MED



12092 - Modelos de Educação à Distância






Atividade 3 - Artigo




Jogos digitais: a sua aplicação prática no ensino-aprendizagem.
…………………………………………………………………....

Nelson Gonçalves Miguel Soares1

RESUMO

A sociedade do conhecimento em rede, na atualidade, tem vindo a desenvolver-se a um ritmo muito acelerado, possibilitado pelas novas tecnologias de informação e comunicação. A aprendizagem online é hoje uma realidade. A crescente investigação e desenvolvimento das empresas ligadas aos jogos digitais, contribuiu para uma franca expansão neste setor. O jogo e a simulação pretendem desenvolver competências técnicas e científicas.

Este artigo foca a problemática da utilização dos jogos para as aprendizagens e a sua aplicação em contexto educacional.

Palavras-chave:

jogos digitais, educação, gamification, aprendizagem baseada em jogos, sociedade do conhecimento em rede, web 2.0 e web 3.0.

ABSTRACT

The knowledge society networking, in nowadays, has been developing at a very fast pace, enabled by new information technologies and communication. Today, online learning is a reality. The growing research and development related to digital game companies has contributed to this booming sector. Gaming and simulation intend to develop technical and scientific expertise.

This article addresses the issues of using games for learning and practical application in the educational context.

Keywords:

digital games, education, gamification, game-based learning, knowledge society networking, web 2.0 and web 3.0.

___________________________

1 – Mestrando em Pedagogia do Elearning, Universidade Aberta, Portugal, UC MED (12092), Nº1104429; Professor na Escola Profissional Associação Agostinho Roseta, Polo de Albufeira, ngmsoares@gmail.com. 2

 

1. INTRODUÇÃO

Este artigo foi proposto na Unidade Curricular 12092 - Modelos de Educação à Distância do 1º Ano do Mestrado em Pedagogia do Elearning, promovido pela Universidade Aberta. A temática escolhida para investigação foi a aprendizagem baseada em jogos, porque esta facilita o ensino-aprendizagem e torna-se um tema muito interessante.

O artigo expõe a aplicação prática dos jogos digitais, através da contextualização do projeto GREAT – "
Game-based learning in education and training", já implementado, com uma aula de Economia, em EaD, realizada, justificada pelo facto dos alunos estarem mais atentos à utilização das novas tecnologias e ficam mais recetivos aos conceitos da disciplina.

2. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

Os jogos têm feito parte da própria evolução da humanidade. Do ponto de vista de Vygotsky (1989), os jogos digitais são importantes para a obtenção e desenvolvimento das aprendizagens. Na atualidade, os jogos digitais assumem-se como uma estratégia pedagógica relevante para as aprendizagens autónomas e ativas. Os jogos contribuem para organizar e estruturar o pensamento, em termos cognitivos.

O jogo pretende alcançar um compromisso, proveniente de um conjunto de objetivos que são estabelecidos entre todos os intervenientes deste processo de ensino-aprendizagem. Para além do aspeto lúdico, o jogo pretende desenvolver no aluno um conjunto de estímulos, que se traduzem numa melhoria das suas habilidades e no desenvolvimento das competências.

Muitos autores têm defendido a exploração prática de uma aprendizagem baseada em jogos no que diz respeito ao contexto educativo. Alguns estudos têm incentivado esta prática. Do ponto de vista de Gros (2013), os jogos digitais podem ser utilizados pelas mais variadas áreas do saber. Por sua vez, Garris
et al. (2002), consideram muitos os fatores que têm contribuído para fomentar os jogos digitais, nomeadamente, o desafio, a fantasia, os estímulos sensoriais, a curiosidade e as aprendizagens envolvidas.

Almeida (2012,p.64) menciona que "gamification é um termo de difícil tradução, mas que quer significar para além do jogo e aprender numa base experimental, passível de facilitar a transferência de conhecimento (…)". Os jogos digitais constituem-se como um novo desafio 3

para a comunidade educativa, considerando as ideias de Greenfield (1996). Tanto na web 2.0 como na web 3.0 estes conceitos tecnológicos marcam presença forte.

O projeto GREAT, explicado por Almeida & Costa (2012, pp.29-64), inscreve-se no "Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida", que pretende contextualizar a aprendizagem baseada em jogos. Inspirou-se na frase de Redecker et al. (2010) "novas maneiras de aprender novas habilidades para trabalhos futuros". Este serve o modelo de aprendizagem baseada no jogo GBL, isto é, "Game-Based Learning" (Garris, Ahlers & Driskell, 2002; Pivec & Dziabenko, 2004).

A aprendizagem baseada em jogos tem vindo a ser implementada e é uma área procurada pelas empresas, que reúnem esforços de adaptação dos jogos a um conjunto de fatores, como sejam culturais, temporais e em contextos de trabalho. Neste sentido referem Almeida & Costa (2012) que "os jogos precisam de ser culturalmente adaptáveis (…)" (p.33).

O projeto GREAT pretende, para além de muitos objetivos, que os alunos, formandos e formadores, possam, mediante o jogo, experimentar, fazer, e contextualizar situações profissionais, com múltiplos jogadores.

3. METODOLOGIA USADA NOS ESTUDOS

Tal como aconteceu no projeto GREAT foi realizada uma reunião presencial, para informar os alunos do objetivo do desafio: "a aplicação prática dos jogos digitais no ensino-aprendizagem".

Ao longo do estudo, que durou duas semanas, foi solicitado a duas turmas do ensino profissional secundário, na escola profissional Associação Agostinho Roseta, Polo de Albufeira, que realizassem uma atividade, a partir de casa, de forma colaborativa.

Incentivou-se os alunos a utilizarem um jogo
online muito conhecido por estes, com vista a possibilitar o trabalho colaborativo e permitir desenvolver competências na área de comercialização de recursos, no âmbito da disciplina de Economia, módulo "A Moeda e a Atividade Económica".

Estas turmas têm alunos com idades compreendidas entre os quinze e os dezassete anos. A turma 1, constituída por vinte e cinco alunos e a turma 2 por vinte e sete, participaram positivamente. Foi solicitado aos alunos que trabalhassem com o jogo "Travian", considerado 4

também no âmbito do projeto GREAT. Trata-se de um jogo online na área da estratégia, que possibilita aos alunos desenvolverem competências, como sejam as técnicas de negociação e comercialização de produtos, através de uma ferramenta do jogo denominada "recursos". Todos os elementos das turmas tiveram de se registar, para criar e explorar um terreno de jogo.

4. RESULTADOS OBTIDOS NOS ESTUDOS

Este jogo possibilitou que cada aluno pudesse ser desafiado a competir com os seus colegas. Existiu interajuda entre os mesmos colegas da turma. Os alunos puderam entender a relevância das trocas de mercadorias que poderão ser exploradas, através deste jogo digital.

O professor da disciplina de economia pode apurar ao final de quinze dias de experiência, que os alunos ao trabalharam, maioritariamente, a partir de casa, fora das aulas presenciais, conseguiram envolver-se e construir algo de forma cooperativa, ao longo desta atividade.

5. CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em linha de conta os estudos abordados neste artigo, concluiu-se o enorme envolvimento dos alunos do ensino profissional na utilização dos jogos, para potencializar o ensino-aprendizagem.

Estes alunos quando são expostos à competição, numa primeira fase, colaboram para atingirem os resultados propostos, e, numa fase posterior, competem, de forma saudável, o que possibilita o desenvolvimento de novas competências. Os jogos permitem uma motivação e desenvolvimento dessas mesmas aprendizagens. As tecnologias estão cada vez mais próximas do aluno, permitindo uma maior flexibilidade na sua utilização. Para que seja utilizada a aprendizagem baseada em jogos é necessário que formadores e formandos recebam formação, para que seja possível saberem todos, em conjunto, os benefícios da sua utilização.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Ana & COSTA, Etelberto (2012). Jogos na Educação e na Formação: O Projeto GREAT. In CARVALHO, Ana. Aprender na Era Digital, Jogos e Mobile-Learning, (II, pp.29-64). Santo Tirso: De Facto Editores.

