compreende a
web, Dr. Carlos Raposo, mencionou a avaliação e a apresentação de produtos com
qualidade e garantia e o Dr. Ricardo
Carvalho, mostrou o projeto webrádio.
No final deste grande momento houve uma saudação especial aos 25
anos da UAb. A seu término e a fechar esta conferência um dos pontos mais importantes,
Keynotes: Dr. Tony Bates, Presidente e CEO da TonyBates Associates ltd e Professor Honnoris causa da UAb. O Doutor António Teixeira,
investigador-colaborador do LE@D (Laboratório de Educação à Distância e
e-learning) e docente do DEED, apresentou o CV do Dr. Tony Bates e foi o
mediador de um debate entre o Dr. Bates e os estudantes/professores do MPeL.
O Dr. Tony Bates ao longo de uma hora de intervenção pode falar
das modificações na educação, no e-learning e o seu papel nas instituições.
Respondeu a algumas questões colocadas pelos estudantes do MPeL7 e outros
alunos presentes, bem como outros participantes, como por exemplo o Professor
Doutor António Quintas, Professor responsável da UC Psicologia da Comunicação
Online deste Mestrado.
Em linhas gerais, focou a sua mensagem em que o futuro da escola e e-learning passa pelo
ensino à distância e que se esperam grandes mudanças neste domínio. Fez
ainda uma ligação entre o conectivismo e a pedagogia. Desafiou a ser explorada
a temática da escola do futuro!
Conclusão
A fechar ficámos agradecidos a todos, em especial à Professora
Doutora Lina, Coordenadora do Mestrado e professora da UC Modelos de Educação à
Distância, que gentilmente proporcionou que fosse realizada mais uma edição
deste evento, a todos os oradores, em especial ao Dr. Tony Bates, e ao Senhor
Reitor Professor Doutor Paulo Dias da UAb, um obrigado.
Resta-me sublinhar a importância desta Conferência para o meu
percurso enquanto novo aluno deste Mestrado. Foi uma experiência muito
gratificante, porque trouxe comigo novas ideias para o desenvolvimento de
trabalhos futuros.
ANEXO
– Guião de questões a colocar ao Dr. Tony Bates – Equipa A:
Ana
Freire, Diana Morais, Nelson Soares, Sónia Heidemann
Anexo
1 – Biografia Dr. Tony Bates:
Assim
sendo decidimos fazer uma pequena síntese sobre alguns dos aspetos relevantes
da sua carreira.
Relativamente
à sua formação académica, Tony Bates tem um Ph.D. em Administração Educacional pela
Universidade de Londres (Inglaterra). Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Aberta
(Portugal) em 1995, “Doctor of Letters”, Honoris Causa, da Universidade
Laurentian (Canadá), em 2001, Doutor Honoris Causa da Universidade Athabasca (Canadá),
em 2004, Doutor das ciências sociais,
Honoris Causa da Universidade Aberta
(Hong Kong) em 2004, e Doutor
Honoris Causa da Universidade Aberta da Catalunha (Espanha), em 2005.
Atualmente
é presidente e CEO da Tony Bates Associates Ltd, que é uma empresa privada
especializada em consultadoria, formação, planeamento e gestão de educação à
distância e e-learning com clientes em variados países.
Trabalhou
como consultor em mais de quarenta países podendo referir alguns dos seus
clientes: World Bank, OECD, UNESCO, ministérios nacionais de educação assim
como inúmeras universidades e colégios. Tony Bates é um investigador associado
na Contact North desde 2007 e elaborou recentemente uma plano em e-learning
para a Justice Institute of British Columbia.
Nos
últimos anos tem sido Chair do painel de experts internacionais da Universidade
Aberta (Portugal), conselheiro da Universidade Guadalajara’s Maestría en
Tecnologías para el Aprendizaje (México) e da Universidade Tecnológica
Metropolitana Magíster en Educación a
Distancia (Chile).
Da
sua experiência anterior é de salientar que foi membro do World Economic
Forum’s Global Advisory Council on Technology and Education, foi diretor da educação à distância e tecnologia
na Universidade Britânica Columbia, foi líder da equipa de investigação do
Managing and Planning Learning Environments in Education (MAPLE) na mesma
universidade. Adicionalmente, foi diretor executivo, investigador, Planeamento
Estratégico e Tecnologia da Informação na Open Learning Agency of British
Columbia, foi professor de Educational Media Research na Universidade Aberta
Britânica.
Tony
Bates é autor de onze livros incluindo ‘Managing Technology in Higher
Education: Strategies for Transforming Teaching and Learning‘, e ‘National
Strategies for e-Learning‘ sendo este ultimo publicado pela UNESCO. Tony Bates
é ainda autor ou co-autor de mais 350 artigos científicos na área de educação à
distância e do uso da tecnologia para o ensino.
Anexo
2 – Questões:
A partir de leituras de
artigos, da homepage e da apreciação
de vídeos de Tony Bates, elaboramos algumas questões levantadas por ele a
respeito do uso da tecnologia e as mudanças do porvir.
Questões:
A:
É do nosso
conhecimento a existência de muitos países e/ou sociedades em verdadeira
exclusão digital, mesmo assim, sabemos que o caminho do desenvolvimento de
cursos online é sem volta, ou seja, a oferta deve ser ainda maior a cada ano
que passa.
P 1: O Sr. Pensa que seja provável que em um futuro próximo o e-learning
seja a opção primordial no ensino à distância ou na sua opinião continuarão a
ser necessárias outras opções? Será que estamos preparados para esta nova
realidade?
B:
Num dos seus artigos relacionados
com o futuro da educação à distância, o Sr. Se refere em determinado momento,
que os REA são um dos desenvolvimentos que colocam em risco o conceito de
educação à distância. Pressupondo porém, que os REA permitem a democratização e
o acesso livre aos mais variados materiais didáticos.
P 2: Não estaremos assim diante de uma contradição? Qual a sua posição
atual em relação à criação de REAs?
P 3:
De que forma é que os professores podem melhorar a sua participação e
contribuição ao nível da utilização de REA? Pode dar-nos exemplos?
C:
A
aplicação da Internet para o ensino e aprendizagem tem tido defensores e
críticos. Segundo Peters (2002) "o e-learning vai forçar uma
reestruturação radical das nossas instituições de ensino".
P
4: Como o Sr. vê
o início desta reestruturação por parte das universidades em geral?
P 5: Na sua visão, quais são neste momento os impedimentos fulcrais à
implementacão e desenvolvimento do e-learning ao nível do ensino primário
público, visto que o sistema privado não tem sentido esse tipo de dificuldades
tecnológicas?
D:
Refletindo
o Modelo Actions – Acesso e flexibilidade, access and flexibility cost,
teaching and learning, Interaction an user-friendliness, organisational issues,
novelety, speed (1995), lembrando a
frase que “Nenhuma tecnologia de ensino é boa ou má”, e que ela existe para
benefício das pessoas a resolverem os seus problemas, gostaríamos que o Sr.
falasse sobre o tema acessibilidade onde se planeja proporcionar um acesso
amplo e irrestrito a todos, inclusive a povoados distantes.
P
6: O Sr. pensa
ser possível desenvolver uma plataforma de gênero EcoMUVE especialmente pensada
para pessoas com algum tipo de incapacidade, como por exemplo, deficientes
visuais, auditivos ou com limitações cognitivas?
P
7: Poderá este
tipo de iniciativa aumentar a igualdade de oportunidades no sistema educativo?
P
8: O Sr.
acredita que o e-learning poderia, de alguma forma, promover a equidade de oportunidades
no que diz respeito ao acesso à educação em países onde a igualdade de gênero
não existe?
Questions:
A:
We are aware that there are many countries and/or
societies that are in a real digital exclusion, yet we know that the path to
the development of online courses is without return, i.e., the offer is growing
year after year.
P 1: Do you think that in a near
future e-learning could be the primary option for distance learning or in your
opinion other options will still be necessary? Are we prepared for this new
reality?
B:
In
one of your articles related to the future of distance education, you refer
that OERs are one of the developments that jeopardize the concept of distance
education. Assuming that OERs allow democratization and free access to a
variety of learning materials.
P 2: Are we straggling with a
contradiction? What is your position concerning the OERs development?