ANDRADE, António (2012). Recursos a Simuladores na Aprendizagem de Fatores de Segurança na Exploração de Tecnologias da Informação. In CARVALHO, Ana. Aprender na Era Digital, Jogos e Mobile-Learning, (III, pp.65-82). Santo Tirso: De Facto Editores.

ALMEIDA, Ana (2012). Blending Learning e Jogos Digitais. In MONTEIRO, A., MOREIRA, J., ALMEIDA, A. & LENCASTRE, J., Aprender na Era Digital, Jogos e Mobile-Learning, (III, pp.59-80). Santo Tirso: De Facto Editores.




 RESUMO DO ARTIGO:

UNIVERSIDADE ABERTA | PORTUGAL


MPEL 7 – Mestrado em Pedagogia do Elearning | UC 12092 - MED – Modelos de Educação à Distância

 Atividade 3 – Publicação de um número especial de uma Revista dedicado ao Ensino Online.

 Docente: Professora Doutora Lina Morgado

Mestrando: Nelson Gonçalves Miguel Soares | Nº 1104429


28 de janeiro 2014


Resumo:

A sociedade do conhecimento em rede, na atualidade, tem vindo a desenvolver-se a um ritmo muito acelerado, possibilitado pelas novas tecnologias de informação e comunicação. A aprendizagem online é hoje uma realidade. A crescente investigação e desenvolvimento das empresas ligadas aos jogos digitais, contribuiu para uma franca expansão neste setor. O jogo e a simulação pretendem desenvolver competências técnicas e científicas.

O conceito de gamification surgiu, aplicado não somente às atividades lúdicas, mas também com o intuito de responder às novas solicitudes do mercado, como sejam na área da educacional. Hoje em dia, este pretende focar-se em diferentes faixas etárias, com o objetivo de promover uma aprendizagem mais dinâmica e interativa.

Este artigo foca também a problemática da utilização dos jogos para as aprendizagens. A aprendizagem baseada em jogos pretende facilitar a aprendizagem e ultrapassar eventuais limitações apresentadas pelos alunos. Estes jogos possibilitam ao aluno uma maior evolução da sua parte e contribuem para uma aprendizagem com maior eficácia.

A tecnologia web 2.0 incide na construção de objetos de aprendizagem e materiais que permitem atingir objetivos específicos para a aprendizagem online e possibilita um maior número de benefícios.

O potencial da aprendizagem será muito elevado. O aluno terá maior autonomia. A gamification é uma estratégia ganha. Esta é vista como um patamar fundamental no sucesso das aprendizagens da sociedade em geral.


Palavras-chave: jogos digitais, educação, gamification, aprendizagem baseada em jogos, sociedade do conhecimento em rede, web 2.0, web 3.0.


Referências bibliográficas:

Carvalho, Ana (2012). Aprender na Era Digital. Santo Tirso: De Facto Editores.

Moreira, J. & Monteiro, A. (2012). Ensinar e Aprender Online com Tecnologias Digitais. Abordagens Teóricas e Metodológicas. Porto: Porto Editora.

Sites consultados:

Gamification Wiki (2010). Disponível em: http://gamification.org/wiki/Gamification_Books. Acesso 28 de janeiro 2014.

Quatro Coisas que Todo o Professor Deve Saber Sobre o Conceito de Gamification (2013). Disponível em: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2013/05/29/1026728/4-coisas-todo-professor-deve-saber-conceito-gamification.html. Acesso 28 de janeiro 2014.





UNIVERSIDADE ABERTA





UC 12092 – Modelos de Educação à Distância



Atividade 2 – 1ª Fase
 

Produto digital:

Terry Anderson e a Teoria EAD
 


Docente Responsável: Professora Doutora Lina Morgado

Grupo: Ana Freire, Diana Morais, Herculano Rebordão, Mário Lopes, Nelson Soares
 
6 de janeiro 2014
 
Índice


Introdução ………………………………………………………………………..…            3

Biografia de Terry Anderson ……………………………………………………….             4

Síntese da conferência de Terry Anderson ………………………………………...              5

Definir Modelos pedagógicos do ensino à distância ……………………………...…            8

Modelo pedagógico do ensino online segundo Terry Anderson …………………...              9

Teoria EaD. ……………………………………………………………………...…..            10

Diferenciar as gerações de ensino à distância ………………………………….……            17

Gerações de EaD ……………………………………………………………….……           18

Conclusão ……………………………………………………………………...……            23

Referências bibliográficas ……………………………………………………….….            24


Introdução

 No âmbito da unidade curricular de “Modelos de Educação à Distância, a atividade número dois consistiu na escolha por parte dos mestrandos de um teórico pioneiro na educação à distância. O presente grupo incidiu o seu estudo sobre Terry Anderson e a teoria de ensino à distância (EaD).

Esta atividade compreendeu duas fases. Num primeiro momento, o grupo produziu um produto digital, em que investigou sobre Terry Anderson e a teoria de ead. Neste sentido, nesta clarificou os modelos pedagógicos do ensino à distância, diferenciou as gerações de ensino à distância.

Num segundo momento, que será desenvolvido à posteriori, o grupo irá debater, conjuntamente com os restantes grupos, bem como com convidados externos, de forma assíncrona, sobre as considerações apresentadas no decorrer deste estudo, em torno de todos os teóricos.

Terry Anderson foi um dos pioneiros da educação à distância. Facto extraordinário e que nos remete para uma leitura atenta dos aspetos seguintes por nós apresentados. Estes serão fundamentais para que se possa discutir sobre o seu pensamento e a teoria da ead.



Biografia de Terry Anderson




Terry Anderson é professor em educação à distância na Universidade de Athabasca, Canadá. Foi ex-presidente de pesquisa do Canadá. Paralelamente, esteve envolvido numa variedade de atividades de pesquisa, ensino e serviço.

Em termos de pesquisa, a sua intervenção foi desenvolvida no departamento de tecnologia avançada do Instituto de Pesquisa de Aprendizagem da Universidade de Athabasca e no Instituto Canadense de Educação à Distância de Pesquisa.

No que concerne ao ensino, tem vindo a ser professor universitário no ensino do elearning.

Anderson tem vindo a prestar serviços em diversos meios de comunicação social, com diversas funções. Destacam-se:

- Editor da Revista Internacional de Pesquisa em Educação Aberta e à Distância. Conselheiro editorial dos seguintes jornais:
 
- Jornal de Educação à Distância;

- Jornal americano de Educação à Distância;

- Internet no Ensino Superior;

- Canadian Journal de Comunicação Educacional;
- Journal of Interactive Media na Educação;

- The Journal of e-Learning e Sociedade do Conhecimento.


Síntese da conferência de Terry Anderson

Durante a reunião internacional eL@IES, que decorreu em Lisboa a 17 dezembro 2013, Terry Anderson, Professor, Athabasca University Canadá,  apresentou uma preleção (transmitida em linha como videoconferência HD quando eram 5 horas da manhã no local da emissão) com o título: “Open Educational Resources and Open Access: Promise or Peril for Higher Education ”. No final da apresentação disponibilizou os 70 diapositivos utilizados indicando o URL respetivo:


As ideias-chaves  que pudémos selecionar são: O Académico Aberto (Open Scholar);  A definição de Acesso Aberto (Open Access-OA); Os Obstáculos à implementação do OA; A problemática económico-financeira; A citação dos trabalhos científicos; O tipo de licenças no OA;  Predatory AO Journals;  Repositórios Institucionais de OA; MOOC; Juramento (pledge) para se aderir ao OA. No último diapositivo acentua a importância da ética no mundo do Ensino, numa época, acrescentamos nós, em que os valores são tão descartados em nome de projetos pessoais ou de grupo assentes nos sucessos profissional e económico-financeiro.

O Académico Aberto (Open Scholar)Quem torna digitalmente visível os seus projetos e publicações intelectuais e, simultaneamente, encoraja o criticismo continuado do seu trabalho bem como a sua reutilização, parcial ou total.

Definição de Acesso Aberto (Open Access – OA) de acordo com a Open Budapest Open Access Initiative (2001) – Disponibilização sem encargos na internet pública; permite ler, descarregar, copiar, distribuir, imprimir, procurar ou ligar aos textos completos dos respetivos artigos; Arrastar para bases de indexação e incluí-los em software como dados; usá-los para qualquer outro proposito legal sem restrições financeiras, legais ou técnicas com exceção aquelas associadas ao acesso à rede da internet.

Obstáculos à implementação do OA – Poucos incentivos; os editores tradicionais estão contra; preocupações com a qualidade; falta de uma cultura e prática abertas; “Not invented here” syndrome

Not invented here (NIH) is the philosophy of social, corporate, or institutional cultures that avoid using or buying already existing products, research, standards, or knowledge because of their external origins and costs. Wikipedia, Acesso a 04 janeiro 2014. http://en.wikipedia.org/wiki/Not_invented_here

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Problemática económico-financeira – Nos EUA os custo dos tratados em papel aumentaram 82% entre 2002 e 2012; a utilização de OA reduziria estes custos em 80%; segundo o presidente da Athabasca Press “50% of Canada’s Scholarly Publications wil be out of bussiness within two years due to AO”.

Citação dos trabalhos científicos – as publicações OA não tem uma redução na citação dos seus artigos.

Tipo de licenças no OA – das opções aquela a defender é: “Non-Comercial / No Derivatives”

Predatory OA Journals – quem explora o modelo autor-paga o OA para obter lucro pessoal.

Repositórios Institucionais de OA – em Portugal temos o RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (http://www.rcaap.pt/), apoida pela FCCN, onde devemos publicar  as nossas publicações. É curioso realçar que Terry Anderson na sua conferência promoveu este sítio (que era desconhecido de um catedrático recentemente jubilado da Universidade de Lisboa e que esteve sempre interessado nestas problemáticas).

MOOC “The Course may be free (for now), the content (usualy) is NOT!”

Juramento (pledge) para se aderir ao OA“I pledge to devote most of my reviewing and editing efforts to manuscripts destined for open access…”

Em conclusão podemos dizer que Terry Anderson defendeu de forma convincente o Open Access e o Open Scholar subscrevendo as ideias de Gideon Burton apresentadas no seu blog Academic Evolution (http://www.academicevolution.com/).

É interessante que Terry Anderson abre e conclui a sua apresentação com citações de Gideon Burton. A última afirma:

“Open Access is more than a new model for scholarly publishing, it is the only ethical move available to scholars who take theirs own work seriously enough to believe its value lies in how well engages many publics and not just a few peers – Gideon Burton, Academic Evolution Blog” (NB – sem data)

Por fim não podemos esquecer que o movimento do OA depende de cada um de nós como é tão bem demonstrado no diapositivo #65 que se apresenta:

Ao apresentar o conferencista o moderadorVasco Trigo - citou Bob Dylan que em 1963 escreveu (e musicou) The Times They Are A-Changin'

Come writers and critics

Who prophesize with your pen…

The chance won’t come again…

For the loser now will be later to win

For the times they are a-changin’

Cinquenta anos depois esta mensagem é ainda muito atual na Universidade, e na vida em geral. Devemos ter a coragem e a dinâmica para acompanhar a onda da mudança que tão lentamente têm passado pela Academia, como continuamos a poder testemunhar vivendo pessoalmente estes excitantes tempos. Deixamos um link com uma canção que retrata este cenário: canção.  O poema é apresentado neste outro sítio: poema.
 

Definir Modelos pedagógicos do ensino à distância
 
Modelos Pedagógicos – trata-se de um referencial teórico e metodológico com o objetivo de orientar ações na área educacional. Ele será apresentado com um sistema esquemático que terá como base as teorias de aprendizagem.

Todo modelo pedagógico deve conter:

1.    fundamentos pedagógicos

2.    teorias de aprendizagem

3.    estrutura curricular, metodologia de ensino, avaliação

Na realidade, um modelo pedagógico pode ser suportado em uma ou mais teorias de aprendizagem. Um modelo pedagógico será um sistema esquemático, baseado em teorias de aprendizagem, que:

"... representa, explica e orienta a forma como se aborda o currículo e que se concretiza nas práticas pedagógicas e nas interacções professor-aluno-objecto" (Behar, P., 2007).




Figura 1: Construção de Modelos Pedagógicos (Behar, P., 2007)


Modelo pedagógico do ensino online segundo Terry Anderson

O Modelo Pedagógico idealizado por Terry Anderson advém do proposto por M. Moore e baseia-se na aprendizagem independente, na aprendizagem colaborativa, em que a interação assume um papel fundamental.

Sendo que a interação é o ponto chave, às interações identificadas por Michael Moore (aluno-aluno, professor-aluno, conteúdo-aluno), Terry Anderson identificou ainda mais três interações (professor-professor, professor-conteúdo, conteúdo-conteúdo).



Figura 2: Modos de Interação em EaD (Anderson, 2003)

Terry Anderson por considerar que estas interações estão presentes no ensino online, definiu o modelo onde claramente se podem visualizar claramente a forma como o professor, o aluno e o conteúdo interagem.




Figura 3: Um Modelo de Elearning usando os tipos de Interacção, (Anderson, 2004)



Teoria EaD

Modelo Community Of Inquiry

Com a rápida expansão da Internet, a sociedade digital tem vindo a trazer alterações profundas na sociedade. Estas mudanças têm se refletido nas mais variadas áreas, embora seja na economia e no mercado do trabalho que estas têm sido mais significativas, como refere Babin (1993).

Hoje em dia, existe uma motivação crescente por utilizarmos a tecnologia como um dos principais recursos para ser obtido o saber. Assim, em termos pedagógicos, o professor de hoje deve saber utilizar o conhecimento proveniente da rede. Há quem diga que quando não se sabe perguntamos à rede!

Muitas são as teses de defesa nas Universidades que já apontam para uma necessidade emergente de reestruturar o ensino superior. Cada vez mais as plataformas digitais proporcionam o estudo por parte dos alunos, ao ritmo que conseguem.

"Num ambiente de aprendizagem, quer seja virtual ou presencial, os conteúdos e os documentos que o mediatizam são apenas um dos elementos a ter em consideração", segundo Moreira (2012, p.29).

Os ambientes de aprendizagem construtivistas e abertos proporcionam um pensamento crítico. Muitas são as perspetivas a considerar, considerando Bates (2000). Este autor defende que devemos ter em linha de conta os aspetos cognitivos relacionados com a modelação e o mapeamento cognitivo, por outro lado, os aspetos afetivos, considerando a motivação, a criatividade ou a própria satisfação.

O processo de criação do conhecimento ao longo da vida, consideram o indivíduo e as comunidades virtuais onde estes pertencem. Para Moreira (2012, p.30) "estas comunidades são uma importante alternativa à aprendizagem e aos contextos organizacionais tradicionais".

A partilha e a colaboração devem ser elementos fundamentais das comunidades de aprendizagem. Anderson et al. (2000) dinamizam a aprendizagem baseando-se no modelo de "Community of Inquiry". Trata-se de "um modelo que assenta em três dimensões de base: a dimensão cognitiva, a social e a docente".




Figura 4: “Community of Inquiry” (Garrison, Anderson & Archer, 2000)


Moreira (2012, p. 32) menciona Anderson e Garrison (2005) para explicar as dimensões supracitadas, assim sendo, "a presença cognitiva corresponde ao que os estudantes podem construir e cujo significado podem confirmar a partir de uma reflexão sustentada e do discurso crítico. A presença social corresponde à capacidade dos membros de uma comunidade se projetarem socialmente e emocionalmente através do meio de comunicação em uso. E a presença do ensino é definida (...) como sendo a direção, o design, a facilitação da presença cognitiva e da presença social no sentido da realização dos resultados de aprendizagem significativos".