P
3: How can
teachers improve their participation and contribution regarding the OERs use? Can
you give us some examples?
C:
The use of the Internet for teaching and learning has
had supporters and critics. According to Peters (2002) "e-learning will
force a radical restructuring of our educational institutions."
P 4: How do you see the
beginning of this restructuration in the universities?
P 5: In your point of view, what are
the key constraints to the implementation and development of e-learning in the
basic public school, since that in the private school system they don´t have
this type of challenge regarding technological implementation?
D:
Reflecting about the Model Actions - access and
flexibility, access and cost flexibility, teaching and learning, Interaction an
user-friendliness, organizational issues, novelety, speed (1995), and recalling
the phrase "No technology of teaching is good or bad," and it exists
for the benefit of people solve their problems, we would like you to talk about
the affordability issue where the main idea is to provide a full and
unrestricted access to all, including remote villages.
P 6: Do you think we can develop
a platform as EcoMUVE specially designed for people with some kind of
disability, such as visual, auditory or with cognitive limitations?
P 7: Could this type of
initiative increase the equality of access to education opportunities?
P 8: Do you believe that
e-learning could somehow promote equality of opportunity regarding the access
to education in countries where gender equality does not exist?
Referências
bibliográficas
Vídeos
“O
modelo Actions”. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=sjKoJPLvmMk, Acedido em 25 de novembro de
2013.
“O
modelo Actions nos cursos de e-Learning”, Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=fbgdlHrtGG4, Acedido em 25 de novembro de
2013.
Capítulos
de livros
(Bates, 2000) A.W.
Bates (2000), “Taking Control: Managing Teaching Technologies” in
Leading Academic Change: Essential Roles for Department Chairs, Lucas, A.
(ed.), pp.2-38, San Francisco, EUA, Jossey Bass
(Bates, 2001) A.W.
Bates (2001), “The Continuing Evolution of ICT Capacity: THE IMPLICATIONS
FOR EDUCATION” in The Changing Faces of Virtual Education, Farrell, G.
(ed.), Vancouver, B.C, Canadá, Commonwealth of Learning
(Bates, 2004) A.W.
Bates (2004), “The promise and myths of e-learning in post-secondary
education” in The Network Society: A Cross-cultural Perspective, Castells, M. (ed.), pp.271-292,
Cheltenham, Reino Unido, Northampton MA
(Bates, 2005a) A.W.
Bates (2005), “Online learning tools and technologies” in Global
Perspectives: Philosophy and Practice in Distance Education, Zhang, Weiyung
(ed.), vol. 2, Pequim: China Central Radio and Television University
(Bates, 2005b) A.W. Bates (2005), “Charting the
Evolution of Lifelong Learning and Distance Higher Education: The Role of
Research” in Lifelong Learning and Distance Higher Education, Macintosh, C
(ed.), pp.1-18, Paris, França UNESCO/Commonwealth of Learning
(Bates, 2005c) A.W. Bates (2005), “Policy Issues
and Challenges in Planning and Implementing E-learning in Teacher Education”
in Teacher Development in an e-Learning Age: a Policy and Planning, Resta, P.
(ed.), pp.1-14, Paris, França UNESCO
(Bates, 2006) A.W. Bates (2006), “Developing a
strategic plan for e-learning in a polytechnic” in Making the Transition to
e-Learning: Strategies and Issues, Hershey, P. (ed.), pp.47-65, Hershey, PA:
EUA, Ideas Group
(Bates, 2008) A.W. Bates (2008), “Transforming
distance education through new technologies” in The International Handbook
of Distance Education, Evans, T., Haughey, M., and Murphy, D. (ed.),
pp.215-236, Bingley, Reino Unido, Emerald Press
(Bates, 2010) A.W. Bates (2010), “Understanding
Web 2.0 and its Implications for E-Learning” in Web 2.0-Based E-Learning:
Applying Social Informatics for Tertiary Teaching, Lee, M. and McLoughlin, C.
(ed.), pp.21-42, Hershey, PA: EUA, Ideas Group.
Caso tenham alguma questão, por favor não hesitem em colocar!
Agradeço por seguirem o meu blog!
Cumps,
Nelson Soares
Nº 1104429
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