Este modelo apresentado assenta numa perspetiva construtivista da aprendizagem e a construção do conhecimento individual deve-se ao ambiente social. Este ambiente, tendo em consideração Moreira (2012, p. 33), "favorece uma diversidade de perspetivas que suportam a investigação, a crítica e a criatividade". Neste sentido, a presença cognitiva compreende o pensamento crítico, a presença social possibilita as relações afetivas entre todos os participantes e a presença docente envolve as tarefas a realizar por toda a comunidade, sendo um elemento de base neste processo apresentado por Moreira (2012).

Através deste modelo, os estudantes ao estarem ao centro do seu próprio processo de aprendizagem, ajudam-se e colaboram para que todos obtenham sucesso em ambiente virtual. O conectivismo é proposto como uma teoria mais adequada para a Era digital.

Considerando Anderson e Dron (2011), em Three generations of distance education pedagogy”, ambos discutem três gerações de pedagogias para EaD: “behaviorismo-cognitivismo, socioconstrutivismo e conectivismo. Segundo os autores, com o conectivismo a interação em EaD move-se para além das consultas individuais com o professor (pedagogia behaviorista-cognitivista) e das interações em grupos e limites dos AVAs (pedagogia construtivista). As atividades dos alunos são refletidas em suas contribuições em wikis, Twitter, discussões de texto e voz e outras ferramentas de rede".

O professor não é o único responsável pela definição, geração ou atribuição de conteúdo. Por sua vez, os alunos e os professores colaboram para criar o conteúdo do seu estudo, e no processo recriam esse conteúdo para uso futuro por outros, com os alunos a ensinarem aos professores e uns vice-versa.

"Para Anderson e Don (2011), os modelos behavioristas-cognitivistas seriam teorias de ensino, enquanto os modelos socioconstrutivistas seriam teorias de aprendizagem, com ambos ainda se traduzindo adequadamente em métodos e processos de ensino. Os modelos conectivistas, por sua vez, seriam teorias do conhecimento, o que torna difícil sua tradução em formas de aprender e, ainda mais difícil, em formas de ensinar.

Modelos pedagógicos behavioristas-cognitivistas surgiram em um ambiente tecnológico que restringia a comunicação para a pré-Web, em modos um-para-um e um-para-muitos; o socioconstrutivismo floresceu na Web 1.0, no contexto tecnológico muitos-para-muitos; e o conectivismo é pelo menos em parte um produto de um mundo Web 2,0, em rede".

Mediante a utilização da teoria ead temos muitas vantagens. Fátima Goulão (2012, p.24) menciona que "num sistema online, apesar de não usufruir de alguns aspetos inerentes à comunicação face a face, também possui vantagens. A comunicação baseada em textos permite mais tempo para a reflexão, o que leva a um maior rigor na nossa forma de pensar e comunicar".

Segundo a MOOC, Massive Open Online Courses (2012), a teoria EaD assenta nos pilares que são apresentados em seguida, centrando-se na variante de inspiração conectivista, considerada pelo Professor António Figueiredo (n.d.), cMOOC:

1. Avaliação

- Instrumentos e estratégias de avaliação que podem ser utilizados em EaD (questões objetivas/fechadas, dissertativas/abertas, trabalhos escritos, estudos de casos, pesquisas de campo, projetos ("project-based learning"), atividades práticas, portfólios, autoavaliação e avaliação por pares - considerado pela Professora Edméa Santos, 2006);

2. Objetos de aprendizagem

"São elementos que podem ser utilizados para a aprendizagem, educação e treinamentos" (Silva, 2011). São no fundo todos os artefatos que podem ser colocados à disposição do aprendente para que este junte as peças e que deste processo consiga fazer a sua aprendizagem, desde textos, a imagens, vídeos, multimedia interativa, wikis, fóruns, quizes, etc. ;

3. Tutoria

O professor-tutor é um dos elementos mais importantes. Permite responder às dúvidas que são colocadas pelos seus alunos. A tutoria hoje em dia é interventiva. O sucesso de acções de formação com recurso a e-learning depende em grande parte da ação do tutor, que guia o formando/aluno ao longo a ação. São responsabilidade e função do tutor, em ambiente e-learning, as necessárias para conduzir com sucesso os estudantes até ao final do curso

(Duggleby, 2002: 125):

       “Acolher os alunos;

       Encorajar e motivar;

       Controlar os progressos obtidos;

       Assegurar-se que os alunos estão a trabalhar ao ritmo certo;

       Fornecer informação, desenvolver, clarificar e explicar;

       Fornecer comentários aos trabalhos dos alunos;

       Certificar-se que os alunos estão à altura dos padrões requeridos;

       Garantir o sucesso das conferências;

       Tornar-se facilitador de uma comunidade de aprendizagem;

       Fornecer conselhos e apoio técnico;

       Concluir o curso”;

4. Conetivismo - uma nova teoria de aprendizagem?

 Sim. Temos que dar oportunidade a todos e a nós mesmos de aprender a aprender. É defendido por George Siemens (2008). Este autor “discute as limitações do behaviorismo, cognitivismo e construtivismo enquanto teorias de aprendizagem, por não abordarem a aprendizagem que ocorre fora das pessoas e nas organizações”. Para Siemens (2011), o conectivismo é proposto como uma teoria mais adequada para a era digital. Aprender não é mais considerado um processo inteiramente sob o controlo do indivíduo, uma atividade interna e individualista;

5. Estilos de aprendizagem e as tecnologias

Segundo MOOC EaD (2012) “a abordagem dos estilos de aprendizagem pode facilitar novos elementos para privilegiar a autonomia na aprendizagem dos alunos no modelo de EaD”. Os modelos de EaD consideram e privilegiam a autonomia do estudante. “Os conteúdos, plataformas virtuais e recursos nos modelos de EaD são inovadores e com grandes facilidades e novas descobertas das tecnologias (...). Esse plano pedagógico pode perfeitamente ser estruturado a partir da teoria dos estilos de aprendizagem e em especial os estilos de uso do virtual direcionados para aprendizagem online. A teoria de estilos considera as diversas formas pelas quais se pode aprender, não privilegiando somente uma, mas verificando a tendência e desenvolvendo as outras formas, que poderiam ser um potencial para ampliar o aprendizado” (MOOC, 2012);

6. Virtudes e limitações dos cMOOCs

- Virtudes: exploratórios, disruptivos, desconstrutivos, incubadores e contextuais;

- Limitações: ausência de modelo de negócio, acreditação problemática, elevadas taxas de abandono, escalabilidade reduzida e dificuldade de autenticação dos estudantes;

7. Interatividade

Os cursos à distância permitem grande interatividade entre os intervenientes do processo de aprendizagem. “Uma medida do potencial de habilidade de um conteúdo multimedia permitir que o utilizador exerça influência sobre o mesmo ou a forma da comunicação utilizada” Jensen (1998).

8. Objetivos de aprendizagem

Estes são comuns no desenho ou planificação de uma aula. Devem ser claros inicialmente, podendo utilizar a taxonomia de Bloom (1950). A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades de aprendizagem em três grandes domínios:

- o cognitivo, abrangendo a aprendizagem intelectual;

- o afetivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e gradação de valores;

- o psicomotor, abrangendo as habilidades de execução de tarefas que envolvem o organismo muscular.

Expomos em seguida a estrutura da taxonomia de Bloom:



Figura 5: “Estrutura da taxonomia - seis classes” (Bloom, 1950)
















Figura 6: “Taxonomia de Bloom Verbos” (Bloom, 1950)



Diferenciar as gerações de ensino à distância


Não podemos precisar o início da Educação à Distância, mas apresentaremos as seis gerações de EaD, com os devidos suportes de informação utilizados pelos envolvidos, ou seja, os professores, os tutores, os alunos, e a equipe de apoio.


Gerações de EaD


Na primeira geração, (a partir de 1880), as tecnologias utilizadas eram a imprensa e os correios. Dentre os métodos pedagógicos podemos citar os guias de estudo, a autoavaliação e o material entregue via correio. A interatividade se dava via aluno e material didático escrito.


Na segunda geração, (a partir de 1921), as tecnologias utilizadas eram o rádio e a TV.

Dentre os métodos pedagógicos citamos os programas transmitidos pela televisão que eram acompanhados pelo aluno através do material didático (apostilas, fitas K 7) que era entregue via correio. A tutoria acontecia via telefone, portanto, a interatividade era muito pouca.


Na terceira geração, (a partir de 1970), presenciamos o nascimento das Universidades Abertas. Os métodos pedagógicos visam a orientação direta, quando ocorriam os encontros presenciais.


A tutoria oferece suporte e orientação ao aluno e a interatividade se dá via rádio e TV, áudios gravados, conferências por telefone, kits para experiências em casa e biblioteca local.


Na quarta geração, (a partir de 1980), inicia-se a produção e utilização das teleconferências por áudio, vídeo e computador. Pela primeira vez experimentamos uma interação em tempo real com alunos e professores-tutores.


A interatividade se dá via atendimento síncrono e assíncrono com o professor-tutor e colegas.


Na quinta geração, (a partir de 2000), o modelo utilizado são as aulas virtuais utilizando como base o computador e a Internet. O aprendizado é colaborativo com base nos métodos .

A interatividade se dá sincronamente ou assincronamente, com o professor-tutor e colegas de curso.


Atualmente, tendo em conta a (r)evolução tecnológica e social emerge a  sexta geração, que se iniciou em 2003 com a empresa Linden Research Inc. que disponibilizou o serviço “Second Life”, que redesenhou o conceito de mundo virtual.


É um ambiente virtual que permite a criação de personagens denominadas por avatares que possuem um conjunto de caraterísticas humanas e sobre-humanas e os mundos virtuais possuem uma infindável versatilidade. Todavia esta nova geração ainda não pode ser alvo de uma caraterização pormenorizada, pois ainda está numa fase inicial de exploração.


Em suma, podemos sintetizar as caraterísticas estruturais das diversas gerações de EaD :







1º geração

geração

3º geração

4º geração

5º geração

6º geração

Designação

Ensino por correspondência

Tele-ensino

Multimédia

e-learning

m-learning

Mundos virtuais

Comunicação Professor/aluno

Muito rara

Pouco frequente

Frequente

Muito frequente

Muito frequente

Muito frequente

Comunicação aluno/aluno

Inexistente

Inexistente

Existente mas pouco significativa

Existente e significativa

Existente e significativa

Existente e significativa

Representacao e mediatização de conteúdos

Mono-média

Múltiplos média

Multimédia interactivo

Multimédia colaborativa

Multimédia conectivo e contextual

Multimédia imersivo

Modalidades de comunicação disponíveis

Assíncrona com elevado tempo de retorno

Síncrona, fortemente desfasada no tempo e transitiva

Assincrona com pequeno desfasamento temporal e síncrona de carácer permanente(com registo electrónico)

Assíncrona individual ou de grupo,  com desfasamento temporal e síncrona individual ou de grupo e de caráter permanente, com registo eletrónico

Assincrona individual ou de grupo, com pequeno desfasamento temporal. Sincrona individual ou de grupo e com registo electrónico

Assincrona individual ou de grupo, com desfasamento temporal. Sincrona individual ou de grupo e com registo eletrónico e

Interativa com registo no ambiente virtual

Tecnologias (predominantes) de suporte à comunicação

Correio postal

Telefone

Telefone e correio eletrónico

Correio elecrónico e conferencias pelo computador

Correio electrónico, forums, “chats”, videoconferencias, small Message Systems(SMS), Instant Messangers (IM), podcasts,…

Ambientes Virtuais na web


Tabela 1: Síntese das principais caraterísticas das diferentes gerações de EaD, adaptado de (Gomes,M.,2008)

Com o intuito de frisar a importância da interação entre os atores principais do EaD, apresenta-se o seguinte gráfico:



Figura 7: Representação gráfica das diferentes gerações de EaD (Gomes,M.,2008)
A 5ª e a 6ª gerações estão agrupadas em virtude de atualmente ainda não ser possível aferir a real dimensão do impacto destas gerações nas vertantes, interação professor-aluno, interação aluno-aluno e na diversidade de tecnologias de suporte à representação e distribuição de conteúdos e à comunicação.
 
Conclusão

Tal como já foi exposto ao longo deste trabalho de investigação, o acesso às redes digitais contribuiu para uma mudança generalizada de acesso ao conhecimento. O aluno está no centro das aprendizagens e este é responsabilizado no ensino à distância a estudar ao seu ritmo, com a colaboração de todos num compromisso rigoroso para a obtenção do conhecimento.

Terry Anderson é um grande autor contemporâneo, defensor da teoria do ensino à distância (EaD). O Modelo Pedagógico por si idealizado advém do proposto por Michael Moore e baseia-se na aprendizagem independente, numa aprendizagem colaborativa, sendo a interação imprescindível no processo de aprendizagem à distância.
Esta interação proposta por Moore consiste nas seguintes relações: aluno-aluno, professor-aluno, conteúdo-aluno. Por sua vez, Terry Anderson identificou ainda mais três interações (professor-professor, professor-conteúdo, conteúdo-conteúdo).

Assim sendo, podemos hoje sublinhar a importância da teoria do EaD. Vivemos na 6ª geração, designada por mundos virtuais. A comunicação que se estabelece entre a relação professor-aluno é existente e frequente. As relações entre os alunos-alunos são fundamentais.

A diversidade de tecnologias de suporte à representação e distribuição de conteúdos e a comunicação possibilitam, na atualidade, um conjunto de interações. No estudo realizado pelo grupo pudémos investigar a importância destas interações no EaD.

Referências bibliográficas

Anderson, T. (2003). Getting the Mix Right Again: An Updated and Theoretical Rationale for Interaction. The International Review Of Research In Open And Distance Learning, 4(2). disponível em http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/149/230, acesso em 03 de janeiro 2014.

Anderson, T. (2004). Toward a Theory of Online Learning, in Theory and Practice of Online Learning, disponível em http://cde.athabascau.ca/online_book/ch2.html , acesso em 03 de janeiro 2014.



Duggleby, J. (2000). How to be an online tutor. Hampshire, UK.: Gower Publishing Ltd.

Jensen, J. F. Interactivity: Tracing a new concept in media and communication studies. vol. 19. Nordicom Review. 1998. pp. 185–204.




Garrison, R. (2000). Theoretical Challenges for Distance Education in 21st Century: A shift from structural to transactional issues, International Review of Research in Open and Distance Learning, Vol 1, Nº1, pp. 1-17.

Garrison, D. R., Anderson, T., & Archer, W. (2000). Critical inquiry in a text-based environment: Computer conferencing in higher education. The Internet and Higher Education, 2(2-3), 87-105.

Gomes, M.(2008). Na senda da educação tecnológica na Educação à distância. Revista portuguesa de pedagogia, 42(2), 181-202.

Goulão, Fátima (2012). Ensinar e Aprender em Ambientes Online: Alterações e Continuidades na(s) Prática(s) Docente(s). In A. Monteiro, J. A. Moreira (2012). Ensinar e Aprender Online com Tecnologias Digitais. (pp. 15-30). Porto Editora.

Moreira, J. A. (2012). Novos cenários e modelos de aprendizagens construtivistas em plataformas digitais. In A. Monteiro, J. A. Moreira, & A. C. Almeida (Org.), Educação online: Pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais (pp. 27-44). Santo Tirso: De Facto Editores.


- Sites consultados



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Figueiredo, António (n.d.). Disponível em: http://eden.dei.uc.pt/~adf/. Acesso em 05 de janeiro de 2014.

Gerações de Educação a Distância. Disponível em: http://projetocolaborativomodulodacolhimento.blogspot.com.br/2010/10/as-geracoes-da-educacao-distancia.html. Acesso em 02 de janeiro de 2014.

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My solstice epistle -  personal. Disponível em: http://terrya.edublogs.org/. Acesso em 16 de dezembro 2013.

O processo de ensino num contexto de aprendizagem online. Disponível em: http://www.slideshare.net/isabepaiva/o-processo-de-ensino-num-contexto-de-aprendizagem-online-terry-anderson. Acesso em 23 de dezembro 2013.

O processo de ensino num contexto de aprendizagem online. Disponível em: http://www.slideshare.net/lat730/resumo-oprocessodeensinonumcontextod. Acesso em 23 de dezembro 2013.

Práticas e modelos pedagógicos do ensino a distância no Brasil e suas relações com as teorias contemporâneas de aprendizagem. Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2012/anais/43b.pdf. Acesso em 02 de janeiro de 2014.

Taxonomia dos objetivos educacionais de  Bloom . Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia_dos_objetivos_educacionais. Acesso em 05 de janeiro de 2014.

Um modelo pedagógico para o ensino graduado online (e-grad) . Pereira, A. et al. Disponível em: http://www.pinauna.com.br/ebooks/eadeava/08.pdf. Acesso em 02 de janeiro de 2014.

Para ilustrar este trabalho o grupo realizou uma apresentação em powerpoint, disponível em: http://www.slideshare.net/slideshow/embed_code/31945544
Acesso 05 de março 2014.




Caros leitores,

Apresento o relatório realizado, no âmbito da UC "Modelos de Educacao a Distancia", sobre a 4ª Conferência do Mestrado de Pedagogia em Elearning realizado em Lisboa, Portugal, no passado dia 30 de novembro de 2013.

Relatório:


















UNIVERSIDADE ABERTA




MPEL7 – MESTRADO EM PEDAGOGIA DO ELEARNING


UC 12092 - MODELOS DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA



Atividade 1 – 2ª parte:

Relatório da participação individual na conferência myMPeL.




Docente responsável da UC: Doutora Lina Morgado

Discente: Nelson Gonçalves Miguel Soares | Nº 1104429



02 dezembro 2013


Índice


Introdução ------------------------------------------------------------------- 3


Relatório da participação individual na conferência myMPeL ---- 4


Conclusão --------------------------------------------------------------------- 9


Anexo 1 – Biografia Dr. Tony Bates ----------------------------------- 10


Anexo 2 – Questões ------------------------------------------------------- 11


Referências bibliográficas dos Anexos 1 e 2 ----------------------- 14











Introdução


“A sociedade de hoje está em constante mudança!” São muitos os autores que referem esta citação, pelo que se assume cada vez mais importante focar-nos na Era Digital, em que a sociedade em rede é extremamente necessária para se obter e partilhar um maior e melhor número de conhecimento.

A questão é podermos perguntar à rede um conjunto de saberes e esta possibilitar as respostas. Assim sendo, à medida que caminhamos no tempo, os modelos de educação à distância são mais diversificados. Temos de acompanhar a sociedade contemporânea e saber aplicá-los devidamente.

Numa ótica de aprendizagem e no âmbito da unidade curricular de “Modelos de Educação à Distância”, foi-nos proposto pela docente responsável Doutora Lina Morgado, realizar um relatório da 4ª Conferência myMPeL.

O presente relatório compreende uma exposição dos aspetos que considero mais importantes e que foram vivenciados no Palácio Ceia, em Lisboa, em que tive oportunidade de estar presente.


Relatório da participação individual na conferência myMPeL


Foi realizada na Universidade Aberta, Palácio Ceia, em Lisboa, Portugal, a 4ª Conferência myMPeL2013, a 30 de novembro de 2013, pelas 9h30m, promovida pelo Departamento de Educação e Ensino à Distância da UAb (DEED).

Tive oportunidade de estar presente no Palácio, onde pude compreender melhor a estrutura do Mestrado e saber (identificar) ferramentas úteis para utilizar ao longo do Mestrado em Pedagogia do E-learning (MPeL7). Foram diversos os oradores e intervenientes ao longo desta agradável jornada.

A Professora Doutora Lina Morgado, Coordenadora do respetivo Mestrado, deu início à ordem de trabalhos, onde começou por explicar o objetivo da Conferência e a estrutura do MPeL. Esta conferência, segundo a responsável Professora Doutora Lina, consiste num “encontro dos estudantes para os estudantes”.

A Professora explicou o percurso (início) do mestrado, focando-se na plataforma Moodle. Considerou alguns aspetos importantes que devemos ter presente de forma consciente: o trabalho em equipa, a comunicação assíncrona e síncrona, a socialização (presença social), a participação – discussão, o “second life” e diversas ferramentas pessoais de aprendizagem.

Abordou os conceitos de LMS + Web 2.0, numa ótica de grande mudança ao serviço da aprendizagem (change). Apresentou e relacionou algumas ferramentas utilizadas na UAb, tais como: blogue (Moodle), café (facebook), coordenação (twitter) e secretaria (second life).

Referiu ainda que este Mestrado é totalmente online. Tem uma classe virtual e em rede. Alguns momentos poderão ser síncronos. No decorrer da sua exposição, a Professora sublinhou a criação/produção de artefactos, personalizados, ao longo do curso, como forma de construir um e-portfólio, com apresentação “open” do currículo, com todos os materiais disponíveis na rede, publicação na rede, com evidente transparência.

Posteriormente, foi solicitada a participação da ex-aluna do Mestrado Rosalina, hoje Mestre, onde fez a apresentação sumária da sua tese de Mestrado, fazendo uma radiografia dum curso online. Teve como base de investigação a pergunta: “Será que o learning design das atividades de um curso online, espelha as práticas pedagógicas dos seus professores?”

Os pontos de estudo, em traços gerais, recaíram sobre as e-atividades, tipo de interação, como/onde apresentar as instruções, que informação consideram relevantes, como distribuir o tempo, ferramentas/recursos e como se concretizam as atividades. Como objetivo geral, a Mestre Rosalina focou-se no conhecimento de práticas do desenho pedagógico das e-atividades. Realçou o processo pedagógico em e-learning, a metodologia do seu trabalho de investigação, bem como a inclusão de uma memória descritiva e a matriz de um plano de curso MAP (Conole, 2008, 2011, 2013).

Nesta matriz a Mestre Rosalina explicou quatro quadrantes, designadamente: a orientação e suporte; o contexto e experiência; a reflexão e demonstração; e a comunicação e colaboração.

Para sustentar um conjunto de interpretações, a respetiva ex-aluna, realizou um guião com dez perguntas e analisou os dados, com base nas respostas das entrevistas efetuadas aos professores das Unidades Curriculares deste Mestrado, concluiu, para além de outros aspetos importantes, que os docentes do MPeL centram as atividades no LMS.

Seguidamente assistimos à intervenção da Professora/Investigadora Doutora Ana Paula Correia, da Universidade de IOWA State University, sobre o crescimento do e-learning (Growth of e-learning). Considera esta Professora que as Universidades desenvolvem plataformas de e-learning e apresentam às empresas. Um interessante produto.

Apresentou que o e-learning compreende pilares fundamentais, tais como “study and ethical practice, purpose – faciliting learning, improving performance and research directions in e-learning”. Deste ponto de vista, a Professora supracitada menciona quatro linhas de investigação: “computer – supported collaborative learning”; “learning and community support”; “teacher’s transformation”; e “social responsibility”.

O e-learning é “uma nova fronteira, muito temos a descobrir” (Ana Paula, 2013). A investigadora refere que esta indústria mexe milhões de dólares. Considera ainda que a tendência será de haver um maior número de cursos online, os denominados “open online courses”, e mencionou Curt Bonk e Adrian Sannier. Na rede é de onde provém o conhecimento. Esta é, e continuará a ser, uma vantagem competitiva, onde todos devemos partilhar, numa vertente ganhar/ganhar (win-win).

Posteriormente à intervenção da Professora Doutora Ana Paula, foi a vez de escutarmos atentamente o Professor Doutor Marco Silva, proveniente da Faculdade de Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Trouxe-nos a temática “Fundamentos da interatividade na sala de aula presencial e online”. Evidenciou que “o professor de hoje não basta saber, é preciso saber formar com esse saber” (Marco Silva, 2013). A comunicação interativa deverá ser a base. Destacou a importância da web 2.0, sendo este último, o aparelho cognitivo e social.

O professor Marco advertiu para a inquietação da docência e a mediação online. “O social tem muito a ganhar. Mediar a aprendizagem é a solução.” Apresentou outras inquietações, respetivamente, os tipos de comunicação utilizada nas aulas presenciais/virtuais: interação sem articulação; interação com articulação e colaboração interativa. Focou a comunicação na cibercultura na web 2.0, instigando Marie Marchand (1985). Contextualizou a cultura e a educação, do ponto de vista de Loyola (2012), onde mostrou práticas recentes de manifestação cultural, em diversas cidades por várias pessoas. Esta situação foi objeto de estudo em termos internacionais.

No seguimento da Conferência, foi possível conhecer mais sobre a “Cibercultura na era da mobilidade ubíque: práticas de pesquisa e de formação”, considerando a palestrante Professora Edméa, da Faculdade de Educação da Universidade do Rio de Janeiro.

Por cibercultura, a Professora entende “a cultura contemporânea. A sociedade é sempre estruturada por modos e meios de produção e construção do conhecimento”. A estrutura da sociedade baseia-se na tecnologia digital em rede. Hoje os fenómenos são diversos e têm de ser estudados e questionados na rede. A curadoria é frequente.

Esta docente colocou as seguintes questões muito pertinentes: “Como compreender os fenómenos que estão em emergência?”; e “Como se apropriar disso tudo para se inspirar noutras práticas pedagógicas?”. É necessário levar para a sala de aula a cibercultura. No nosso quotidiano falamos em cocriar a realidade.

Seguidamente, a Professora mencionada anteriormente, continuou a sua apresentação num exemplo realizado por ela em parceria com a Universidade do Minho, em Portugal, sobre a portabilidade, em que mencionou que devemos cada vez mais partilhar conhecimento na rede ao mesmo tempo, em diversos suportes. Focou-se ainda na hipermédia, ou seja, o uso intencional de todas as linguagens.

“Tudo o que colocamos na rede tem vida própria. Isto faz com que a Humanidade expanda a memória” (Edméa, 2013). Referiu André Lemos, ao reportar as práticas educacionais no ciberespaço e ainda exemplificou que é preciso reinventar as políticas da cidade, mencionando Santaella (2007). Vive-se hoje em dia o fenómeno da cultura digital. Existe, portanto, uma cibercultura.

Num segundo momento, a seguir ao almoço, foi possível vivenciar algumas experiências em dois práticos workshops e distintos, designadamente, “Prezi versus Powerpoint” e “Questionários Online – LimeSurvey”.

Em virtude de já ter alguns conhecimentos de Powerpoint e estar a desenvolver competências e explorar o Prezi, optei pelo segundo workshop indicado, dado que preciso compreender melhor como são realizados os questionários online, para utilizar no meu trabalho, enquanto professor e também neste Mestrado. Fique a conhecer como conceber, aplicar o LimeSurvey, as suas potencialidades e limitações.

A clara, objetiva e fluente exposição ficou a cargo pela Professora Doutora Mª João Spilker, docente na UAb. A oradora indicou técnicas de recolha de dados, inquéritos e os questionários online.

Advertiu que os questionários têm de ser claros e precisos, mencionou o agrupamento e sucessão das questões, alertou para o facto do índice de resposta depender de alguns fatores, como, o público-alvo, a motivação dos inquiridos ou a própria qualidade do questionário.

Após este momento, na segunda parte da tarde, começou um momento especial, denominado por “Pecha Kucha”, dinamizado pelos mestrandos MPeL6. Destaco alguns: Dr.ª Cristina Neto, cuja temática abordou o MOOC (Massive Open Online Course), Dr.ª Rute Antunes, incidiu na sua apresentação uma nova ideologia, onde mostrou como funciona o nosso cérebro e como este compreende a web, Dr. Carlos Raposo, mencionou a avaliação e a apresentação de produtos com qualidade e garantia e  o Dr. Ricardo Carvalho, mostrou o projeto webrádio.

No final deste grande momento houve uma saudação especial aos 25 anos da UAb. A seu término e a fechar esta conferência um dos pontos mais importantes, Keynotes: Dr. Tony Bates, Presidente e CEO da TonyBates Associates ltd e Professor Honnoris causa da UAb. O Doutor António Teixeira, investigador-colaborador do LE@D (Laboratório de Educação à Distância e e-learning) e docente do DEED, apresentou o CV do Dr. Tony Bates e foi o mediador de um debate entre o Dr. Bates e os estudantes/professores do MPeL.

O Dr. Tony Bates ao longo de uma hora de intervenção pode falar das modificações na educação, no e-learning e o seu papel nas instituições. Respondeu a algumas questões colocadas pelos estudantes do MPeL7 e outros alunos presentes, bem como outros participantes, como por exemplo o Professor Doutor António Quintas, Professor responsável da UC Psicologia da Comunicação Online deste Mestrado.

Em linhas gerais, focou a sua mensagem em que o futuro da escola e e-learning passa pelo ensino à distância e que se esperam grandes mudanças neste domínio. Fez ainda uma ligação entre o conectivismo e a pedagogia. Desafiou a ser explorada a temática da escola do futuro!

  

Conclusão


A fechar ficámos agradecidos a todos, em especial à Professora Doutora Lina, Coordenadora do Mestrado e professora da UC Modelos de Educação à Distância, que gentilmente proporcionou que fosse realizada mais uma edição deste evento, a todos os oradores, em especial ao Dr. Tony Bates, e ao Senhor Reitor Professor Doutor Paulo Dias da UAb, um obrigado.

Resta-me sublinhar a importância desta Conferência para o meu percurso enquanto novo aluno deste Mestrado. Foi uma experiência muito gratificante, porque trouxe comigo novas ideias para o desenvolvimento de trabalhos futuros.


ANEXO – Guião de questões a colocar ao Dr. Tony Bates – Equipa A:

Ana Freire, Diana Morais, Nelson Soares, Sónia Heidemann


Anexo 1 – Biografia Dr. Tony Bates:


A personalidade em foco é Tony Bates, muito há para dizer relativamente ao seu papel de “agente perturbador” na revolução do ensino online.

Assim sendo decidimos fazer uma pequena síntese sobre alguns dos aspetos relevantes da sua carreira.

Relativamente à sua formação académica, Tony Bates tem um Ph.D. em Administração Educacional pela Universidade de Londres (Inglaterra). Recebeu o título de  Doutor Honoris Causa pela Universidade Aberta (Portugal) em 1995, “Doctor of Letters”, Honoris Causa, da Universidade Laurentian (Canadá), em 2001, Doutor Honoris Causa da Universidade Athabasca (Canadá), em  2004, Doutor das ciências sociais, Honoris Causa da Universidade Aberta  (Hong Kong) em 2004,  e Doutor Honoris Causa da Universidade Aberta da Catalunha (Espanha), em 2005.

Atualmente é presidente e CEO da Tony Bates Associates Ltd, que é uma empresa privada especializada em consultadoria, formação, planeamento e gestão de educação à distância e e-learning com clientes em variados países.

Trabalhou como consultor em mais de quarenta países podendo referir alguns dos seus clientes: World Bank, OECD, UNESCO, ministérios nacionais de educação assim como inúmeras universidades e colégios. Tony Bates é um investigador associado na Contact North desde 2007 e elaborou recentemente uma plano em e-learning para a Justice Institute of British Columbia.

Nos últimos anos tem sido Chair do painel de experts internacionais da Universidade Aberta (Portugal), conselheiro da Universidade Guadalajara’s Maestría en Tecnologías para el Aprendizaje (México) e da Universidade Tecnológica Metropolitana  Magíster en Educación a Distancia (Chile).

Da sua experiência anterior é de salientar que foi membro do World Economic Forum’s Global Advisory Council on Technology and Education, foi  diretor da educação à distância e tecnologia na Universidade Britânica Columbia, foi líder da equipa de investigação do Managing and Planning Learning Environments in Education (MAPLE) na mesma universidade. Adicionalmente, foi diretor executivo, investigador, Planeamento Estratégico e Tecnologia da Informação na Open Learning Agency of British Columbia, foi professor de Educational Media Research na Universidade Aberta Britânica.

Tony Bates é autor de onze livros incluindo ‘Managing Technology in Higher Education: Strategies for Transforming Teaching and Learning‘, e ‘National Strategies for e-Learning‘ sendo este ultimo publicado pela UNESCO. Tony Bates é ainda autor ou co-autor de mais 350 artigos científicos na área de educação à distância e do uso da tecnologia para o ensino.


Anexo 2 – Questões:

A partir de leituras de artigos, da homepage e da apreciação de vídeos de Tony Bates, elaboramos algumas questões levantadas por ele a respeito do uso da tecnologia e as mudanças do porvir.


Questões:

A:

É do nosso conhecimento a existência de muitos países e/ou sociedades em verdadeira exclusão digital, mesmo assim, sabemos que o caminho do desenvolvimento de cursos online é sem volta, ou seja, a oferta deve ser ainda maior a cada ano que passa.

P 1: O Sr. Pensa que seja provável que em um futuro próximo o e-learning seja a opção primordial no ensino à distância ou na sua opinião continuarão a ser necessárias outras opções? Será que estamos preparados para esta nova realidade?


B:

Num dos seus artigos relacionados com o futuro da educação à distância, o Sr. Se refere em determinado momento, que os REA são um dos desenvolvimentos que colocam em risco o conceito de educação à distância. Pressupondo porém, que os REA permitem a democratização e o acesso livre aos mais variados materiais didáticos.

P 2: Não estaremos assim diante de uma contradição? Qual a sua posição atual em relação à criação de REAs?

P 3: De que forma é que os professores podem melhorar a sua participação e contribuição ao nível da utilização de REA? Pode dar-nos exemplos?

C:

A aplicação da Internet para o ensino e aprendizagem tem tido defensores e críticos. Segundo Peters (2002) "o e-learning vai forçar uma reestruturação radical das nossas instituições de ensino".

P 4: Como o Sr. vê o início desta reestruturação por parte das universidades em geral?

P 5: Na sua visão, quais são neste momento os impedimentos fulcrais à implementacão e desenvolvimento do e-learning ao nível do ensino primário público, visto que o sistema privado não tem sentido esse tipo de dificuldades tecnológicas?

D:

Refletindo o Modelo Actions – Acesso e flexibilidade, access and flexibility cost, teaching and learning, Interaction an user-friendliness, organisational issues, novelety, speed  (1995), lembrando a frase que “Nenhuma tecnologia de ensino é boa ou má”, e que ela existe para benefício das pessoas a resolverem os seus problemas, gostaríamos que o Sr. falasse sobre o tema acessibilidade onde se planeja proporcionar um acesso amplo e irrestrito a todos, inclusive a povoados distantes.

P 6: O Sr. pensa ser possível desenvolver uma plataforma de gênero EcoMUVE especialmente pensada para pessoas com algum tipo de incapacidade, como por exemplo, deficientes visuais, auditivos ou com limitações cognitivas?

P 7: Poderá este tipo de iniciativa aumentar a igualdade de oportunidades no sistema educativo?

P 8: O Sr. acredita que o e-learning poderia, de alguma forma, promover a equidade de oportunidades no que diz respeito ao acesso à educação em países onde a igualdade de gênero não existe?


Questions:

A:

We are aware that there are many countries and/or societies that are in a real digital exclusion, yet we know that the path to the development of online courses is without return, i.e., the offer is growing year after year.

P 1: Do you think that in a near future e-learning could be the primary option for distance learning or in your opinion other options will still be necessary? Are we prepared for this new reality?


B:

In one of your articles related to the future of distance education, you refer that OERs are one of the developments that jeopardize the concept of distance education. Assuming that OERs allow democratization and free access to a variety of learning materials.

P 2: Are we straggling with a contradiction? What is your position concerning the OERs development?

P 3: How can teachers improve their participation and contribution regarding the OERs use? Can you give us some examples?

C:

The use of the Internet for teaching and learning has had supporters and critics. According to Peters (2002) "e-learning will force a radical restructuring of our educational institutions."

P 4: How do you see the beginning of this restructuration in the universities?

P 5: In your point of view, what are the key constraints to the implementation and development of e-learning in the basic public school, since that in the private school system they don´t have this type of challenge regarding technological implementation?


D:

Reflecting about the Model Actions - access and flexibility, access and cost flexibility, teaching and learning, Interaction an user-friendliness, organizational issues, novelety, speed (1995), and recalling the phrase "No technology of teaching is good or bad," and it exists for the benefit of people solve their problems, we would like you to talk about the affordability issue where the main idea is to provide a full and unrestricted access to all, including remote villages.

P 6: Do you think we can develop a platform as EcoMUVE specially designed for people with some kind of disability, such as visual, auditory or with cognitive limitations?

P 7: Could this type of initiative increase the equality of access to education opportunities?

P 8: Do you believe that e-learning could somehow promote equality of opportunity regarding the access to education in countries where gender equality does not exist?



Referências bibliográficas

Vídeos

“O modelo Actions”. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=sjKoJPLvmMk, Acedido em 25 de novembro de 2013.

“O modelo Actions nos cursos de e-Learning”, Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=fbgdlHrtGG4, Acedido em 25 de novembro de 2013.

Capítulos de livros

(Bates, 2000)  A.W. Bates (2000), “Taking Control: Managing Teaching Technologies” in Leading Academic Change: Essential Roles for Department Chairs, Lucas, A. (ed.), pp.2-38, San Francisco, EUA, Jossey Bass

(Bates, 2001)  A.W. Bates (2001), “The Continuing Evolution of ICT Capacity: THE IMPLICATIONS FOR EDUCATION” in The Changing Faces of Virtual Education, Farrell, G. (ed.), Vancouver, B.C, Canadá, Commonwealth of Learning

(Bates, 2004)  A.W. Bates (2004), “The promise and myths of e-learning in post-secondary education” in The Network Society: A Cross-cultural Perspective,     Castells, M. (ed.), pp.271-292, Cheltenham, Reino Unido, Northampton MA

(Bates, 2005a)            A.W. Bates (2005), “Online learning tools and technologies” in Global Perspectives: Philosophy and Practice in Distance Education, Zhang, Weiyung (ed.), vol. 2, Pequim: China Central Radio and Television University

(Bates, 2005b) A.W. Bates (2005), “Charting the Evolution of Lifelong Learning and Distance Higher Education: The Role of Research” in Lifelong Learning and Distance Higher Education, Macintosh, C (ed.), pp.1-18, Paris, França UNESCO/Commonwealth of Learning

(Bates, 2005c) A.W. Bates (2005), “Policy Issues and Challenges in Planning and Implementing E-learning in Teacher Education” in Teacher Development in an e-Learning Age: a Policy and Planning, Resta, P. (ed.), pp.1-14, Paris, França UNESCO

(Bates, 2006) A.W. Bates (2006), “Developing a strategic plan for e-learning in a polytechnic” in Making the Transition to e-Learning: Strategies and Issues, Hershey, P. (ed.), pp.47-65, Hershey, PA: EUA, Ideas Group

(Bates, 2008) A.W. Bates (2008), “Transforming distance education through new technologies” in The International Handbook of Distance Education, Evans, T., Haughey, M., and Murphy, D. (ed.), pp.215-236, Bingley, Reino Unido, Emerald Press

(Bates, 2010) A.W. Bates (2010), “Understanding Web 2.0 and its Implications for E-Learning” in Web 2.0-Based E-Learning: Applying Social Informatics for Tertiary Teaching, Lee, M. and McLoughlin, C. (ed.), pp.21-42, Hershey, PA: EUA, Ideas Group.



Caso tenham alguma questão, por favor não hesitem em colocar!


Agradeço por seguirem o meu blog!


Cumps,

Nelson Soares

Nº 1104429

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